Tô cansada. Aliás, mais do que cansada. Sabe quando doem todos os membros do seu corpo? Sabe quando a única vontade que você tem é de ficar parado, sem pensar em nada? Então, estou assim hoje. Mas é muito justificável. Ontem eu e meus 37 colegas de classe entregamos o Trabalho de Conclusão de Curso. Foram quase 9 meses de pura ralação. E por este mesmo motivo é que semana passada eu esqueci de postar. Sabe o que é esquecer? Fui lembrar quando era mais de uma hora da manhã e nem tinha escrito o texto. Portanto, desculpem-me.
Sobre o que escrever hoje, é o que me pergunto. Já falei sobre alguns livros que eu gosto, já contei algumas histórias que me cercam. Mas será que o leitor tem se interessado por tudo isso? Às vezes acho que sim, às vezes acho que não. E aí me vejo de novo em uma busca quase desesperada para envolver o leitor, que tanto tem buscado um diferencial no jornalismo e nessa arte de contar histórias.
Sim, é uma arte essa de contar histórias. Mas não são histórias de pescador não. São histórias de vida real. Precisam, para além de um grande tato, uma grande responsabilidade. Ao contrário do que dizer por aí, o jornalismo envolve pessoas. Uma informação errada, por exemplo, pode prejudicar a vida de muitos e muitos. Guardada as devidas proporções uma falha de informação muda toda uma história, um acontecimento. Assim como quando um médico comete algum erro (afinal, errar é humano).
Não quero entrar aqui na discussão que a FENAJ tem proposto e defendido com unhas e dentes. Primeiro, porque sou militante do movimento estudantil e nós não defendemos o diploma do jeito atual. Defendemos algo que possibilite coisas para além do mercado de trabalho, que abra espaço para os movimentos sociais. Enfim, muita coisa que passam (no meu ponto de vista) pela tangente nas discussões da FENAJ. Mas ao mesmo tempo não queremos abrir mão da luta de classe da profissão.
Segundo porque eu sou formanda e tenho entrado em alguns conflitos. Então, me complica mesmo. Tenho minhas crenças e convicções, mas... sei lá. Pulemos, pulemos. Nada de falar das minhas crises existenciais. Porém, apesar disso tudo, ainda acredito que o jornalista é o “cara” que humaniza os relatos. É ele quem te conduz (ou deveria conduzir) você para os mais diversos lugares, sentindo as mais variados e diversas situações. É ele que pode te abrir os olhos para algumas realidades que você não vê – por desinformação mesmo. É ele quem consegue, muitas vezes, te abrir caminhos e portas.
Mas voltando ao início desse texto. Ando com muitas dúvidas sobre o ato de escrever. Se andasse mais pelas ruas da minha cidade talvez eu conseguisse histórias mais interessantes, mais próximos do dia-a-dia de cada um. Porque esse é o segredo: fazer da vida real a melhor das histórias a ser contada e sentida.
Um comentário:
“Uma arte essa de contar histórias” . . . histórias que cercam cada um !!! assuntos específicos, dicas de sites; filmes; entre outras coisas !!! E Sim eu como leitor tem se interessado por tudo isso !!! Bom Blog \o//
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