Informações e notícias sobre Rankings. Os melhores, piores, maiores e menores do Brasil e do mundo você encontra no nosso blog.

30 de setembro de 2008

Um cara multimídia: "Porque sim não é resposta!" (Nathan Zanferrari)



Garotos e garotas do meu Brasil varonil, voltamos com mais uma parte da microbiografia de Marcelo Tristão Athayde de Souza, o Marcelo Tas.

Após ter passado em todas emissoras existentes naquela época (com exceção da TV Bandeirantes), Marcelo Tas resolveu aquietar-se um pouco mais na TV Cultura, onde após algum tempo ele criou o programa Vitrine, marcado por ser o primeiro programa televisivo brasileiro a ter um blog.

Nessa época ele participou da criação de um programa que é um marco histórico na grade infantil da televisão brasileira: o Rá-Tim-Bum, um programa que, segundo Tas, “prova que o espectador vai atrás da qualidade. Quando [o Rá-Tim-Bum] estreou, em 1990, todos os outros canais eram povoados por loiras falando bobagem, atirando iogurte, etc. Era o reinado de Xuxa e suas cópias.” Além de atuar como diretor e roteirista, Tas interpretava o Professor Tibúrcio, que usava um rosto muito branco, cabelos grisalhos longos e uma beca, beirando um estereótipo de professor, sempre cumprimentando efusivamente a audiência com um “Bom dia, classe!”, seguido de uma breve “aula” sobre determinado assunto. E eu confesso, eu tinha medo do Professor Tibúrcio quando eu era pequeno

Com o sucesso do Rá-Tim-Bum, veio sua seqüência, Castelo Rá-Tim-Bum, que contou com alguns consagrados atores da TV Globo, como Sérgio Mamberti (Tio Vítor), Rosi Campos (Tia Morgana) e, o então desconhecido, Cássio Scapin (Nino). Num dos quadros do Castelo, Marcelo interpretava o Telekid, mas conhecido por sua frase dita após a seguinte situação: O personagem Zequinha (Freddy Allan) fazia várias perguntas cheias de “por quê?” e quando todos cansavam de respondê-lo, eles exclamava “Porque sim, Zequinha!”, no qual aparecia Tas em seu personagem, o Telekid e dizia seu bordão: “Porque sim não é resposta!” e começava a procurar as respostas às perguntas de Zequinha no “controle remoto interativo” e dava uma explicação em um fundo azul (quase como um Professor Tibúrcio eletrônico).


Após os dois programas infantis, Tas coordenou a criação de 1.140 edições do Telecurso 2000, por vezes dirigindo, roteirizando e até atuando. Também foi colunista das revistas Trip e Isto É.

Também conseguiu, nesse meio tempo, bolsas da Fullbright Schollarship Program para os cursos de Aperfeiçoamento Profissional em Cinema e Televisão da Tish School of the Arts e o Aperfeiçoamento Profissional em Multimídia e Novas Tecnologias pelo Interactive Telecommunications Program (ITP), ambos da New York University.

No próximo e último capítulo da minibriografia, veremos os fatos recentes da vida de Marcelo Tas, e seus projetos atuais. Até.

Veja mais:Um cara multimídia: "Deputado Paulo Maluf, é verdade que o senhor é corrupto?"

De grão em grão...Uma semana comendo porcarias- (Nathan Zanferrari)

Bill Hanna e Joe Barbera- 50 anos de criatividade (Nataniel Zanferrari)

29 de setembro de 2008

Crônica: O Falácio (Felipe de Souza)


Por trás de um grande homem sempre reside uma grande sombra, que o cerca esperando o dia em que ele hesite e perca a fé em si mesmo, para então derrubá-lo.

Posso me apresentar como um paladino da falácia e do escárnio. Trabalho naquilo que a todos é de conhecimento. Procuro nos deslizes e nas condutas das pessoas, fatos dos quais possa gerar um produto que tome a atenção do público em geral. A falácia e escárnio de que me refiro é tudo aquilo que aos olhos dos outros é o belo, acima dos narizes agudos e astutos, de quem se faz superior e preponderante.

Não tenho as pretensões de um iluminista, não há nada no progresso que me aponte a presença de Deus, porem não sou tão pouco Marxista. Não sou crédulo em certos regimes, alimentares, quem dirão sociais.

Não sigo este caminho por vingança ou por qualquer motivo nobre ou pobre de sentido. Também não o faço sozinho e há muito tempo procuro substitutos de meus cativos amigos, que por razões anatômicas não tem mais suas cabeças ligadas a seus corpos, por conta de uma nobre senhora cuja excentricidade lhe cai além de seu vestido. A nobre senhora de que falei ainda a pouco, nada possui de verdadeira nobreza. Apenas a chamo assim por hábito e costume educacional. Nessa senhora sobra o desprezo e uma indesejada companhia de súditos de lealdade duvidosa.

O que me faz refletir na verdade é que não há mais ninguém nesse mundo que tenha vontade e ou coragem de comprometer-se por inteiro numa campanha contra as injustiças que se abatem sobre os oprimidos. O mundo não é mais o mesmo, há tempos que venho tentando dizer isto às pessoas, porém minhas palavras não surtem efeito. Às vezes pareço um ser invisível aos olhos dos pedestres que interrogo. As pessoas andam nas ruas de cabeça baixa, sem olhar para os lados e quando as levanta, seu olhar está sempre fixo num horizonte que não me coloque na sua visão. Muitas vezes me interponho em seus caminhos, mas de nada adianta.

É um hábito estranho ficar por dias de pé pelas calçadas sem necessidade de abrigo ou de alimento, mas como disse não é com isso que me importo, o fato é que por vezes me vem um pensamento nefasto e incontrolável. Ele me faz sentir cansado desta existência que parece perder o sentido e nesse mesmo momento surge diante de mim alguém que não sei se é um amigo, não posso dizer se verdadeiramente o conheço e sempre quando o vejo esqueço-me de perguntar quem ele é.

Este homem de quem falo surge como do vácuo entre as pessoas na multidão. Desconfio que ele é um enviado da senhora vil e desonesta antes citada. Meu algoz me convida para partir e deixar meu posto. Ele me diz que meu dever por estas bandas já está cumprido. E eu o respondo: quem sabe outro dia, então ele balança a cabeça num sentido reprovador e se vai.

Outro dia tive muito sono, coisa que não me ocorria há muito tempo. Andei até uma casa, uma espécie de pensão na qual entrei sem bater na porta. Minha educação se deteriorou na mesma medida em que o sono avançou. Lá não havia tranca nem alguém que me impedisse de entrar.

Encontrei um canto onde me acomodei e dormi pesadamente por dias a fio. Quando acordei senti que já havia estado naquele lugar mais vezes e parecia que suas paredes, escombros e o papel de parede rasgado queriam me dizer algo que não fazia idéia.

Após sair da casa olhei para trás e vi um carro de policia estacionado bem em frente dela e duas crianças que apontavam para o seu interior. Tive vontade de voltar e olhar o que ocorria, mas não dei real importância, afinal eram apenas crianças, dei de ombros e sai. Terei cuidado para nunca mais dormir em lugar tão imundo, se é que necessitarei dormir novamente!

Veja também:
A solidão de um pingüm- (Geórgia Genestra)
Viajando em um portal, meu Kasato-Maru. Novembro/2...
William Shakespeare para vereador? (Felipe de Souz...

27 de setembro de 2008

Ranking de Universidades e Faculdades

Olá pessoal, hoje vamos falar do novo Ranking do MEC, que foi divulgado neste mês (Setembro 2008). A primeira postagem desse blog há 4 meses foi sobre o ranking de Universidades brasileiras e inclusive esta é uma das postagens que mais recebem visitas no blog, mas ele já está desatualizado. Surgiu a necessidade de postarmos o novo ranking, que se não é a maneira ideal de se avaliar os cursos é bem melhor que o método anterior.

A forma mais aproximada de definir quais eram as melhores as melhores instituições de ensino no Brasil era através do ENADE. Era medida a porcentagem de cursos que alcançavam o nota 5, que é o valor máximo da prova, em relação ao número de cursos avaliados que tinha a instituição de ensino superior. Neste ano foi criado o IGC, que além do resultado da prova, avalia outros fatores como infra-estrutura das instituições e demanda de professores. Cursos que alcançaram mais que 293 pontos são considerados ótimos pelo MEC.

A USP não está incluída na classificação, pois não faz a prova do ENADE. O ranking foi dividido em três categorias, Universidade, centros universitários e outros (normalmente faculdades e escolas de apenas um curso superior). A UNIFESP foi considerada a melhor universidade do Ranking, a melhor particular foi a PUC do Rio de Janeiro, o CEFET de Santa Catarina foi o melhor centro universitário e a EBEF foi a melhor na categoria outros, além de ter a melhor nota geral.

Algo muito interessante foi o que aconteceu na UEPG (pode acontecido em outras Universidades também). Quando foi divulgado o resultado do ENADE 2007, a Universidade ficou em terceiro lugar na classificação geral. Colocaram uma faixa celebrando o resultado. A classificação não vale mais após a divulgação do IGC, mas não tiraram a faixa do Campus. Se não querem tirar a faixa tudo bem, apenas modifiquem a frase, que tal: “UEPG, entre as 46 melhores universidades do Brasil”. YOSHI!


50 Melhores Centro universitários, Faculdades e Escolas de ensino Superior
    1. 1-EBEF RJ PRIVADA 483
    2. 2-SLMANDIC SP PRIVADA 482
    3. 3-EBAPE RJ PRIVADA 467
    4. 4-FGV-EAESP SP PRIVADA 458
    5. 5-ITA SP FEDERAL 453
    6. 6-ISE Vera Cruz SP PRIVADA 446
    7. 7-Faculdades Ibmec RJ PRIVADA 437
    8. 8-FAJE MG PRIVADA 437
    9. 9-Ibmec SP PRIVADA 431
    10. 10-FAMERP SP ESTADUAL 430
    11. 11-ISEI RS PRIVADA 419
    12. 12-FACAMP SP PRIVADA 418
    13. 13-EG MG ESTADUAL 414
    14. 14-FSB SP PRIVADA 411
    15. 15-Facamp SP PRIVADA 396
    16. 16-Faculdade AGES BA PRIVADA 392
    17. 17-CEFET-SC SC FEDERAL 380
    18. 18-FCMSCSP SP PRIVADA 375
    19. 19-FAFRAM SP PRIVADA 370
    20. 20-SINGULARIDADES/ISESP SP PRIVADA 367
    21. 21-CEFET/RN RN FEDERAL 366
    22. 22-FACENSA RS PRIVADA 364
    23. 23-FDV ES PRIVADA 363
    24. 24-FRBA BA PRIVADA 359
    25. 25-ESAGS SP PRIVADA 358
    26. 26-CEFET-BAMBUÍ MG FEDERAL 358
    27. 27-FAMC MG PRIVADA 357
    28. 28-FUNDINOPI PR ESTADUAL 356
    29. 29-FAE-FAAP SP PRIVADA 351
    30. 30-FADISP SP PRIVADA 350
    31. 31-Ibmec MG PRIVADA 348
    32. 32-FMR PE PRIVADA 348
    33. 33-FACOM-FAAP SP PRIVADA 346
    34. 34-FECAP SP PRIVADA 346
    35. 35-FAHU SP PRIVADA 344
    36. 36-Fean SC PRIVADA 344
    37. 37-ISECENSA RJ PRIVADA 344
    38. 38-CEFET RJ FEDERAL 339
    39. 39-UNIFAE PR PRIVADA 338
    40. 40-FEC BA PRIVADA 335
    41. 41-ESIC PR PRIVADA 332
    42. 42-Faculdades Ibmec RJ PRIVADA 332
    43. 43-FEC-FAAP SP PRIVADA 331
    44. 44-FAI MG PRIVADA 330
    45. 45-ESCS DF ESTADUAL 329
    46. 46-UniRitter RS PRIVADA 328
    47. 47-FACIG RJ PRIVADA 327
    48. 48-UNIVEN ES PRIVADA 325
    49. 49-FCI-FAAP SP PRIVADA 325
    50. 50-CEFET/PE PE FEDERAL 324
    Para saber a pontuação de todas as instituições de ensino superior do Brasil, faça download em http://portal.mec.gov.br/arquivos/doc/egc_divulgacao.xls.

    26 de setembro de 2008

    Sobre o Amor

    Um post piegas e apaixonadinho num dia como hoje. Hoje? 26 de setembro, por quê? Bom, como aqui é um blog de histórias, explico a minha: completo mais um mês com alguém que realmente vale a pena estar junto. Que, por sinal, está aí - ou quase - na imagem ao lado. E eu juro que não é o suco de laranja... Sobre os rankings, daqui alguns outros meses eu falo sobre isso. Haha! Vamos ao texto...

    Muitos procuram o significado da palavra Amor. O Amor já foi conceituado como sentimento, como substantivo, como loucura. Já dizia Nietzsche: 'Há sempre uma loucura no amor. Mas em toda loucura existe um pouco de razão'. Talvez a razão do amor seja ser louco. Onde já se viu poder tão forte? Controle de mente? Coração? Ridículo. É vergonhoso saber o que esse tal de AMOR faz com as pessoas. É assustador, estranho, contagiante. É belo.

    Aquele que se entrega ao AMOR vai em direção à cumplicidade, desejo, amizade. Ele faz chorar, sofrer, temer; mas faz sorrir, acalma... AMOR é tão puro quanto... Não há nem com quê compará-lo. Melhor do que amar é ser correspondido. Não me refiro à paixão, aquela que destrói. Estou falando de amar e ser amado; de olhar para o outro e saber que pode confiar; ficar feliz ao ver um sorriso; respeitar. É desejar a eternidade, mas com a intensidade. Não é o beijo, mas sim a boca. Não é o lugar, mas sim qum está contigo.

    Amar é sofrer, é brigar mas, acima de tudo, é confiar. É estremecer com alguma frase, paralizar para ver um olhar. Não posso dizer que valha a pena amar, mas para quem está nessa, aí vai o recado: com certeza não vale a pena desistir. Bons, ótimos, inesquecíveis momentos. Não torcer para que eles se repitam; lutemos para que venham outros melhores.

    25 de setembro de 2008

    "We Salute You!" (Zé Renan)


    Sim, é uma frase do AC/DC. Mas poderia ser dos Beatles, dos Ramones, do Legião, até do Fresno... Mas isso não importa. Na verdade, eu só tava tentando encontrar um jeito bacana de me apresentar: oi, eu sou José Renan Vallim – ou Zé, Zezinho, Zé da Gaita... enfim, o novo colaborador deste glorioso blog do meu amigo Japa – ou Edgard, Yoshi, Japa-ié-ié (esse último é dispensável)...

    Você deve estar se perguntando, caro leitor, sobre o que esse jovem mancebo vai escrever. Pois digo, sem falsa modéstia, que abordarei os assuntos mais importantes e essenciais na sua vida: o sexo dos anjos (com a luz apagada, não é óbvio?), se Neil Armstrong chegou ou não à lua (é claro que chegou! O anel de Sauron foi destruído lá, vocês não sabiam?), e muuuita música! Sim, porque a música é a trilha sonora da sua vida, como dizem por aí.

    Mas temo não ser tão imparcial. É que eu tenho uma certa queda pelo rock, sabe? Mas prometo desde já falar sobre outros ritmos também. Por exemplo: xingar o Calypso. Sou ótimo nisso, sabiam? Não que eu seja cego a ponto de não ver que essa é, hoje, a maior banda do Brasil... O quê? Você não concorda? Fala sério! A banda de Little Chimba e Joelma Stardust é a que consegue juntar mais gente nos seus shows hoje em dia... Você pode falar que a causa é o baixo valor dos ingressos (tá na base de cincão por cabeça). Então, coloque o mesmo preço pros shows da sua banda! Não vai dar nem metade da galera que vai ver o virtuosismo Chimbístico, ou os falsetes da Whitney Houston oxigenada. Aí você diz “é claro, porque eles são famosos.”. BINGO! Eles são famosos, VOCÊ NÃO! HÁ! Sinto lhe dizer, caro amigo: eles são melhores que você. Invejoso!

    Bom, é isso. Espero poder escrever toda semana, por simplesmente gostar de escrever, e pelo prazer de azucrinar. E porque todo mundo gosta de música. Pode ser rock, pop, axé, pagodão... Seja o estilo que for, é algo que mexe e agita quem quer que seja (incomodar também vale) e, o que é melhor, tem o poder de mudar o mundo (Woodstock e Live Aid não me deixam mentir). Qualquer coisa, escreva um comentário! Nós saudamos você. Se ajeite na cadeira e curta o show.


    Obs.: Profecia de Nostradamus: “Ao raiar as primeiras luzes do novo milênio, uma garota e sua poderosa voz irão se destacar em meio aos seus. Ela terá estatura muito pequena, e seus cabelos serão muito negros e também muito altos, como uma torre acima da sua cabeça. Usará pinturas negras nos olhos. Dará bafões históricos, e irá apreciar muito o álcool e as substâncias alucinógenas. E serão essas substâncias que a matarão, antes mesmo do fim do oitavo ano do novo milênio.” SE CUIDA, AMY!

    Veja também:
    Anjos dos Infernos
    Ouça Heavy Metal e se mate. Mais essa agora! (Feli...
    Histórias e Rankings na Wikipédia - Discos mais ve...

    24 de setembro de 2008

    (Bem) Longe de casa...

    Quantas horas você já ficou viajando dentro de um ônibus? Seis? Doze? Vinte e quatro? Quem sabe... trinta e seis? Bem, eu consegui a façanha de passar - nada mais, nada menos do que - 64 horas. Isso mesmo. 64 horas. Saí de Fortaleza, numa bela manhã de sexta-feira e cheguei em Curitiba na madrugada de domingo para segunda. Sim, houve um atraso em São Paulo de, pelo menos, quatro horas. Mesmo que não acontecesse e mesmo gostando muito de viajar, é tempo pra caramba né?

    Tudo bem. Nas primeiras 48 horas, eu dormi a maior parte do tempo. Acordava somente nas paradas de café/almoço/lanche/janta. Nem vi os dias e as noites passarem. Em compensação, o último dia... pareceu se arrastar. Eu não tinha mais o quê dormir. Até tentei, mas não deu. Olhava para o relógio e ele marcava 11horas. Depois de um tempão, olhava de novo e tinha passado apenas vinte minutos. Até consegui manter uma conversa com a mineira que sentou do meu lado e que vinha tentar uma vida melhor em Santa Catarina, mas mesmo assim... já estava cansada de ficar ali, sentada.



    E por que diabos eu voltei de Fortaleza de busão? Aliás, o que eu estava fazendo lá mesmo?



    Voltei porque, apesar da canseira, eu não tinha como pagar avião. Meu financeiro não permitia isso. E eu estava em Fortaleza passando o carnaval com os amigos do Movimento Estudantil de Comunicação Social (MECOM). Não, não. Ser militante do MECOM não é ter só essa vida mansa e boa nas praias do Cumbuco. Ser militante é ser de luta, é acreditar em coisas que você defende até a morte. Mas, acabei por me dar este direito de “férias”. Antes do carnaval, tinha passado uma semana discutindo as diretrizes da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS) para o ano de 2008. Não foi uma discussão fácil. O estatuto da Executiva, em muitos aspectos, ficou sem pé nem cabeça, assim como os posicionamentos políticos. As ações da ENECOS foram até deixadas para outro encontro.



    Mas o objetivo do texto não é filosofar sobre a dinâmica do MECOM (isso fica para outra hora). Quero falar sobre a vida dentro de um ônibus. Vale lembrar que é para qualquer ônibus, porque isso acontece em todos eles. Nos que circulam dentro das cidades, a “coisa” acontece de maneira mais sutil. Já nos de viagem, fica mais fácil de observar (até por uma questão de sobrevivência, ninguém quer ser esquecido em um posto qualquer desse “mundão de Deus”, né?)



    No começo, somos todos desconhecidos em busca de um destino. Entramos, procuramos lugares para nos acomodar e ajeitar nossas coisas. Ficamos em silêncio. Para distrair podemos ler um livro, escutar músicas no seu MP7 (antigamente era radinhos a pilha, disc-man...) ou simplesmente podemos observar as paisagens que passam rapidamente diante de nossos olhos. Caso o “bus” seja mais estruturado, podemos contar com a opção do DVD (já vi vários filmes interessantes em viagens maiores).



    Primeira parada. Desce todo mundo desesperado para fazer uma boquinha. Às vezes, só um doce basta. Também se aproveita para ir ao banheiro. Não que ele seja muito mais limpo que o do ônibus, mas, com certeza, é mais reconfortante do que aquele do “sacode-balança”. Em seguida, depois de uma rápida verificada nos passageiros, o motorista dá a partida e vai para outro lugar – provavelmente para a rodoviária mais próxima.



    Bem, a cena se repete tanto que acabamos marcando os rostos das pessoas – especialmente daquela que senta ao nosso lado. Quando menos percebemos, estamos na maior das intimidades com a pessoa. Acabamos descobrindo nome, idade, se estuda, se é filha única, se está voltando pra casa, se está indo visitar alguém ou simplesmente se está se mudando de mala e cuia. No fim das contas, essa interação vale muito a pena. Consegue-se descobrir diferenças culturais gigantescas, que acabam por fazer deste país uma salada mista muito gostosa.



    Claro que nem todo mundo se expõe da mesma maneira, mas mesmo assim existe sempre um tipo de interação. Tanto existe que, depois de 3 dias no ônibus, você acaba por criar certo apego àquela vida. Não que você não queira chegar em casa, tomar um banho descente (só os das paradas não valem), descansar e comer comida de mamãe (muito melhor e mais barata do que os dos postos). Nada disso! Você deseja muito tudo isso. Porém, conviver todo esse tempo com aqueles rostinhos antes desconhecidos, fazem você ampliar um pouco mais a visão de mundo. Por causa deles, de algum jeito, você fica mais receptivo a novas amizades.


    Tente fazer um teste. Não precisa ir (ou voltar) para Fortaleza logo de cara. Mas pegue um metropolitano e vá de até a cidade mais próxima. Aproveite para sociabilizar com as pessoas. Aproveita para observar coisas antes não vistas ou não conhecidas. Imagina as histórias que circundam o lugar. Então, nesse momento, você perceberá quão rico pode ser seu dia-a-dia. Let’s go!

    Leia mais em:

    http://recantomeu.wordpress.com/2008/06/17/vida-e-cores/

    http://recantomeu.wordpress.com/2008/06/23/tal-pai-tal-filha/

    http://edmagalha.zip.net/

    23 de setembro de 2008

    Um cara multimídia: "Deputado Paulo Maluf, é verdade que o senhor é corrupto?"



    No dia 10 de novembro de 1959, nascia na cidade de Ituverava/SP, o rechonchudinho Marcelo Tristão Athayde de Souza. Porém, esse incorrigível santista amante da Fórmula 1 ficaria mais conhecido sob a abreviatura de seus três últimos nomes que ele usa até hoje como pseudônimo: Marcelo Tas (ou seria mais correto Marcelo TAS? Ou Marcelo T.A.S.?).
    Esse cara ficou conhecido como um dos profissionais mais polivalentes da mídia brasileira: o sujeito é jornalista, ator, apresentador, roteirista, diretor, espírito-de-porco e mais uma porrada de coisas envolvendo comunicação, principalmente nas áreas radiofônica, televisiva e via Internet. E pasmem: o cara é formado em Engenharia. Civil ainda por cima (começado em 1978 e concluído em 1982). É meu amigo,e você achando que é dureza fazer Jornalismo. Imagina fazer jornalismo sendo formado em Engenharia Civil?
    Segundo o próprio Tas, no primeiro ano conheceu o Ceviu jornal da Escola Politécnica da USP, onde ele estudava Engenharia Civil; o Ceviu era praticamente O Pasquim da USP. No seguno ano o Tas já entrou de colaborador do jornal e no terceiro já era o editor. Assim, ele ia na universidade só para ser editor, alegando que conseguiu se formar só por se o editor de um jornal, anarquista, mas bancado pelo Grêmio Politécnico.
    Então ele se tornou um dos membros fundadores da “Olhar Eletrônico”, uma produtora de vídeo independente na época da renovação televisiva dos anos 80. Justamente nesses anos 80, durante a época da abertura política, ele criou seu personagem mais marcante: Ernesto Varela. Varela era um repórter fictício caracterizado pelos clássicos óculos vermelhos que ia a eventos fazer perguntas,digamos, indelicadas aos políticos (segundo Tas, perguntas que todos queriam fazem, mas ninguém tinha coragem e/ou cara-de-pau). A mais célebre de suas perguntas, que chegou a entrar pra história, foi a sua pergunta direta e sem rodeios para Paulo Maluf: “Muitas pessoas não gostam do senhor, dizem que o senhor é corrupto. É verdade isso, deputado? O senhor é corrupto?”. Os surpreso deputado virou as costas e deixou a sala. Segundo o próprio Tas, anos depois, suas entrevistas prediletas eram com o dito deputado e que desejava que os político fossem “transparentes” como ele: “O Maluf é de uma extrema cara-de-pau. Ele me trata muito bem, o que eu acho uma virtude dele. Falando sério, eu acho que o Maluf é um dos poucos político que é transparente. Afinal, ele não faz a menor questão de esconder. Ele fala de querer asfaltar a cidade inteira e os motoristas de táxi têm orgasmos! Se ele falar: 'Eu vou azulejar a Marginal!' o povo acredita! Ele até falava 'O fura-fila, o trem que vai levitar sobre a cidade' e o povo acreditava e elegia ele. Ele é um grande cara-de-pau sincero. Antes todos os políticos fossem assim”.
    Outra famosa entrevista foi a que acabou em séria discussão com então deputado e dirigente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Nabi Abi Chedid, no bastidores da Copa de 86. Tas, interpretando Varela, marcou uma entrevista para tratar de futebol e enveredou por assuntos políticos envolvendo as denúncias de desvio de dinheiro contra o deputado, que passou a xingá-lo e chamá-lo de “mau brasileiro” no qual Tas perguntava “Mas todos os brasileiros que querem saber onde foi para o dinheiro são maus brasileiros, deputado?”.
    Varela sempre era acompanhado por seu câmera o Valdeci, que na verdade era qualquer um que estive por trás das câmeras que era chamado por Varela de Valdeci; porém, o primeiro “Valdeci” e também quem ajudou a definir o personagem, foi o então desconhecido Fernando Meirelles, hoje o premiado diretor de Cidade de Deus e Ensaio sobre a cegueira. “Eu quis escolher o diretor de gravações [pra campanha de brinquedos Estrela (a qual ele estrelou por vários anos)] e foi uma briga porque eu queria um diretor que ninguém conhecia ainda e foi difícil fazer eles aceitarem. E hoje ele é o Fernando Meirelles, indicado ao Oscar e tudo o mais.”
    Após transitar com Varela por várias redes de televisão, dentre elas TV Gazeta, TV Record, SBT, TV Manchete e MTV, ele foi pra Globo, onde por um tempo roteirizou e apresentou o Vídeo Show. Também roteirizou o piloto do Programa Legal, com apresentação de Luís Fernando Guimarães e Regina Casé; porém a Globo não gostou dos resultados do último e não lançou o programa oficialmente.
    Depois disso ele foi pra TV Cultura, onde criou o revolucionário Vitrine, que analisava a mídia brasileira de maneira leve e descontraída e carrega o título de primeiro programa televisivo brasileiro a ter um blog. Depois, na Rede 21, iniciou o programa Saca-Rolha ao lado de Lobão e Mariana Werneck, que depois migraria para o Play TV.
    Na próxima parte iremos ver o retorno de Tas para a TV Cultura e seu envolvimentos em programas infantis e educativos. Até.

    22 de setembro de 2008

    Ouça Heavy Metal e se mate. Mais essa agora! (Felipe de Souza)


    Não sou lá muito eclético, me disseram até que quem gosta de tudo não gosta na verdade é de nada, mas existem os limites de tolerância pessoais que todos deveríamos possuir.

    O fato é que li uma noticia que me deixou numa verdadeira “sinuca de bico”. Em um estudo publicado pelo jornal Australasian Psychiatry, indica que ouvir Heavy Metal incentiva roubos e suicídios. Ai é que esta o meu problema, eu gosto de Heavy Metal, apesar de não ser o cara que conhece todas as bandas e os nomes das músicas de cor, porém gosto desse estilo de música.

    E aí me pergunto: E quanto a pesquisas que indicam que Rap e ou o Hip Hop incentivam o uso de drogas e a violência que eu acabava concordando?

    O fato é que por trás de tudo isso está um verdadeiro preconceito. A música é algo mágico e na verdade, essas pesquisas acabam se tornando preconceituosas e influenciam as pessoas.

    Existem fatores mais relevantes que poderia definir o suicídio: o meio em que o sujeito está inserido, sua renda e qualidade de vida (ou falta dela), famílias desestruturadas, falta de comunicação entre pais e filhos, falta de dinheiro em meio ao bombardeio de consumo ao qual estamos expostos a cada segundo em frente a um rádio, TV, computador e celular. Estes fatores poderiam gerar muita ansiedade que levaria a uma depressão e que pode ficar mais séria e até levar alguém a várias atitudes, inclusive ao suicídio.

    Não sei exatamente a quanto tempo o Heavy Metal existe mas, se não me engano as pessoas já se suicidavam antes disso.

    PS: No mesmo projeto, a pesquisadora revela que fãs de jazz costumam ser solitários. Já aqueles que escutam mais música pop têm dúvidas com relação à sexualidade, e os que curtem dance têm mais chances de ser um usuário de drogas.
    Vou me abster de maiores comentários.

    Felipe de Souza, estudante do 2° ano de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil


    Veja Mais:




    21 de setembro de 2008

    Descubra quem te bloqueou no MSN. Blocks status

    Olá pessoal, hoje venho aqui para recomendar para vocês um site bem interessante. No Blocks Status você pode ver quem te bloqueou ou deletou da lista do MSN ou de outros messengers. No site também existem outras opções como a de ver se tem alguém que aparecendo off-line. Eu já fiz a consulta, é surpreendente. Eu vi essa dica em uma postagem do Blog arquivinho, que por sinal é muito bom. Confiram: http://www.blockstatus.com/msn/delete-checker. YOSHI!
    PS: Outra opção de ver quem te bloqueou no MSN é utilizando o aMSN, o MSN do Linux. Ele tem o Layout bem mais simples que o MSN comum, mas é bem eficiente. Site para download do aMSN: http://baixaki.ig.com.br/download/aMSN.htm

    Aproveitem e dêem uma conferida nos posts da semana:

    20/09 Como nascem os chavões: A origem do tigrão e do IEIE na Canon Nagahama (Yoshi)
    19/09 Para os bons e maus pedestres (Fer Suguiama)
    17/09 As cores que (te) marcam (Anne)
    15/09 Histórias e Rankings na Wikipédia - Discos mais vendidos no Brasil (Yoshi)
    15/09 De grão em grão...Uma semana comendo porcarias- (Nathan Zanferrari)

    Leia também:
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    Como nascem os chavões: A origem do tigrão e do IEIE na Canon Nagahama


    Olá navegantes do Histórias e Rankings, aqui estou para contar mais uma história para vocês. Admito que estas histórias de cunho pessoal inicialmente eram para ser direcionada apenas para as pessoas que convivi e passei momentos legais. Não esperava tantas visitas neste espaço quando entrei nesse mundo da blogosfera, porém não vai ser a chance de publicar para mais pessoas que fará eu esquecer os amigos, afinal o pouco que consegui na vida devo em boa parte as pessoas que me cercam, protegem e animam, vamos lá. Dedicatória especial para galera que trabalhou comigo na Canon Nagahama.

    Todo mundo conhece alguém que gosta de criar diversos neologismos (os brasileiros no Japão são reis disso, o termo Ganbettear que o diga). Entre as pessoas que conheci, existiam várias que tinham uma expressão peculiar para descrever algo. Claro que essas pessoas se apropriaram essas expressões de alguém, eu “roubei delas” essas falas e repasso aos meus amigos. Mas por trás de cada palavra que se fala há uma história e hoje contarei a histórias de duas palavras que utilizo e já virou marca registrada entre os amigos.


    • Tigrão (junto com a simulação de um soquinho na cara, de pai para filho): Eu (e muitas pessoas que me cercam) usam essa expressão quando alguém consegue uma “proeza de conquistador” (calma não se assustem, um simples olhar já vale um “tigrão”) ou quando faz um comentário “picante” ( que normalmente é dispensável).

    A primeira vez que essa expressão foi utilizada na minha presença foi quando eu trabalhava na fábrica da Canon em 2006 (em uma outra história eu explico como era lá) e lá tinha um grupo que conversava muita besteira o dia inteiro e mesmo assim não era demitido (os integrantes eram rápidos no serviço).



    O quarteto fantástico era formado por mim, Edson, Israel e o Bochecha (o cara mais safado do mundo) e na fábrica havia uma figura muito peculiar chamada dona Yasuda, uma brasileira radicada no Japão que não revelava a idade para ninguém e era a tradutora da linha.Ela passeava o dia inteiro pela linha e apesar da idade era bem...ousada.

    Um dia ela parou para conversar com alguém e enquanto eu estava distraído...TAF... mão na minha bunda. Fiquei na minha, afinal o mal já estava feito. Quando ela foi embora, aconteceu... Eu olhei para o lado e sorrindo Israel falou a palavra de seis letras que hoje é presente na minha vida. O quarteto fantástico quebrou o silêncio da linha de montagem de impressoras com muitas risadas. A partir daí, qualquer coisa merecia um “tigrão” e a expressão persiste até hoje.


    • IEIE (igual o som que o Sérgio Mallandro faz, essa expressão serve de reforço para alguma outra palavra que queremos dar ênfase. Ex: O famoso JAPA IE-IE que a galera fala quando me encontra): Essa está muito popular no nosso grupo da UEPG, mas eles mal sabem como que esta expressão entrou no meu vocabulário. Essa também é dos tempos de Canon Nagahama.

    Certo dia voltando da fábrica (o serviço era meia-hora de ônibus de casa) estava voltando Renata (a garota que morei por 2 anos junto,minha ex) e eu. Na hora de entrar no apartamento (detalhe 12 horas de serviço nas costas) não encontrávamos as chaves dele. Eu disse a ela que a chave deveria estar na mochila dela. Sua mochila estava lotada e ela começou a esvaziá-la. Depois que a mochila estava vazia, percebi que a chave estava no fundo do meu bolso. Para tentar “descontrair” o ambiente tenso, gritei: Pegadinhaaaa!

    Sim ela se enfureceu, me chamou de FDP e bateu em mim com a mochila (ela é meio brava, kkk). Nesse momento, o Bochecha saía da casa dele, viu a cena e voltou para o apartamento com medo de apanhar também. No outro dia ele comentou para todos que tinha visto a “pegadinha do mallandro” ao vivo e por um bom tempo toda vez que me via fazia IE-IE. O termo pegou e até hoje existe alguém de algum grupo meu que fala isso.
    Por mais que você passe por um lugar, perca contato com as pessoas (da Canon, por exemplo, não falo com quase ninguém mais), elas acabam ficando na sua memória em forma de histórias como a de hoje que eternizo para vocês lerem, valeu galera. YOSHI!


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    19 de setembro de 2008

    Para os bons e maus pedestres


    Oi, aqui estou eu novamente. É Sexta-feira, meu dia de postagem no blog. Bom, o assunto que hoje me inspira é algo bem corriqueiro, como mostra a foto acima... Não, não os Beatles, mas a faixa de pedestre. Toda manhã, pego um ônibus, num trajeto de 22km (meu êxodo estudantil - não moro em São Paulo nem sou retirante, mas isso não vem ao caso). Ao lado da cabine do motorista, há um enorme adesivo escrito “Faixa. Eu paro nessa”. Olhei, olhei e pensei: excelente frase pra se pôr nos veículos! Afinal, são eles a grande maioria que “pára nessa”, não é?

    Ontem foi divertido. Indo à aula de bateria, pude notar a quantidade de pessoas que tentavam atravessar a rua na diagonal. Como assim? Tá certo que esse é o caminho mais prático entre 2 pontos (ainda mais se a loja onde você quer chegar não está bem à sua frente), mas... Não é o caminho mais curto pra se cruzar a rua! (Pitágoras poderia me ajudar nessa). Imagine só: uma senhora, lá pelos seus 67 anos, tentando atravessar a rua (sem faixa de pedestres) em uma velocidade de 2km/h. Não é fácil, e todos - creio eu - querem passar o menor tempo possível na mira de carros, motos, ônibus, caminhões, et coetera.

    Dos mais anônimos aos grandes conhecidos. Olha... Eu disse que não falaria dos Beatles, mas não há como evitar! A imagem vista acima destaca a faixa, algo que os donos desses pares de pés souberam aproveitar muito bem. Afinal, atravessaram a Abbey Road sem serem atropelados – agradecimentos especiais aos motoristas londrinos que lá estavam –, gravaram seu disco (e muitos outros) e continuaram com sua vidinha “pacata”. Sigam esses exemplos, ó caminhadores das ruas desse país!

    Enfim, andar nas ruas por aí anda tão difícil ultimamente que, quem sabe, a salvação seja treinar em casa, via Internet. Aqui está um link [sem vírus, juro!] (http://www.nosoup.net/nosoup4u/b3ta/abbeyroadcrossing.html), onde você pode praticar (através do teclado do seu computador) para ser um pedestre melhor. Ou um motorista com mais consciência.

    Para quem caminha, tente o link e depois volte aqui pra nos contar suas experiências. Para quem dirige, aí vai o recado: “Faixa. Não pare nessa”.

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    17 de setembro de 2008

    As cores que (te) marcam

    Como vocês já puderam perceber, gosto muito (muito) de ler. Orgulhosamente, posso dizer que tenho mais de 110 livros – se um dia quiserem vir em casa contar, sintam-se a vontade. Lógico que eu já li muito mais. Troca- troca com amigos, empresta-devolve das bibliotecas (a pública, a da universidade e a que mais me influenciou, que foi a da escola que estudei por quase toda a minha vida). Algumas vezes, três por semana. Outras mais, outras menos. Mas nunca deixava (e procuro ainda não deixar) o cérebro parar.

    Uma das minhas últimas (boas) aquisições é um desses Best-sellers. Fazia tempo que namorava o título. Sei lá, acho que porque me despertou muita curiosidade e também porque, de algum jeito, sou parecida com a personagem principal do romance adquirido.
    “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak, foi escrito e lançado em 2006. Aqui nas terras tupiniquins, teve sua edição rodada um ano depois, pela editora Intrínseca. Já tinha ouvido que a história era arrepiante... mas sabe como é, a gente nunca acredita 100% até que se tenha uma experiência real com “a coisa”.


    Antes de começar a ler, uma frase na contracapa: “Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”. Nada mais instigante, diga-se de passagem. Então, eu fiz isso. Comecei a folhear o livro. Logo no começo, quando a Morte se apresenta como narradora, o autor conseguir me captar por causa de “Uma Pequena Teoria”. Diz o trecho: “As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los”.


    Não precisou de mais nada. Eu simplesmente resolvi sentir e perceber todas as cores que esta história poderia me trazer. Liesel Meminger – a roubadora de livros – é uma pequena alemã, filha de pais comunistas, que se viu adotada por Hans e Rosa Hubermann, um casal acima de qualquer suspeita. Na verdade, seu irmão também era pra ser adotado, mas morreu a caminho da nova casa. Neste momento, a menina e a Morte estiveram bem perto, pela primeira vez.


    No mais, elas se viram pouco. Talvez em mais duas ou três oportunidades. Sempre que se cruzavam, a Morte dizia que Liesel parecia sempre saber onde ela estava e a seguia atentamente com seus olhos. Mas... se elas tiveram pouco convívio... como a história se desenrola?


    A Morte confessa que, enquanto não ceifava as almas do mundo, ficava observando o dia-a-dia de Liesel. A narradora da história acompanhou passo a passo dessa nova vida com os Hubermann: os gritos de rosa, a música e o acordeão de Hans, o quase romance com o melhor amigo Rudy, a parceria com o judeu refugiado Max... e claro, o gosto pela leitura (adquirido em passados lentos) e pelos roubos de livro.


    Tudo isso passado na Alemanha nazista de Adolph Hitler. Uma visão diferente. Uma visão humana e que conseguiu me arrancar alguns choros. Impossível não se sensibilizar, impossível não ficar com o coração agoniado, impossível não acompanhar Liesel em seus roubos.Recomendo a leitura. É o tipo que faz sua alma levitar. Você vai parar tudo e acompanhar essa história. Tenha certeza que todas as cores irão passar e te deixar inúmeras marcas. Voi là.

    Leiam mais:

    15 de setembro de 2008

    Histórias e Rankings na Wikipédia - Discos mais vendidos no Brasil


    Salve minha gente! Primeiramente tenho um recado para os que ainda não conhecem nosso blog . Com a ajuda dos amigos, estamos quase chegando ao que seria o nosso objetivo inicial. Criar uma página que é atualizada diariamente.
    Coisas muito legais estão acontecendo com a nossa página. Estamos começando a ocupar as primeiras páginas de busca no Google em vários termos de busca (provavelmente você chegou ao nosso blog dessa forma) e as visitas aumentaram bastante.
    Outra surpresa agradável que tive foi quando descobri um Link do H&R na Wikipédia. Um dos primeiros posts do nosso Blog foi sobre os discos mais vendidos no Brasil e no mundo. Outro dia descobri o link em um artigo da Wikipédia americana.
    Resolvi captar outras informações do artigo e publicar uma lista mais completa (não apenas os discos, como também cantores) para vocês obter mais informações sobre o assunto.
    Falando sobre os Rankings, mantenho minha opinião: Os “melhores” do Brasil são terríveis, salvos algumas exceções e se não fosse a pirataria, provavelmente o MC creu já estaria buscando um lugar na lista. Yoshi!



    • Artistas brasileiros que mais venderam discos no Brasil (em Mi)
    1- Roberto Carlos 101.1
    2- Nelson Gonçalves 62.5
    3- Xuxa 40.0
    4- Chitãozinho e Xororó 35.0
    5- Maria Bethânia 26.0
    6- Leandro e Leonardo 25.0
    7- Zezé di Camargo e Luciano 22.5
    8- Raça Negra 20.0
    9- Sandy e Júnior 16.0
    10- Roberta Miranda 14.2


    • Artistas estrangeiros que mais venderam no Brasil (em Mi)


    1- Julio Iglesias 18.1
    2- Madonna 6.1
    3-Michael Jackson 4.5
    4-Céline Dion 3.2
    5-Britney Spears 3.1
    6-RBD 3.0
    7-Queen 2.8
    8-Backstreet Boys 2.8
    9- a-ha 2.7
    10-U2 2.2


    • Discos Nacionais mais vendidos no Brasil (em Mi.)
    1- Músicas para Louvar o Senhor - Padre Marcelo Rossi - 1998 - 3.328.468
    2- Xou da Xuxa 3 - Xuxa - 1988 - 3.216.000
    3- Leandro & Leonardo - Leandro & Leonardo - 1990 - 3.145.814
    4- Só pra Contrariar - Só pra Contrariar - 1997 - 2.984.384
    5- 4º Xou da Xuxa - Xuxa - 1989 - 2.920.000
    6- Xegundo Xou da Xuxa - Xuxa - 1987 - 2.754.000
    7- Um Sonhador - Leandro & Leonardo - 1998 - 2.732.735
    8- Xou da Xuxa - Xuxa - 1986 - 2.689.000
    9- Mamonas Assassinas - Mamonas Assassinas- 1995 - 2.468.830
    10- Terra Samba ao Vivo e a Cores - Terra Samba - 1998 - 2.450.411



    • Discos internacionais mais vendidos do Brasil (em Mi.)


    1- Julio Iglesias - De Niña a Mujer (1982) - 2.1
    2- Michael Jackson - Thriller (1982) - 2.0
    3- Julio Iglesias - Hey! (1980) - 1.9
    4- Michael Jackson - Bad (1987) - 1.5
    5- Julio Iglesias - MINHAS CANÇOES PREFERIDAS (1981) - 1.4
    6- Julio Iglesias - Libra (1985) - 1.2
    7- Whitney Houston - The Bodyguard (1992)1.2
    8- Madonna - The Immaculate Collection (1990) - 1.1
    9- Madonna - True Blue (1986) - 1.0
    10- Michael Jackson - Dangerous (1991) and Usher Confessions (2004) - 1.0

    Leia também:

    • Discos mais vendidos no Brasil e no mundo

    http://historiaserankings.blogspot.com/2008/06/discos-mais-vendidos-no-brasil-e-no.html

    • Expectativa de vida (países e pessoas)

    http://historiaserankings.blogspot.com/2008/07/pessoas-mais-velhas-do-mundo.html

    • Jogue Guitar Hero sem precisar fazer Download do jogo

    http://historiaserankings.blogspot.com/2008/08/jogue-guitar-hero-sem-precisar-fazer.html


    14 de setembro de 2008

    De grão em grão...Uma semana comendo porcarias- (Nathan Zanferrari)

    Quantas calorias equivalem a 1 quilo?

    Cerca de 8 mil. Essa é a quantidade extra de energia que você precisaria consumir para engordar 1 quilo. E não tem que ser de uma vez. Um homem adulto, que gasta cerca de 2500 calorias por dia para manter o corpo funcionando, teria de comer o dobro do que precisa por cerca de 3 dias. Ou 1000 calorias extras diárias por uma semana. Parece muito, mas alcançar essa marca é mais fácil que parece. Difícil mesmo é perder esse mesmo 1 quilo. A lógica se mantém, só que, desta vez, você terá que economizar 8 mil calorias, descontadas da sua cota diária de comida. E, como não dá pra eliminar 1000 calorias por dia da sua dieta, o caminho de volta vai ser bem mais demorado. Agora tudo faz sentido não?

    Daniel Schneider, Super Respostas, Super Interessante Ed. 255, Ago/2008 Bem, virou moda agora entre os repórteres fazerem testes em si mesmos, como o americano que seguiu a Bíblia ao pé da letra por um ano, o paulista que fez o mesmo por um mês, o Rafael Bastos do CQC que comeu somente o conteúdo de uma cesta básica por um mês (e emagreceu 8 quilos) e o repórter Pedro Burgos, da Super Interessante, que passou 38 horas acordado à base de cafeína (cafés, chás, energéticos, refrigerante, etc.). Eu também pensei em fazer um “teste empírico” sobre a matéria... Então... e lá vamos nós!

    Segunda-feira, 11 de agosto

    Fui até a farmácia me pesar para fazer uma comparação com o peso da próxima segunda. Meu peso é exatamente 91,5 quilos (devido a uma temporada da comidinha da mamãe durante as férias), apesar do meu peso geralmente estar em torno de 84 quilos. Puta merda, vai ser complicado perder esses quilinhos depois. Mas, enfim, isso a gente resolve depois. Além do tradicional miojão com carne moída de todo dia e do magnífico R.U., comi o “recomendado” pela revista: 1 pacote de bolachas recheadas (Trakinas Meio-a-meio) contendo 757 cal, e 1 suco de laranja (Wilson) contendo 115 cal, totalizando 872 calorias. Vamos ver no que isso vai dar.

    Terça-feira, 12 de agosto

    Nova pesagem na farmácia revelou: 91,8 quilos, ou seja, 300 gramas a mais. Logo em seguida, a parada foi na Tarantella: 3 pedaços de pizza quatro queijos e 1 Fanta Uva; traduzindo: aproximadamente 1050 calorias extras.

    Quarta-feira, 13 de agosto

    É, pessoal. Mais 200 gramas, atingindo já os 92 kg. Hoje o negócio é um pacote de batatinhas Rufflescom 415 cal e meia barra de chocolate Leite Moça contendo 500 cal. Quero só ver a balança amanhã...

    Quinta-feira, 14 de agosto

    Antes de comer meia porção de batata frita e tomar 3 copos de chope (e consumir mais 1040 gramas), eu estava pesando 92,1 kg. Só 100 graminhas. Mas de grão em grão...

    Sexta-feira, 15 de agosto

    Os chopinhos e a batata frita deram o excelente resultado de 92,3 kg. E hoje um cachorro quente completo e 4 latas de cerveja, num total de 1340 cal. Sorte que eu não dirijo, aí não preciso passar pelo bafômetro e tudo o mais.

    Sábado, 16 de agosto

    Sabadão nos revela o quase cumprimento da minha meta: 92,4 kg. E ainda hoje vou consumir 1116 calorias: hambúrguer e batata frita e um refrigerante grande. E lá vamos nós.

    Domingo, 17 de agosto

    Como hoje é domingo e eu não achei nenhuma farmácia aberta, não vou revelar meu peso, mas ainda tenho que comer 3 salgadinhos e 3 brigadeiros de padaria pra poder consumir mais 1380 gramas. Amanhã vem o grand finale.

    Segunda-feira, 18 de agosto

    É, pessoal. Segunda brava nos mostra uma coisa: engordei mais que um quilo! Hoje fui me pesar e a balança não me agradou muito: 92,7 kg, ou seja, 1200 g a mais. Mas eu devo ter dado alguma outra escorrega fora as “escapadelas planejadas”. Mas é isso, pessoal, já sabem que de grão em grão a galinha enche o papo, e se pisar na bola só um pouquinho, não adianta culpar a balança, manja?

    Nathan Zanferrari é estudante de Comunicação Social – Jornalismo e até a postagem deste artigo conseguiu emagrecer 2,4 kg, atingindo os invejáveis 90,3 kg.

    12 de setembro de 2008

    A arte de enganar

    Quem vem hoje fazer a visita no Histórias e Rankings sou eu, Fernanda Suguiama. Diferentemente do pessoal que posta aqui, não faço Jornalismo na UEPG. Ainda. Tô no 2º colegial e, por contatos em comum [leia-se: namorado incrível, José Renan], conheci o Yoshi, conheci o blog, e também a faculdade. Enfim, o texto a seguir foi feito na manhã em que fui visitar Ponta Grossa, mas antes de pegar a estrada. Toda Sexta-feira, se possível, postarei aqui. Meus pêsames, caros leitores! =D

    Aproveitando a onda eleitoral, falemos de uma proeza de poucos.


    As pessoas são mais vulneráveis do que imaginam ser. Embora muitos procurem ser conduzidos pela razão, a grande maioria se deixa levar pelo sentimentalismo, em uma escravidão onde as emoções comandam os engenhos. Sendo assim, aqueles que mais se aproveitam dessa vulnerabilidade são eles, os políticos, muitos deles mestres na "arte de enganar". Partindo do princípio de que a falta de informação dos leitores pode gerar lucros às suas campanhas políticas, as raposas do poder aproveitam para apelar com o que mais seu povo possui: emoções.

    A política populista já provou o quanto é eficaz, Vargas que o diga. Há também o outro lado, como mostrou "O Príncipe", livro inspirado no papa Alexandre VI. No livro, Nicolau Maquiavel descreve as formas - lícitas ou não - de alcançar e se manter no poder. O ato de dissimular é muito bem-vindo.

    Infelizmente, o maquiavelismo não se restringe às frias linhas de "O Príncipe", como pode ser notado em nosso país. O Brasil precisa é de eleitores mais racionais. Difícil será, mas, enquanto a população não tomar a consciência de que, na política principalmente, a razão pode muito ajudar, o país continuará vivendo nesse programa de auditório, onde os diretores são os próprios atores, os políticos. E a platéia não poderá fazer nada.

    Leia também: Os info-Ases

    11 de setembro de 2008

    Uma visita diferente

    Despretensiosamente, aquele senhor simpático caminhava ao lado da elétrica amiga. O destino seria o famoso “Paraguaizinho” de Ponta Grossa. Ele, muito mais para acompanhar do que pra comprar. A mulher só pensava nas inúmeras compras que poderia fazer naquela cidade de interior, que chamava a atenção de ambos pelas antigas arquiteturas das casas e dos prédios.

    Depois da carona dada pela estudante de jornalismo e o caminho indicado por outro amigo, o apresentador do Linha Direta, Domingos Meirelles, e sua assessora de imprensa chegaram ao Shopping Popular, com a intenção de levar dali algumas lembranças para a terra carioca.

    Não deu tempo de fazer muita coisa. Só se foi possível ouvir: “É ele”. Em poucos minutos, várias máquinas fotográficas surgiram. Todos queriam um registro com o global. Além disso, todo mundo queria contar suas histórias de vida. Ou contar algo que sabiam para ir parar nas telinhas. Não por estrelismo, mas por pura necessidade.

    Enquanto essa muvuca rolava, em outro canto da cidade, a Polícia Militar esperava o momento certo para agir. Eles nem sonhavam com aquela visita inusitada e já tinham se programado. As lojas que teriam seus produtos apreendidos – mesmo que regulamentadas pela prefeitura da cidade e pagando aluguel – já estavam a algum tempo na mira da PM e era certo que não conseguiriam escapar.

    Mas o destino tem suas peças e seus modos de comunicação. No meio de autógrafos e conversas, alguém bateu a porta mais forte. O sinal estava dado. No mesmo tempo, diversas lojas e vários comerciantes foram sendo fechadas, como uma reação em cadeia ou como peças de dominó. Os visitantes cariocas quase não perceberam a confusão armada. Achavam que era por causa deles e até trocaram poucas palavras na tentativa de explicar o mal entendido.

    Com toda essa situação, a PM conseguiu apreender apenas alguns produtos de lojistas menos rápidos. Graças aqueles visitantes, muitos fecharam sua loja e trataram de se mandar dali – pelo menos, por aquele dia. Lógico que os que saíram no “preju”, maldiziam Meirelles pelo ocorrido, já que achavam que era ele que chamara a atenção dos policiais. Estava tudo tranqüilo sempre. A única coisa diferente foi a “maldita” visita.

    Os cariocas nem compraram muita coisa. Um creme e uma lâmina de barbear foi o que deu pra levar. Para alguns comerciantes e clientes que passavam no local, ficou a imagem de uma grande euforia por ele andar junto aos telespectadores. Em compensação, outros tinham o coração na mão e um frio na barriga. Escaparam por pouco da PM. Tinham a certeza que da próxima vez, não teriam tanta “sorte”.

    obs: texto produzido em outubro de 2008, para a disciplina de Jornalismo Comunitário (publicado no informativo feito pro "Paraguaizinho").

    8 de setembro de 2008

    William Shakespeare para vereador? (Felipe de Souza)


    Bom, hoje é um pequeno inicio para mim. Nunca ter tido grandes experiências com a escrita antes demonstra a falta de professores que despertem o fascínio e a grandeza da nossa língua mãe em seus alunos, espero que essa realidade possa mudar.

    A minha sorte é ter me dado conta da minha paixão inconsciente pela literatura e pela escrita, mas não pretendo me estender nisso.

    No momento vivemos uma das mais engraçadas situações de todos os tempos, ou melhor, de todos os últimos quatro anos. O destino de nosso país, que pra mim se inicia nas bases, ou seja, nos municípios, que são palcos de muita politicagem, mas não preciso falar aquilo que todos nós assistimos nos noticiários todas as noites. O fato é que, além disso, Shakespeare esta mais pop do que nunca, pois esse momento é de uma verdadeira tragicomédia brasileira. Poderíamos dizer também que a tragicomédia esta em vários níveis nesse incrível palco onde nós não somos espectadores, e sim atores, talvez não comparáveis a todos nossos candidatos dotados das mais altas técnicas teatrais.

    Neste período, nossos problemas sociais ganham perspectiva além do nosso alcance, se tornando dilemas angustiantes e núcleo dos grandes dramas, então frases shakespearianas como, "Quem não sabe mandar deve aprender a ser mandado." e "Quando o dinheiro vai à frente, todos os caminhos se abrem." Que nos parecem obvias, se sustentam quase como leis universais. E assim como na Roma antiga as cortinas se mantêm abertas até lá por quinze de novembro e depois só nos resta o pão.

    Se sobrar pão!

    3 de setembro de 2008

    Anjos dos Infernos

    Cabelos ao vento, uma infinita Highway e motos Harley 74. Misturado a isso, muito aventura e confusão. Com sacadas de humor negro e comentários ácidos, Hunter Thompson escreveu o seu primeiro e mais famosos livro – e que levávamos como ícones de Jornalismo Literário e Gonzo jornalismo – chamado de “Hell’s Angels – Medo e Delírio sobre duas rodas”.


    Depois de mais de seis meses de busca entre livrarias e sebos, acabei por encontrar um exemplar dando sopa em um site. Mais do que depressa, fiz a encomenda e cinco dias depois lá estava ele em minha casa, em um estado ótimo. Quando abri o pacote, fiquei a me perguntar como é que alguém se livra de uma dessas raridades. Não encontrei nenhuma resposta que me convencesse, mas pouco importava. Eu o tinha em mãos e isso já me bastava muito.


    Publicado originalmente em 1966, o livro conta a história de um dos grupos de “motoqueiros” mais conhecidos no mundo que são os Hells Angels. Fundado em 1948, em Fontana, nos Estados Unidos, contam hoje várias sedes espalhadas pelo globo. No Brasil, ele foi fundando em 1974 na cidade do Rio de Janeiro, por um grupo de amigos motociclistas. Ele foi também o primeiro de toda a América Latina. Dez anos depois, já contava com uma sede e estava ligado a rede mundial dos Angels.


    Na época em que Thompson publicou a história, este Moto Clube era conhecido como fora-da-lei. Eles não estavam nenhum pouco preocupado com o que as pessoas pensavam deles. Saíam para se divertir em festas movidas a (muita, muita, muita) cerveja, a muito rock e também a muito sexo – e isso chocava porque ia contra a moral e bons costumes de muitos cidadãos.
    Por causa do temperamento explosivo, acentuado pelo uso do álcool e algumas vezes das drogas, os Angels arranjavam algumas brigas e encrencas nos lugares que passavam. Como é um grupo unido, valia a máxima de “Um por todos e Todos por Um”. Não importava quem tivesse dado o primeiro ponta-pé. Se um “fora-da-lei” deles fosse provocado, todos iam em cima. Pior para o outro.


    Lógico que existiu muita construção midiática dos Hells Angels e muitas vezes, estes motociclistas fizeram bom proveito das oportunidades que tiveram. Aos poucos, porém, perderam-se na essência. Muitos se desvirtuaram e viram na mídia uma forma baixa de promoção – pelos menos, segundo o que está escrito no livro.

    O escritor norte-americano, ao conviver por mais de um ano com essa trupe, acaba conseguindo extrair coisas importantes, relacionadas à alma dos Angels. Ele mostra que no fundo, os “caras” só querem curtir a deles, tranquilamente – mesmo que a idéia de apavorar as pessoas os satisfaça e os deixe contentes. O autor também mostra um pouco das diferenças de pessoas que, como eu, só andam de carro. Um motociclista por excelência tem que estar antenado no trânsito mais do que qualquer outra. Nunca se sabe quando um motorista de automóvel vai ter deu instinto assassino desperto.

    Vale à pena parar para ler esta preciosidade. Uma mostra clara e evidente que o jornalismo está longe de ser imparcial e objetivo. Uma mostra clara de que é preciso saber contar histórias, de um jeito envolvente e que faça reflexão do que acontece na sociedade.


    Para concluir, fica uma das tantas frases a se pensar encontradas no livro de Thompson. “A melhor coisa dos Angels é que nós não mentimos uns para os outros. É claro que isso não vale para quem não é da gangue, porque temos que responder na mesma moeda. Droga, a maioria das pessoas que você conhece não fala a verdade sobre nada” (Zorro, o único Hell’s Angels brasileiro [da época]).



    Obs.: maiores informações no site dos Hells Angels do Brasil: http://www.hells-angels.com.br/

    1 de setembro de 2008

    A solidão de um pingüm- (Geórgia Genestra)

    Biólogos estudaram por muito tempo o comportamento dos pingüins no Pólo Norte e concluíram que, mesmo com um vasto território, eles sempre optam por ficar juntos e para isso obedecem a sérias regras de conduta.
    Não é esse o caso da sociedade brasileira. Aqui é melhor ficar de olho no seu, porque senão alguém leva.
    A falta de comprometimento ético se dissemina em todos os níveis da sociedade. Segundo o filósofo Denis Rosenfield, o comportamento da sociedade brasileira vem melhorando. Devo dizer a ele que não é isso o que vemos por aí, há estudante fraudando o vestibular, empresário burlando de todo jeito a lei, um enorme desrespeito pelo patrimônio público e histórico, e assim vai. Mesmo desde o mais culto e instruído até o mais ignorante, salvo raras exceções, poucos podem dizer que são 100% éticos no seu dia-a-dia.
    Recentemente, em pleno caos aéreo, outro grande exemplo de falta de ética, fomos obrigados a ouvir de uma importante política paulista: "Relaxa e goza". Observamos, incrédulos, uma onda de desmoralização do Senado Federal e colocamos em xeque a nossa democracia. Afinal, se o governante, com toda sua responsabilidade, pode mentir, roubar, fraudar, etc, porque eu, pobre mortal, não posso?
    Ninguém mais da notícia política porque nós agora concentramos nossas torcidas para as Olimpíadas (felizmente a “grande” Seleção Brasileira de Futebol não venceu, seria o ópio desse povo já tão alienado por BBB’s e afins). Temos a ilusão de que em plena era da informatização não há como esconder nada do mundo. O que realmente está acontecendo na África? Muitas guerras, mas quem se importa? São pobres mesmo! A invasão do Iraque virou piada, afinal matamos mais no Rio de Janeiro do que na Guerra Iraquiana não é?!
    Existe diferença entre guerra civil e tentar disseminar uma cultura? Será que estamos perto da 3ª Guerra Mundial? Não, para os menos avisados, nos encontramos nela exatamente agora! Sem pânico, estamos no país das maravilhas, nada pode tirar o brasileiro de sua eterna alergia. Nada! Cadê a Alice?
    Em ano de eleição o que mais me revolta são os apolíticos, dizem que não querem saber, tudo é sempre igual e nunca vai mudar...Blá...blá...blá...um discurso que para alguns é inteligente, digno, para mim parece ser medroso e ignorante, todo dia somos políticos, em cada ação usamos a política; o importante é não confundir falta de vergonha na cara com política, não são sinônimos.
    Tudo bem que não somos a juventude que lutou nas Diretas já, nem tão pouco fomos vítimas da opressão daquela época, porém estamos muito longe da alienação de que nos acusam. Existe sim uma grande leva de mentes ferozes, estudantes que trabalham para mudar esse Estado. Sem bandeiras revolucionárias, sem gritos (Anãue!) e sem caras pintadas é claro!
    Sartre disse um dia “o importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós fazemos do que os outros fazem de nós”.
    Não sabemos para onde estamos indo somente que a história nos trouxe até aqui.
    Na sociedade dos pingüins, se algum membro se comporta de maneira a ferir as regras do grupo, todos imediatamente lhe viram as costas, ele, sozinho, numa atitude digna, se afasta, ficando à mercê de predadores. Ele é o único responsável por suas ações e assim se coloca. Já no Brasil, quando um de nossos governantes comete um crime, seja qual for, acaba a usar isso para sua promoção pública. Sempre se reelegendo, sem nenhuma culpa, nenhuma satisfação e, pior, nenhum arrependimento.
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