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7 de fevereiro de 2009

Por Dentro da Band – Como construir uma reportagem para TV (Parte 4/5)

Olá visitantes do H&R. Nesta semana continuaremos mostrando à vocês o cotidiano de uma equipe de reportagem. Ao contrário de semana passada, onde fizemos uma ordem cronológica dos fatos, hoje vamos dar um panorama geral de como foi a tarde da equipe de reportagem, já que esse período teve mais procedimentos técnicos do que práticos para a construção da matéria. Vejam como funciona o processo de estúdio para a construção de uma notícia para TV.

Depois de ser gravada, uma reportagem passa por alguns processos técnicos até estar pronta para ir ao ar. Logo após a captação de imagens, o vídeo bruto (como eu disse semana passada, grava-se muito e não se aproveita quase nada) passa pelo estágio da decupagem. Esse processo nada mais é do que a seleção das imagens que vão ser aproveitadas na matéria, ou seja, tudo que o repórter deseja que vá ao ar é passado para o papel. Este papel é mandado para a equipe de edição de imagens para a (dããã) edição de imagens.

Enquanto o vídeo é editado, o repórter já prepara o texto para o Off. Como já disse na semana passada, Off é uma narração feita em estúdio em cima de imagens e que serve para situar o espectador na matéria. O Off é mandado para a equipe de edição de som, que normalmente coloca uma trilha sonora para deixar a matéria mais interessante. O último estágio é a colocação dos créditos (nome do repórter, entrevistados e local da reportagem) na matéria. A tarde da equipe da casa de verão da Band foi praticamente para dar conta desse processo técnico.

Após voltar do almoço, a repórter Fernanda Farias soube que a matéria sobre a água fria no mar iria ser apresentada para todo Brasil, no Jornal da Band e que deveria ter algumas modificações. A produção de Porto Alegre pediu mais um depoimento: de algum pescador que estivesse sendo prejudicado pela água fria do mar. Algumas imagens que não foram aproveitadas na reportagem ao meio-dia seriam aproveitadas para o jornal da noite.

Tivemos que sair de carro e caçar o tal pescador que a produção de Porto Alegre precisava. Fomos até Passo de Torres, cidade que fica na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina (Torres fica do lado gaúcho e Passo de Torres no catarinense). Muito do tempo que é gasto para cobrir uma notícia acaba sendo perdido dentro de um carro. Gastamos cerca de uma hora para achar os entrevistado, gravar uma “passagem” (texto no qual o repórter fala do próprio palco da matéria) e voltar ao estúdio, sendo que para fazer as gravações demoramos de 15 a 20 minutos. E lá se foi a tarde toda.

A noite chegava e com ela a hora do Band Cidade. Claro que os níveis de estresse também aumentaram um pouco, como naquela relação Estresse x Hora de entrar no ar, que eu citei semana passada. Novamente, gritos ao telefone e cobranças eram ouvidos no estúdio de verão da Band. Mas, o mais incrível é que na hora de aparecer na tela a bela Fernanda demonstra muita tranquilidade. “Ela cresce muito no vídeo”, diz Carlos Totti, da própria Band-RS. Tudo transcorre tranquilamente e finalmente acaba o dia da reportagem, depois de uma jornada de 11 horas de trabalho.

Semana que vem: A última parte do nosso especial será uma narrativa de fatos pitorescos que acontecem durante as gravações das reportagens no litoral gaúcho e uma conclusão de como foi a cobertura de um dia de jornalista. Acompanhem. YOSHI!

3 comentários:

Anônimo disse...

Yoshi, legal o blog e a inciiativa de acompanhar as atividades da Band. Só uma correção: "cabeça" é a pequena chamada lida pelo apresentador antes do VT entrar no ar. Era isso que vc quis dizer? Já quando o repórter aparece, no meio da matéria, é "passagem". Um abraço!

Edgard Matsuki disse...

Obrigado Renata, você tem razão. A correção já será feita no texto. E muito obrigado por acompanhar o Histórias e rankings.

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Yosh!

Sou jornalista e acho tão bacana ler esse tipo de depoimento, pois é nítido o quanto a profissão ainda possui a magia dentro do seu relato.

É incrível como uma única notícia pode durar tanto tempo para ser feita e durar dois ou três minutos no ar. Passa rápido, né...mas é uma emoção de só quem faz a informação virar notícia sente. Adorei a série!

Abraço

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