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24 de fevereiro de 2009

A folia termina hoje


“Todo carnaval tem seu fim”, já diz a música. Do Iapoque ao Chuí, o Brasil vive intensamente essa época. Em Salvador, os blocos e trios elétricos movimentam os foliãos, que no ritmo da ‘Ivetinha’ seguem rumo ao Farol da Barra em diante. Mais pra baixo do mapa, no Rio a Marquês de Sapucaí fica enfeitada de alegria, de cor e de luxo (fantasias, alegorias cada vez mais caras!), em São Paulo o sambódromo constrói tradição assim como no Rio e por aí vai...
As praias ficam lotadas de turistas. O tempo é de batuque, de samba e de liberdade. O carnaval é mesmo um período do ano em que as pessoas liberam a energia e despertam o furor do agito em qualquer lugar que seja, até aqueles que não apreciam a “estação do ano” (pois já virou estação..rs) dão um jeito de descansar e curtir de outras maneiras, formas alternativas, eu diria.
No Brasil a impressão é que se tem que as atividades começam após o carnaval, agora é a hora de tudo começar a voltar a normalidade. Acabou a folia, teoricamente.
Mas o trabalho árduo começou nesses dias para aqueles responsáveis pela limpeza e conservação das mais diversas cidades do país. E como trabalham, rápidos e ágeis, merecem todos os parabéns e respeito dos foliões.
Bom, a vida pode começar porque o sonho do carnaval chega ao fim nesse ano de 2009...

21 de fevereiro de 2009

Diário de um vegetariano

Os motivos podem ser diversos: perda de peso, manutenção da saúde, protesto contra a morte dos animais ou mesmo linha religiosa. O fato é que cada dia mais existem vegetarianos no mundo. Celebridades como Richard Gere, Eddie Vedder (Pearl Jam) e Madonna já aderiram a esse hábito alimentar, que para algumas pessoas não passa de uma tendência da moda. Para poder escrever um texto sobre as sensações que passa uma pessoa que se nega a comer carne, resolvi viver um mês de experiência vegetariana.

Já passei por 75% dessa experiência. Nesses 21 dias que fiquei sem comer carne, experimentei as mais diversas sensações de privação. Querendo ou não, as pessoas são viciadas em carne e no seu sabor. Nos primeiros dias, tive diversos pensamentos a respeito de ser vegetariano. Contava quantas mortes de animais eu havia poupado, pensava quantos anos de vida eu ganharia por deixar de comer salsicha, carne gorda e outras carnes similares e não muito saudáveis.

Por outro lado, eu sentia muita fome. Por mais que eu comesse, parecia que nunca estava satisfeito com as refeições. O resultado é que apesar de deixar de comer carne, não ganhei nem perdi peso nesses vinte dias. Tudo que eu deixei de comer de carnes, compensei com queijo, batata frita, doces e outras coisas que substituem o sabor da carne. Depois de alguns dias acabei me acostumando com essa situação. Não comer carne deixou de ser algo central e se ter tornou apenas mais um elemento na minha vida.

Mais do que a questão física, o maior problema que um vegetariano enfrenta é a questão social. Conheço alguns vegetarianos (inclusive minha namorada é vegetariana) e já presenciei algumas situações desagradáveis que eles passaram. Creio que responder por que optou por deixar de comer carne já é uma situação complicada. Esse tema acaba tomando conta de muitas mesas de jantar, regada por um belo filé ou uma salada, dependendo do lado que é defendido.

Mas por que ser vegetariano? E por que não ser vegetariano? Apesar das razões estarem claras para ambos os lados, tentarei nas próximas semanas ouvir os dois lados e esclarecer para vocês, caros leitores, um pouco mais sobre essa prática que nasceu na Índia, hoje se espalha pelo mundo e que causa polêmica e discussão, seja por motivos de saúde, éticos, religiosos ou ecológicos. Confiram nas próximas semanas, aqui no H&R e se você tem alguma opinião a respeito, manifeste-se. YOSHI!

20 de fevereiro de 2009

Escadas da vida, título que não é de novela




O título "Escadas da Vida' não é o nome de nenhum seriado novo, nem um best-seller recém-lançado, muito menos novela de determinado canal da televisão. Importante dizer também que o texto não tem a intenção alguma de influenciar as pessoas com seus caminhos. Para aqueles que quiserem fazer sua subida de balão e, depois de chegar ao topo, saltar de pára-quedas, à vontade. Mas, dentre todas as maneiras que existem para se fazer um bom trajeto, talvez exista uma que valha mais a pena.


Se a escadaria for longa, provavelmente o topo valerá a pena. Obviamente, não existe nenhuma prova concreta de que a teoria 'um degrau de cada vez' esteja correta. No entanto, é dessa forma que a maioria das pessoas procura fazer o seu trajeto. Cada passo é um obstáculo, cada subida uma conquista. Será?


Claro que sim! Qual é a graça de fazer todo o trajeto por elevador? Ao menos que sejam aqueles bonitos com música ambiente e vidros blindados para ver a paisagem do lado de fora, talvez seja interessante... Do contrário... Nunca se sabe quando ele poderá parar por si só e deixar pessoa no vão... Dentre os andares, dentre as conquistas, dentre sua própria vida.


Outros, depois de uma longa jornada sofrendo a cada degrau, às vezes não resistem a um belo corrimão. Com ou sem trodadilhos maldosos aqui, a tentação é forte. Descer de um modo aparentemente inofensivo e aventuresco é, para muitos, a opção perfeita. Mas, e aí? E todos aqueles degraus que haviam sido escalados? É, ficaram para trás... Ou melhor, lá para cima.


Pular os degraus de dois a dois? Que seja... O importante é superá-los, mas não da forma superficial do que muitos livros de auto-ajuda afirmam... Superar como se fosse o último degrau, mas jamais fixar-se nele como se fosse propriamente o último. Ah, mais uma coisa: cair rolando da escada deve machucar pra caramba. Escadas rolantes?

17 de fevereiro de 2009

Skank disponibiliza videografia e músicas do novo álbum no YouTube

Uma atitude bem legal da banda mineira Skank foi ter disponibilizado todos os seus 19 clips, 10 músicas do novo álbum Estandarte e mais uma prévia com a Negra Li no estúdio, tudo no YouTube.
A banda de pop rock e ska, formada pelo guitarrista e vocalista Samuel Rosa, pelo tecladista Henrique Portugal, pelo baixista Lelo Zaneti e pelo baterista Haroldo Ferreti tem 16 anos de carreira e já vendeu 5,5 milhões de discos e teve seu nome inspirado numa música de Bob Marley, "Easy skanking".
O grupo tem 10 álbuns, 30 singles, 3 DVDs e um especial no Estúdio Coca-Cola junto da Nação Zumbi. Suas músicas já foram incluídas nas trilhas sonoras de 30 novelas (29 da Globo e 1 do SBT), tocaram em 11 festivais internacionais (3 em Portugal, 3 na Suíça, 1 na Espanha, 1 na Bélgica, 1 no Chile, 1 nos EUA e 1 na Dinamarca).
Faturou 11 prêmios: o Latin Grammy Award de Melhor Álbum Brasileiro de Rock por Cosmotron (2004), o Premio Ondas de Grupo Revelação Latino em 1997 e o MTV Video Music Brasil de Escolha da Audiência por Garota Nacional (1996) e É uma partida de futebol (1997); de Clipe do Ano por Mandrake e os cubanos (1999); de Clipe Pop por Garota Nacional (1996), por É uma partida de futebol (1997), por Mandrake e os cubanos (1999), por Três Lados (2000), por Dois Rios (2003) e por Vou Deixar (2004).

Quem quiser conferir o material basta acessar o canal Skank Videos no YouTube.

16 de fevereiro de 2009

O Estranho Caso do Cachorro Morto




O mistério do assassinato de Wellington, o cão da vizinha, contado de maneira simples, instigante e surpreendente por Christopher Boone, um garoto especial é o tema (que acarreta muitos outros) do best-seller “O Estranho Caso do Cachorro Morto”.
Esse é a melhor síntese que o livro “O estranho caso do cachorro morto”, de Mark Haddon pode ter, pois não há resenha, resumo, crítica ou análise que supra a leitura desse ótimo exemplar. A narração em primeira pessoa é singular, sob a perspectiva de vida de um autista e seu cotidiano, do conflito familiar e o do cachorro morto, que desencadeia a resolução de várias dúvidas e mistérios alojados na cabeça do narrador, Christopher.
O livro, na internet, estava em primeiro lugar nas listas de best-sellers, ultrapassando “Código da Vinci”, e com louvor, já que no livro de Haddon não há Roberts Landon e Sophies em busca de desvendar um passado religioso, enfim. Christopher Boone desvenda a própria vida, inteligente, com gostos peculiares, não suporta muitas pessoas juntas fechadas no mesmo local, nem amarelo e nem marrom, mas admira cães, tem sonhos, ama a matemática e a usa para explicar as situações por que passa e também como um escape daquilo que o aflige. Ele é um grande personagem da ficção contemporânea.
Livro emocionante, singular e marca a estréia do autor inglês Mark Handdon. “O Estranho caso do cachorro morto” recebeu o prêmio Whitbread como Livro do Ano, em 2003. Fica a sugestão de leitura. Incrível.

Sinopse (http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=752041&sid=8978291221086821433711074&k5=14DD316B&uid=)
Criado entre professores especializados e pais que definitivamente não sabem lidar com suas necessidades especiais, Christopher Boone tem 15 anos e sofre do mal de Asperger's, uma forma de autismo. Adora listas, padrões e verdades absolutas. Odeia amarelo e marrom e, acima de tudo, odeia ser tocado por alguém. Christopher nunca foi muito além de seu próprio mundo, não consegue mentir nem entende metáforas ou piadas. É também incapaz de interpretar a mais simples expressão facial de qualquer pessoa. Um dia, Christopher encontra o cachorro da vizinha morto no jardim, é acusado do assassinato e preso. Depois de uma noite na cadeia, decide descobrir quem matou Wellington, o cachorro, e escreve um livro, relatando suas investigações.




OBS: Atrasado, caros leitores, mas postado! rs

15 de fevereiro de 2009

Este é o primeiro dia...

Há muito tempo não escrevo para este blog. Aliás, há muito tempo eu não escrevo para todos os blogs que participo. Não sei. Talvez tenha sido tomada por uma letargia que nasceu veio de algum lugar e vai para outro. Nenhuma explicação plausível. Nesse meio tempo que deixei de escrever, muita coisa aconteceu, meus caros e queridos companheiros.
Uma delas, a mais forte mudança, é que agora meu pai não está mais em casa. Saiu daqui para ir para um lugar maior, mais tranquilo e feliz. Não que ele não tenha sido feliz em casa. Tenho certeza de que foi e muito, mas foi chegada hora do meu pai compartilhar com Deus as maravilhas da Eternidade. Foi e nos deixou aqui, em um misto de dor e saudade, que vai acompanhar eu e mamãe até o final de nossas vidas, mas que sabemos ser o ciclo natural das coisas.
Também comecei a trabalhar em um jornal do interior, uma experiência fantástica, com pessoas maravilhosas. Nada como começar oficialmente no "mercado de trabalho" com uma turma tão fantástica. Uma outra hora, escreve um texto sobre "A arte de fazer um jornal diário", como já dizia um título de livro.
Mas isso aqui não é um blog pessoal, portanto, vamos ao que interessa.
16 de fevereiro de 2009, primeiro dia letivo do curso de Jornalismo da UEPG. Eu estarei lá. Só que agora não mais como aluna, isso faz parte de um passado recente. Minha presença nos corredores da nossa querida universidade se dará porque farei uma fala - olha só - sobre o que me ronda desde sempre: movimento estudantil.
Porém, os conhecidos rostos vão se misturar com os novos e as mesmas expectativas e promessas serão feitas. A mesma euforia de início de ano, o mesmo olhar desconfiado para a turma que se mostra presente, quase os mesmos sonhos - que eu espero que nunca morram.
Como se - em um passe de mágica - eu pudesse resgatar meu primeiro dia de aula. As pessoas, o ambiente, as brincadeiras. Tudo para nos fazer entrar um novo mundo, um mundo passageiro, é verdade, mas que com certeza deve ser vivido da forma mais intensa possível.
Aproveitem queridos, aproveitem.
ps: sim, estou embalada pelo clima pré-formatura dos últimos dias.

14 de fevereiro de 2009

Por Dentro da Band – Fatos inusitados (Parte5/5)

Olá visitantes do H&R. Nas últimas cinco semanas vocês tiveram a oportunidade de saber mais sobre o funcionamento de algumas coisas num canal de Televisão. Talvez por causa do processo ser explicado muito resumidamente, possa parecer até fácil fazer uma matéria para TV, porém percebi na prática que tudo vai além de simplesmente um processo técnico. É preciso agilidade, simpatia e um pouco de sorte. Por outro lado, também descobri que dá para se divertir muito enquanto procuramos informar as pessoas. É sobre esses fatos que escrevo hoje na última parte de Por Dentro da Band.

Uma das partes mais divertidas do processo de reportagem é o da pesquisa vox populi, ou seja, quando o repórter entrevista o público sobre um determinado assunto. A pauta do dia era sobre a temperatura da água, que estava muito fria em Torres. Para isso nada melhor do que escutar o que o povo tem a dizer. O único problema era que nem o povo sabia direito o que dizer. Quando chegamos à beira-mar, a primeira coisa que percebi era que éramos observados por todos. Muitos fogem das câmeras, mas muitos até oferecem suborno para aparecer, como por exemplo uma vendedora de pastel que me falou o seguinte:
Vendedora: - Meu filho, eu te dou um pastel se vocês me fotografarem (é isso mesmo que ela disse). Eu queria tanto aparecer na TV.
Eu: - Mas senhora, eu só estou observando o trabalho deles. De qualquer forma, se quiser me dar o pastel...
V: - Ah, não dá. É com ele que eu ganho o pão de cada dia.


Fernanda Farias saía atacando os banhistas em busca de depoimento que confirmasse que a água realmente estava fria. A primeira foi uma argentina:
Fernanda: - Olha Onildo (cinegrafista). Aquela senhora que está saindo toda encolhida do mar. Ela parece estar com frio. Vamos lá.
F: - Olá. Eu quero fazer uma pergunta para a senhora. Diga-me como está a água do mar.
Argentina: - (vou tentar colocar as palavras com sotaque) Ehstá marabilhossa. Perfecta.
F: - Mas a senhora não achou a água muito gelada?
A: - No, no. La Água ehstá muy limpia.
F: - Mas não está fria?
A nossa hermana dá um sorriso e faz um não com a cabeça. Seria ela da Patagônia?

Depois da primeira entrevistada, a repórter escutou diversas definições de como estava o mar. Entre elas, a melhor foi de uma senhora de meia-idade ( para ser bonzinho). Ela adorou dar o seu parecer sobre as condições da água:
Fernanda: - Olá tudo bem. Estamos gravando uma reportagem sobre as condições de banho. A senhora poderia dizer como está a água do mar?
Senhora: - Ah, eu nem tomei banho esse ano. Falaram que a água do mar está gelada, então eu preferi ficar aqui na areia conversando e tomando sol. E tem outra coisa: Eu tenho um problema de bexiga. É só eu entrar na água que...
F: - Muito obrigada senhora.

Bem, se estivesse no ar ao vivo, seria bem interessante aquela senhora falando dos problemas de saúde dela (com certeza iria para o Youtube), mas tudo foi cortado pela edição. De qualquer forma, o troféu de “melhor entrevistado do dia” não foi nem para a argentina, nem para a senhora com problemas na bexiga.

Para finalizar a reportagem sobre a água fria, a equipe de reportagem necessitava de um depoimento de um pescador comprovando que a temperatura da água estava atrapalhando a pesca do cação. Para isso, fomos até uma peixaria que ficava bem perto da divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. Eis que começou a novela:
Fernanda: - Boa tarde. Nós somos da TV Bandeirantes e estamos fazendo uma reportagem sobre a água fria no mar. Ela atrapalha a pesca do cação, não é? Me diga tem cação para vender?
Vendedor: - É cação não tem mesmo.
Aquele era o local e a situação perfeita para completar a matéria. O problema é que a partir daquele instante as coisas começaram a conspirar contra. Entre o balcão e o local onde ficavam os fregueses não havia espaço para passar. De qualquer forma, a repórter pediu para o vendedor ir para a parte de frente da peixaria. As duas formas de ele ir para a parte da frente eram dando a volta por fora da peixaria ou pulando o balcão. Ele disse que não dava. Fernanda insistiu e o pescador começou a caminhar com uma cara de bravo. Detalhe: ele tinha um problema na perna. Então até eu fiz uma intervenção:
Eu: - Fernanda, o cara tem problema na perna.
Fernanda: - Ei senhor, pode ficar por ai mesmo. A gente grava desse jeito.

A Câmera é ligada e começa a gravação.
F: - O que tem de peixe para vender?
Vendedor: - Tem tainha, corvina, camarão...
F: - E cação?
V: - Cação não tem...
F: - E se tivesse quanto que venderia por dia?
V: - (pensando muito) Ahhhh... Uns 100 quilos.
F: - Podemos gravar de novo esse final? Se tivesse cação, quanto venderia por dia?
V: - Uns 100 reais...
F: - 100 reais ou 100 quilos?
V: - Isso, isso. 100 quilos.
F: - Então, quanto que venderia de cação por dia
V: - É isso aí que eu acabei de te dizer...

Nesse instante eu até saí da peixaria porque quase tive um ataque de riso com tamanha “vontade” do pescador. Senão bastasse tudo isso, a repórter ainda pediu um último favor ao no amigo comerciante.
Fernanda: - Tem como a gente gravar umas imagens do senhor arrumando os peixes do freezer?
Vendedor, já com uma cara de irritado: - Mas já está tudo arrumado.
Fernanda: - Mas é só para colocar na reportagem. Por favor.

Bem, o pescador fez o que a repórter pediu, mas a cara dele estava tão feia, que eu creio que devem ter cortado essa imagem. Eu adoraria ter essas gravações para mostrar para vocês aqui do H&R, mas provavelmente essas imagens devem ter sido queimadas.

Um dia depois da gravação da reportagem, acabei encontrando a senhora que tinha problemas de bexiga. Ela me reclamou que não havia aparecido na TV. Dei uma passada na peixaria do nosso amigo vendedor, mas nem toquei no assunto. De qualquer forma ele não parecia ter um olhar muito amigável comigo. Quanto a vendedora, talvez eu a tenha encontrado, mas acho que ela não falaria comigo e a argentina... deve ter achado a água do mar tão boa, que a essa altura já deve ter voltado para sua cidade.

Essa experiência com a TV Bandeirantes foi muito interessante para mim. Aconselho todos os estudantes de comunicação a tentar conhecer o meio jornalístico das mais diversas formas, pois vale a pena. Agradeço a toda equipe da TV Band-RS, o coordenador de jornalismo Fábio Canatta, que me concedeu uma entrevista e a autorização para acompanhar a equipe, a Fernanda Farias, que me aturou por um dia inteiro, o Carlos Totti, que me explicou sobre a casa de verão da Band, o cinegrafista Onildo e o técnico Cristiano, além do repórter Luiz Gustavo Bordin que me apresentou toda a equipe. Termino a série com uma frase do próprio Bordin, que resume a prática jornalistística em si: “Quem é inteligente faz medicina, quem é louco faz jornalismo”. É verdade, tem que gostar mesmo. YOSHI!

So small it could almost be a miniature elephant

13 de fevereiro de 2009

A vida é dura e não tá te dando mole


Com tantas crises (não só econômicas) pelo mundo afora, pessoas que desistem da vida são cada vez mais comuns. O Brasil está entre os dez países do mundo no ranking do suicídio. E daí? Para desistir da vida não é preciso uma corda e um banquinho, muito menos um revólver. Para desistir da vida ou para que ela desista das pessoas?

Justificando o título acima para você, caro leitor, tenha compreendido ou não: são muitos os que correm atrás dessa tal de vida. Não é difícil imaginar quantos foras (tocos, cortadas, pés-na-bunda, como queiram) aqueles que a almejam correrão o risco de levar. Afinal, com tantos pretendentes assim, a possibilidade de uma recusa é maior.

Isso tudo, claro, se a vida não for uma legítima galanteadora. Basicamente uma versão feminina de Don Juan (que não é a Marijuana, por favor), que queira dar uma ‘atençãozinha’ a todos que cruzarem seu caminho. E aí, quem é que vai perder essa chance?

Okay, é inegável que existam pessoas que queiram desistir da vida. Se em algumas horas ela parece gentil e adorável, em outras parece querer te matar. Ah, ilustríssimo leitor... O senhor sabe muito bem do que se trata! Ame-a ou deixe-a? Para quem pensa em desistir, talvez seja melhor desistir de pensar nisso.

A propósito: para aqueles que ainda estão em dúvida se vale à pena ou não, é a vida quem os deixa. Não é muito bom pensar que sairá lucrando em cima dela. Afinal, a vida é dura e não tá te dando mole.

10 de fevereiro de 2009

40 anos de Mahna Mahna

Ou quase. Em 1968 essa música foi lançada no documentário Suécia: Céu e Inferno sobre o comportamento sexual naquele país. Mas foi no ano seguinte, mais precisamente em 27 de novembro de 1969 que a canção começaria a ficar famosa, ao ser retratada no Sesame Street, a versão americana da Vila Sésamo. Era uma canção totalmente sem sentido, com um boneco barbudo e com cabelo bagunçado cantando "mahna mahna" e duas bonequinhas cantando "pa ti pa ti pi". Esse cabeludo e barbudo iria evoluir até se transformar no personagem chamado de Bip Bippadotta. Essa esquete, porém, foi transferida para o Ed Sullivan Show 3 dias depois, com o barbudinho já com pele púrpura e cabelo laranja e seus óculos escuros e com as duas Snowths, aqueles bichinhos rosas com chifres.
Em 25 de abril de 1977 veio sua versão mais famosa, já no The Muppets Show, com a introdução de Kermit, o nosso Sapo Caco ("Agora veremos o'Mahna Mahna'. Seja lá o que isso signifique") e os comentários dos dois velhinhos Waldorf e Statler ("A questão é: o que é um Mahna Mahna?" "A questão é: quem se importa?").
A fama logo veio: regravações dos grupos Vanilla (No Way, No Way) e, no Brasil, Pato Fu (Made in Japan), apresentações ao lado de Sandra Bullock, John Travolta e, mais recentemente durante as apresentação do Estúdio Disney Channel: Quase ao Vivo!, Mahna Mahna e as duas Snowths interpretaram a canção com Miley Cyrus, a intérprete da Hannah Montana.
Abaixo vão os vídeos práqueles que nunca assistiram:






http://www.youtube.com/watch?v=hTkGXuiT55w
A versão original do Sesame Street, de 27 de novembro de 1969

http://www.youtube.com/watch?v=gRRFfg2Guq4
A versão ao vivo do The Ed Sullivan Show, de 30 de novembro de 1969

http://www.youtube.com/watch?v=QTXyXuqfBLA
A versão mais conhecida do The Muppets Show, de 25 de abril de 1977





http://www.youtube.com/watch?v=h5Mc55P1i9g&feature=related
Merchandising para o filme "Phenomena" de Sandra Bullock e John Travolta

E aqui uma lista ilustrada das mudanças do Mahna Mahna/Bip Bippadotta durante os anos:
http://muppet.wikia.com/wiki/Mahna_Mahna_Through_the_Years

40 anos! Isso merece muita comemoração!

7 de fevereiro de 2009

Por Dentro da Band – Como construir uma reportagem para TV (Parte 4/5)

Olá visitantes do H&R. Nesta semana continuaremos mostrando à vocês o cotidiano de uma equipe de reportagem. Ao contrário de semana passada, onde fizemos uma ordem cronológica dos fatos, hoje vamos dar um panorama geral de como foi a tarde da equipe de reportagem, já que esse período teve mais procedimentos técnicos do que práticos para a construção da matéria. Vejam como funciona o processo de estúdio para a construção de uma notícia para TV.

Depois de ser gravada, uma reportagem passa por alguns processos técnicos até estar pronta para ir ao ar. Logo após a captação de imagens, o vídeo bruto (como eu disse semana passada, grava-se muito e não se aproveita quase nada) passa pelo estágio da decupagem. Esse processo nada mais é do que a seleção das imagens que vão ser aproveitadas na matéria, ou seja, tudo que o repórter deseja que vá ao ar é passado para o papel. Este papel é mandado para a equipe de edição de imagens para a (dããã) edição de imagens.

Enquanto o vídeo é editado, o repórter já prepara o texto para o Off. Como já disse na semana passada, Off é uma narração feita em estúdio em cima de imagens e que serve para situar o espectador na matéria. O Off é mandado para a equipe de edição de som, que normalmente coloca uma trilha sonora para deixar a matéria mais interessante. O último estágio é a colocação dos créditos (nome do repórter, entrevistados e local da reportagem) na matéria. A tarde da equipe da casa de verão da Band foi praticamente para dar conta desse processo técnico.

Após voltar do almoço, a repórter Fernanda Farias soube que a matéria sobre a água fria no mar iria ser apresentada para todo Brasil, no Jornal da Band e que deveria ter algumas modificações. A produção de Porto Alegre pediu mais um depoimento: de algum pescador que estivesse sendo prejudicado pela água fria do mar. Algumas imagens que não foram aproveitadas na reportagem ao meio-dia seriam aproveitadas para o jornal da noite.

Tivemos que sair de carro e caçar o tal pescador que a produção de Porto Alegre precisava. Fomos até Passo de Torres, cidade que fica na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina (Torres fica do lado gaúcho e Passo de Torres no catarinense). Muito do tempo que é gasto para cobrir uma notícia acaba sendo perdido dentro de um carro. Gastamos cerca de uma hora para achar os entrevistado, gravar uma “passagem” (texto no qual o repórter fala do próprio palco da matéria) e voltar ao estúdio, sendo que para fazer as gravações demoramos de 15 a 20 minutos. E lá se foi a tarde toda.

A noite chegava e com ela a hora do Band Cidade. Claro que os níveis de estresse também aumentaram um pouco, como naquela relação Estresse x Hora de entrar no ar, que eu citei semana passada. Novamente, gritos ao telefone e cobranças eram ouvidos no estúdio de verão da Band. Mas, o mais incrível é que na hora de aparecer na tela a bela Fernanda demonstra muita tranquilidade. “Ela cresce muito no vídeo”, diz Carlos Totti, da própria Band-RS. Tudo transcorre tranquilamente e finalmente acaba o dia da reportagem, depois de uma jornada de 11 horas de trabalho.

Semana que vem: A última parte do nosso especial será uma narrativa de fatos pitorescos que acontecem durante as gravações das reportagens no litoral gaúcho e uma conclusão de como foi a cobertura de um dia de jornalista. Acompanhem. YOSHI!

6 de fevereiro de 2009

Livros: coisa do passado?


O ser humano é algo muito curioso. Muitos desejam aprender mais e mais, e cada vez de maneira mais fácil. Em 1450, Gutenberg inventou o prelo, a tão sonhada máquina de impressão. Com isso foi possível fabricar mais livros, com um custo menor.

Antigamente, o livro não saia pronto diretamente da oficina, o prelo não imprimia desenhos, os quais eram feitos por um artista contratado.

Escritas cuneiformes, pergaminhos, livros... Serão essas palavras do passado? O homem de hoje vive na era cybernética, digital e moderna (e nanotecnológica, e...) . As coisas não estragam mais, elas travam. Não precisam mais ser recicladas, e sim formatadas. Se algo é criado, tenha certeza de que duas semanas depois já estão tentando superá-lo. A frase "nada é para sempre" nunca foi tão válida quanto hoje.

E os livros? Há pessoas que "ainda" os lêem. Há também aquelas que lêem muito, porém em uma tela de computador, em um "livro" da internet. Alguém aí se lembra do LP? Ou do refrigerante Crush, daquelas propagandas em preto e branco com moças em roupas engraçadas. Muita gente adora rever as coisas no baú do passado. Vai um e-book aí?

"Ah, como era bom aquele tempo". Qual tempo? O tempo que muita gente só conhece por fotos e histórias? Temo que, assim como os antigos pergaminhos, o livro também seja extinto. Só nos resta zelar pelas árvores. E pelo papel. Pelo papel, pelos livros e pela nossa dignidade. E, pra provar tudo isso, indicarei aqui um site que é ótimo e provavelmente terá o que você procura: http://www.ebookcult.com.br/. Se não tiver, a culpa é da globalização!

A alegria vendida

Não vou cantar as misérias da vida

Nem as tristezas passadas

Falo da dor de agora

Da dor do mundo

Não quero mais coca cola

Nem tão pouco TV

Quero respirar lá fora

E me apaixonar

Pensar em ser feliz é bobeira

Dizem pra eu ganhar dinheiro

Não colhendo belos frutos

Mas sim despachando num terreiro

Não vou falar de religiões

O mal maior e supremo do Ser

Não quero dizer das canções

Loucas, cegas que fiz pra você.

Não penso mais em sexo

Dele só quero sentir

Sim eu amo e muito

Não preciso

Agüento a janela aberta e as buzinas

Olho pro lado e só vejo tristeza, angustia...Que sina

Vejo o amor na natureza

O olhar triste de um animal

As lágrimas das crianças humilhadas

Por um mundo tão banal

Disponho e reponho

Doei-me para o mundo

Quando se escolhe algo profundo

Não adianta saber voltar?

4 de fevereiro de 2009

Poeta flana e exprime emoções

"Todas as coisas têm seu mistério, e a poesia é o mistério que todas as coisas têm". É com essa frase do poeta espanhol García Lorca que inicio esse texto, por sinal o meu primeiro de 2009 no H&R. Nada melhor para retomar os trabalhos que um banho de poesia! Bem, do latim poiésis significa ação de fazer alguma coisa, entretanto, para muitos, a poesia não tem razão nenhuma, não ajuda, não acrescenta. Quem nunca recebeu uma poesia, mesmo que copiada, não sabe o bem que algumas meras palavras, aparentemente sem nexo ou importância, podem fazer na alma. Sim, digo na alma, porque a poesia é um estado de alma. Poesia é “Inspiração”; “Estado comovido de alma para comunicar entusiasmo lírico ou épico”. Ela, originalmente, está ligada a música. Antigamente, os homens costumavam cantar suas histórias de heróis, amores e morte com passar do tempo essas histórias passaram a ser escritas em versos, com rimas e métricas, nascia então a poesia. Existem hoje, três tipos de poesia, definidos por críticos e estudiosos, são eles: poemas líricos, narrativos e dramáticos. O poema lírico é curto e cheio de pessoalidade, emoção e subjetividade, algo que o poeta vê e descreve. No narrativo é apresentada uma história, com personagens e acontecimentos, são as antigas fábulas e epopéias, este tipo de texto é mais longo. O primeiro valor artístico destacável das narrativas primitivas foi o ritmo, a música da palavra já cantada ou simplesmente articulada. Já o texto dramático está intimamente ligado ao teatro, e poderia ser incluído no gênero narrativo, pois também há personagens e acontecimentos, porém, neste tipo de texto, não é o poeta que exprime uma sensação, que conta uma história e sim seus personagens com suas falas.

Mesmo após grandes revoluções na forma poética e na sociedade o ritmo continua sendo e elemento principal da poesia. Como um amigo, músico, me contou, é impossível um bom músico não gostar de poesia. Walter Pater disse: "Todas as artes aspiram à condição de música”. Muitos tentaram entender a poesia, a sua essência, contudo, não obtiveram êxito completo, não conseguiram articular como as diversas formas de cantar o amor e as guerras de modo tão emocionante funcionam na mente humana. Amor, ódio, tristeza e alegria, são companheiros do ser humano. Leia e “ouça” bem, do SER humano. E talvez por isso, seja impossível fazer com que cálculos matemáticos, estudos aprofundados sobre o comportamento dos indivíduos e toda forma de ciência, entendam o que se passa entre nosso cérebro e uma folha de papel com “rabiscos sincronizados," chamados de poesia. Goethe sempre considerou a poesia como impossível de ser analisada, por se tratar de algo demoníaco, já o ensaísta brasileiro, Júlio Braga, procurou situar a essência poética no trabalho Conceituação Dual do Conhecimento. Para ele, a poesia é uma arte gráfica, assentada num suporte neutro. Ao dividir todas as expressões artísticas em gráficas e poéticas, salienta a natureza dual dessa divisão e conclui: "Uma vez descoberta a essência da linguagem gráfica, ela reencontra seu instrumento autêntico, a palavra, com toda a sua extensão para o logos: verbal, escrita, visual, mímica, prática, filosófica, épica, dramática, coreográfica, mitogênica, cosmogônica, etc".

É constante na poética o fator épico, como na obra de Homero, contudo a poesia também foi usada para questionar, para “lutar” e mostrar ao mundo, de forma, por vezes, cruel, as misérias de uma sociedade saturada de modismos. Cecília Meirelles em seu poema intitulado “motivo” faz uma das melhores descrições do que é SER um poeta.

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.

Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias no vento.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou se desfaço,

- Não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno e asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo: - mais nada.

Encerro esse texto com um belo poema, do melhor entre os melhores (isso é extremamente pessoal): Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa) - 14/2/1933

Congratulações amigos, e até a próxima!!

2 de fevereiro de 2009

Uma livraria pra chamar de minha

Sempre achei muito legal ir até as livrarias para olhar, bisbilhotar, não precisava comprar livro nenhum, apenas ficar lá falando por entre as diversas prateleiras de centenas de exemplares. Em todo lugar que eu vou que tem uma livraria procuro fazer isso e se estiver acompanhada de papai é muito mais divertido, pois consigo ficar falando, falando quais livros acho bons sem ao menos ter-los-lido por inteiro. Tá aí um vício: adoro ler a contra-capa, a sinopse da obra...é tão instigante. Dá uma vontade louca de sair comprando e lendo tudo na mesma hora, infelizmente não é o que acontece :S
Outra mania minha é a de simpatizar com os títulos (a minha vontade, no momento, é comprar e ler "Um bestseller pra chamar de Meu", de Marian Key. Tão bonitinho, todo laranja!). Ultimamente, vou a livraria da minha cidade, a única, todos os dias, por uma obrigação de aulas de idiomas, e por um prazer enorme de estudar no meio de tanta cultura, tanta inteligência silenciosa, calada, que permanece ao meu lado e me faz ter uma curiosidade incrível e uma formigação em meus dedos da mão que, quase involuntariamente, aprontam-se para mexer, abrir e investigar os todos poderosos do ambiente: os livros, que ali descansam da euforia dos clientes, pois as aulas são no horário que a livraria já fechou. Mal sabem eles que estou ali eufórica pelas possíveis descobertas!
Fico ouvindo a dona da livraria (minha professora) falar, refletir! Como ela é inteligente, culta, adoravelmente britânica na educação, ah, quero ser um dia assim...
Descobri, também, uma vontade antiga, que estava escondida do lado direito do meu cérebro: o vibrante desejo de possuir uma livraria. Imagina só como seria bom absorver tantas e tantas idéias que existem em uma livraia. Acho que ia ficar dentro dela o dia inteiro e, de forma egoísta, iria abri-la só nos finais de semana, os outros dias ficariam para eu mergulhar em um montão de letras! (ê utopia que não me sai da cabeça....)
ps1: O título do texto é um trocadilho de intenção carinhosa com o livro que citei.
ps2: uma quase crônica, indo pra um lado bem pessoalista, subjetivo. Uso, com toda licença, enfaticamente, a primeira pessoa.
"A literatura nutre o alma e a consola. " ( Voltaire )
"Para fazer literatura você tem de ser terrivelmente sincera. E é incrível: se você atinge a verdade, está fazendo ficção, que é mentira." ( Elvira Vigna )
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