Informações e notícias sobre Rankings. Os melhores, piores, maiores e menores do Brasil e do mundo você encontra no nosso blog.

30 de novembro de 2008

100º Post: Momento de reflexões, retrospectiva e mudanças no visual do H&R

Pela centésima vez o Histórias e Rankings está saudando você, querido leitor. Marcas como esta são extremamente importantes e não podem ser deixadas de lado. Aproveito para compartilhar com vocês alguns momentos dos nossos primeiros 6 meses de existência, falar das dificuldades que tivemos quando começamos o blog e mostrar que o H&R está de cara nova.
A idéia de fazer uma página na Internet sobre rankings vêm de tempos, pois sou um aficionado por estatísticas e nunca achei um site com uma compilação de marcas dos melhores, piores, maiores ou menores. Ao mesmo tempo, eu acreditava que uma página com apenas amontoados de números não seria interessante para o leitor. Pensei então em contar algumas histórias como uma forma de homenagear amigos.

O começo de um blog é muito difícil. Colocava meus textos semanalmente e minha divulgação pelo MSN, Orkut e minhas visitas se limitavam a conhecidos. Cheguei a ter apenas 3 visitas em um dia. A situação começou a mudar quando eu descobri sites de divulgação, como o Dihitt, comecei a fazer algumas parcerias de trocas de links com outros blogs e comecei a chamar os amigos para escreverem comigo. Ter vários autores foi o que fez o H&R crescer de verdade.

A variedade de opiniões e estilos dos nossos autores faz o blog sair da monotonia. Creio que nossas divergências de estilos é algo muito importante. Por exemplo, ter em um mesmo lugar a Anne, que está se formando e enfrentando o mercado de trabalho e escreve (na minha opinião) o texto mais profissional do blog e a Fer, que escreve com a leveza que a maioria dos estudantes de jornalismo perdem logo que entram na Universidade devido as “técnicas profissionais” é excepcional. Dos 6 primeiros meses queria destacar mais alguns momentos nossos que deram força para continuar o trabalho:

- O link que conquistamos na Wikipédia. http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_best-selling_albums_in_Brazil
- A primeira notícia que virou popular no Dihitt. http://dihitt.com.br/noticia/ranking-de-universidades-faculdades-e-instituicoes-de-ensino-superior-do-brasil-em-2008/
- A classificação do Google que nos deu Page rank 3 logo de cara.
- Vencer o concurso de blogs da Universidade estadual de Ponta Grossa.
- Romper a barreira de 100 (04/08), 200 (13/08) e 400 (17/11) visitas diárias.
- Ter posts que elogiam o H&R em outros blogs como o post de hoje no Dr. Negociação :http://www.adequacao.com.br/blog/2008/11/domingo-e-dia-de-blog-5/

Obviamente sei que ainda temos muitas falhas e a cada dia tentamos melhorar o nosso blog. O H&R está de cara nova e espero que gostem do novo Layout. Dessa forma encerro essa edição comemorativa do H&R e prometo para vocês que logo comemoraremos 200, 300, 1000 postagens. YOSHI!

29 de novembro de 2008

A importância da música – Como ela pode moldar a vida de alguém (2000...)

Olá amigos do H&R. Hoje não vou contar uma história em especial e sim vou falar sobre a participação de algo que é elemento essencial na minha vida desde 2000. É uma relação de amizade muito forte e que começou com um acontecimento ruim, mas com o passar do tempo ajudou a moldar meu estilo de vida, minhas amizades, relações e hoje em dia não consigo mais me imaginar sem isso. Eu falo da minha relação com a música e com o violão.

Em 2000, quando eu tinha 15 anos, trabalhava vendendo os artigos de lã (normalmente para atacados) que minha mãe fabricava e ganhava 25% do lucro total. Eu viajava 200km de ônibus para vender os produtos em Porto Alegre. Certa vez consegui vender 200 reais em um dia e já estava feliz com a comissão que eu ganharia (40 reais para mim era uma fortuna), mas perdi uma parte do dinheiro. Fiquei muito chateado e achei justo tirar da minha parte o que eu perdi, mas a minha mãe resolveu usar o dinheiro que ganhamos para comprar um violão no dia seguinte. Cada um pagou 50% do violão Tonante de 90 reais.

É inegável que minha mãe foi a primeira pessoa que me motivou a começar a tocar. A pessoa que me motivou no início foi o meu amigo Felipe. Ele tinha aprendido a tocar a pouco tempo, mas já sabia o suficiente para ler revistas de cifras e ensinar os primeiros ritmos (que para mim eram quase impossíveis). Por culpa dele aprendi a tocar como destro, apesar de eu ser canhoto. Em uns três meses aprendi minhas primeiras músicas (basicamente Pop Rock nacional) e sentia orgulho disso. No passar dos anos ensinei muita gente também que inclusive continua na ativa e prestes a se profissionalizar.

O violão me ajudou a ter autoconfiança e me auxiliou socialmente. Meus maiores amigos foram conquistados por causa da música. Além disso, o violão me distraia. Lembro que passava tardes me tirando músicas novas, inventando coisas e tentando aperfeiçoar as técnicas. Por culpa do violão mudei meu gosto musical. Eu já não gostava de música sertaneja, pagode e afins. Depois que eu comecei a tocar e descobri a magia do blues (que a cada eu tento descobrir mais), da bossa nova e dos 384 estilos de rocks que existem, não cabia mais espaço para ouvir certos tipos de música.

Isso sem contar as meninas. Tocar me ajudou muito com elas, principalmente com músicas como Garotos, Me odeie e More Than Words, mas devo destacar que minhas relações só “fluíram de verdade” com meninas que sabiam tocar algum instrumento ou cantar. Inexplicável? Acredito que não. Quem não se derrete com a sensibilidade de uma menina demonstrando a arte através de acordes, solos e melodias? Essas lembranças sempre ficam na minha memória, inclusive nos piores momentos. Acredito que casais “musicais” nunca ficam sem assunto, a música falaria por eles quando fosse necessário.

Quem lê esse texto pode pensar que eu seja um virtuose e quero deixar bem claro que eu não sou, o que prova que qualquer um pode se dar bem com a música, mesmo que não tenha o talento nato (apesar que tem gente fala que eu tenho,RS). Já tive bandas e projetos de bandas, hoje “vida adulta” não me deixa mais dedicar tanto tempo para isso (se uma pessoa em especial ler isso, chegará à conclusão que eu finalmente dei o braço a torcer).

A música já foi um sonho, já foi instrumento para eu ficar visível, mas hoje tem uma função muito maior que essa. Tocar me dá paz e me livra da solidão quando eu preciso. Por que nada mais tranqüilizador e relaxante do que pronunciar algum mantra ritmado que começa em sol, passa por dó, ré, mi menor e faz você esquecer-se dos problemas, por que naquele instante só existe no mundo você e uma violão que reproduz alguns simples acordes. YOSHI!

28 de novembro de 2008

O meu azul é melhor que o teu – A relatividade dos gostos (Fer Suguiama)

Será que os proprietários de fuscas azuis já notaram o quão violenta fica a cidade quando eles saem de carro para um simples passeio? Pois é. Para aqueles que não conhecem a brincadeira, é simples: basta você ver um fusca AZUL, e pronto: pode esmurrar o colega ao lado. Tudo isso, claro, gritando a famosa frase: “Fusca azul!”. Nem precisa fazer tratado algum, já que, mesmo sem saber das regras, você pode ser ‘vítima’ desta frase a qualquer momento. Eis que surge uma dúvida: e por que não um ‘fusca amarelo’? Ou nem que fosse verde, vermelho, preto (fuscão preto!)... Aliás, não pode ser só um fusca mesmo?
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Certa vez, assisti a um episódio do sádico desenho “Uma família da pesada”. No capítulo, um homem faz mágicas para deficientes visuais. “Essa é sua carta?” – “Eu não sei, eu não enxergo.” – “É uma carta vermelha?” – “Eu não sei o que é vermelho” – “Tcharam!”. Isso dispensa comentários...
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Quem ou o que é que garante o azul do céu? Digo, como saber se o MEU azul é o mesmo azul que o SEU? Vai que a sua cor predileta é o verde e a minha é o roxo, e nós gostamos delas justamente porque a vemos da mesma maneira? E não só para cores, para tudo... Gosto não se discute; cada um tem a sua opinião; a humanidade é dividida em dois grupos: os que acreditam nisso, e os que não... E por aí vai...

Caminhando pelas ruas da cidade, eis que vejo uma cena inusitada: “Grama verde! Soquinho!”. Pronto, já começavam a revolucionar. Tal pessoa foi questionada sobre a inovação da cor, e do objeto. “Tá bem, grama azul, então!”. O que me chamou a atenção não foi o fato de alguém imaginar uma grama um pouco mais, digamos, cor-de-céu. Mas, peraí! Que cor é o céu? Por que o céu é azul? Não vá me dizer que é porque Jesus era menininho, e que se fosse menininha o céu seria rosa. Não vá me dizer também que é porque o pouco comprimento da onda luminosa ‘azul’ se dispersa melhor sobre ele. Também não vá me dizer que o céu é azul...
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A relatividade dos gostos vem da diversidade de pensamentos, costumes, vontades e azuis de cada um.

27 de novembro de 2008

Ouça rádios AM e FM de qualquer lugar do Brasil em seu computador


Olá visitantes do H&R. Se vocês gostam de escutar uma partida de futebol pelo rádio (muito mais emocionante) ou mesmo conferir o que está tocando na rádio da cidade que você morava (recomendo a Pop Rock de Porto Alegre) tenho uma dica de um site interessante. Em http://www.radios.com.br/ você pode escutar estações de rádio AM e FM de todo o Brasil. No total são 16.000 estações de rádio cadastradas no site. Para escutar as rádios não é preciso nenhum cadastro, só é preciso encontrar a rádio que deseja escutar e ter instalado o programa necessário para escutá-la (algumas vezes o Windows Media Player e em outras o Quick Time).

Para encontrar a rádio de sua preferência você pode selecionar a rádio por região ou por estilo musical. Para transmissões de futebol existe uma lista das partidas e das rádios em que são transmitidas. Também se pode assistir alguns canais de TV e ouvir rádios do mundo todo. O ponto negativo do site é o excesso de publicidade, que às vezes chega a incomodar, mas nada que faça alguém desistir de visitar o Rádios. Se você quer reviver a magia do rádio é uma boa pedida. YOSHI!

26 de novembro de 2008

S.O.S Santa Catarina (Annelize Tozetto)

Santa Catarina vive uma semana de caos, como há muito tempo não acontecia. A última vez que os barriga-verdes foram notícias por causa de uma tragédia foi em março de 2004, quando o furacão Catarina atingiu cidades do estado e também do nordeste do Rio Grande do Sul. Vocês lembram? O fato era inédito. Foi a primeira vez que se teve notícia de um furação nas Águas Pacíficas do Atlântico Sul.

Lembro que houve um bafafá enorme em torno da situação. Lógico que ela não causou tanto rebuliço como o o Furacão Katrina - aquele que, em 2005, deixou cidades do litoral (sul) dos Estados Unidos (especialmente New Orleans) alagadas e fez mais de um milhão de pessoas evacuarem do local. Mas lá, apesar de tudo, eles têm estrutura né? Mas aqui, nas terras tupinanquins, o nosso pouco preparo, acabou (e acaba) refletindo na hora de ajudar o povo catarinense.

Agora, a situação parece repetir - pelo menos quanto à falta de estrutura para emergências e também porque o contexto é muito mais complexo. Vejam os principais sites e jornais do país: todos de algum modo estão falando do caos das cidades litorâneas catarinenses e também da região do Vale do Itajaí. Todos, para além de ser um fato noticíavel e que rende inúmeras pautas, querem ajudar a população atingida por esse desastre (desastre por sinal que é piorado pela topografia do local, que não permite escoar toda aquela água). Só para se ter uma idéia, os dados da Defesa Civil, apontam que quase 90 pessoas já morreram e mais de 54 mil estão desabrigadas.

No meu e-mail, começam a chegar “coisas” relacionadas sobre o assunto. Recebi um e-mail da presidente do Centro Acadêmico João do Rio, Michele Massuchin convocando os alunos a colaborarem na campanha relâmpago promovida pelo CAJOR e pelo Rotary Club. Diz o e-mail:

Caros colegas,
Nós, do Centro Acadêmico João do Rio, em parceria com o Rotaract Club de Ponta Grossa Oeste, estamos promovendo uma campanha relâmpago para arrecadar, até este fim de semana, o maior número de doações possíveis para serem enviadas às vítimas das enchentes em Santa Catarina. No total, quase 90 pessoas já morreram e mais de 54 mil estão desabrigadas. As doações podem ser de roupas, calçados, roupas de cama e de banho e cobertores/cobertas, alimentos não-perecíveis e água. A campanha será curta em razão da urgência e extrema necessidade dos donativos. A intenção é que, caso seja possível, todos arrecadem o máximo de coisas possíveis em seus círculos de convivência (condomínio, república, família, etc). As doações podem ser feitas nessa quinta e sexta feira, com a Michele, no Cajor e na Agência, ou com o Christian (3º Ano). Tanto a Michele quanto o Christian estarão na sexta-feira pela manhã no Laboratório de Tele, para gravação do Telejornal. Em resumo, basta procurar por um dos dois alunos para poder colaborar. Todas as doações serão enviadas à Santa Catarina via Defesa Civil/Bombeiros, até, no máximo, quarta-feira da próxima semana.
Att
Michele Massuchin
Christian Miguel

A Federação Nacional dos Jornalistas também fez a sua parte: mandou uma “carta” com o título Solidariedade ao povo de SC. Nesse documento, a FENAJ faz a contextualização do desastre e afirma que “Neste momento, o mais importante é socorrer e apoiar as vítimas do desastre. Mas é preciso também apurar as reais responsabilidades e questionar as autoridades sobre o que poderiam, ou melhor, deveriam ter feito para evitar ou minimizar as conseqüências”, alerta o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. “Como cidadãos e, especialmente jornalistas, temos a obrigação de questionar” – diz ele – “e não aceitar que a culpa seja exclusivamente atribuída à natureza”.

Além disso, lembra que a Defesa Civil catarina abriu uma conta para doações. Banco do Brasil – Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7 /Besc – Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0. O / BRADESCO S/A - 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1 nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ – 04.426.883/0001-57). Elas serão usada para a compra de mantimentos. Outras informações podem ser tiradas no link: http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1.

A coisa está séria mesmo minha gente... por isso que o Brasil se volta agora para o sul (onde a vida maravilhosa é o que mais encanta a todos. Mal sabem que aqui, a desgraça, anda solta... infelizmente preferimos esconder). A mim, só me resta ajudar como posso e a torcer. Confesso que fiquei chocada quando vi uma casa, onde passei dois verões seguidos, debaixo d'água.

Não esqueçam de acompanhar o que se passa com nossos vizinhos (que não os hermanos). Vejam jornais como Folha de São Paulo, Globo, Gazeta do Povo. Mas não esqueçam dos locais: O Diário Catarinense e A notícia. Nada melhor do que eles para retrarem melhor a realidade.


Fontes das Fotografias:

25 de novembro de 2008

Os 100 melhores filmes de todos os tempos (Nathan Zanferrari)


Para comemorar os seus 100 anos completos em 1988, o Instituto de Cinema Norte-Americano (American Film Institute – AFI) lançou as listas 100 anos... Aí abaixo vai a lista dos 100 melhores filmes do cinema norte-americano, exibidos no documentário 100 anos... 100 filmes, apresentado por Jodie Foster.

01 – Cidadão Kane (Citizen Kane) – Orson Welles, drama, 1941

02 – Casablanca – Michael Curtiz, drama, 1972

03 – O poderoso chefão (The Godfather) – Francis Ford Coppola, drama, 1972

04 – ...E o vento levou (Gone with the Wind) – Victor Fleming, drama, 1939

05 – Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia) – David Lean, épico, 1962

06 – O mágico de Oz (The wizard of Oz) – Victor Fleming, musical, 1939

07 – A primeira noite de um homem (The Graduate) – Mike Nichols, comédia, 1967

08 – Sindicato dos ladrões (On the waterfront) – Elia Kazan, drama, 1954

09 – A lista de Schindler (Schindler’s list) – Steven Spielberg, guerra, 1993

10 – Cantando na chuva (Singin’ in the rain) – Stanley Donen, musical, 1952

11 – A felicidade não se compra (It’s a wonderful life) – Frank Capra, drama, 1946

12 – Crepúsculo dos deuses (Sunset Boulevard) – Billy Wilder, drama, 1950

13 – A ponte do rio Kwai (The bridge on the river Kwait) – David Lean, guerra, 1957

14 – Quanto mais quente melhor (Some like it hot) – Billi Wilder, comédia, 1959

15 – Star Wars Episódio IV: Uma nova esperança (Star Wars Episode IV: A new hope) – George Lucas, ficção científica, 1977

16 – A malvada (All about Eve) – Joseph L. Mankiewicz, drama, 1950

17 – Uma aventura na África (The African Queen) – John Huston, aventura, 1951

18 – Psicose (Psycho) – Alfred Hitchcock, suspense, 1960

19 – Chinatown – Roman Polanski, suspense, 1974

20 – Um estranho no ninho (One flew over the cuckoo’s nest) – Milos Forman, drama, 1975

21 – As vinhas da ira (The grapes of wrath) – John Ford, drama, 1940

22 – 2001: Uma odisséia no espaço (2001: A space odyssey) – Stanley Kubrick, ficção científica, 1968

23 – Relíquia macabra (The Maltese falcon) – John Huston, noir, 1941

24 – Touro indomável (Raging Bull) – Martin Scorsese, drama, 1980

25 – E.T., o extra-terrestre (E.T. the Extra-Terrestrial) – Steven Spielberg, ficção científica, 1982

26 – Dr. Fantástico ou: Como eu aprendi a parar de me preocupar e a amar a bomba (Dr. Strangelove or: How I learned to wtop worrying and Love the bomb) – Stanley Kubrick, comédia, 1964

27 – Boonie e Clyde (Bonnie and Clyde) – Arthur Penn, biografia/crime, 1967

28 – Apocalypse Now – Francis Ford Coppola, guerra, 1979

29 – A mulher faz o homem (Mr. Smith goes to Washington) – Frank Capra, drama, 1939

30 – O tesouro de Sierra Madre (The treasure of Sierra Madre) – John Huston, aventura, 1948

31 – Noivo neurótico, noiva nervosa (Annie Hall) – Woody Allen, comédia, 1977

32 – O poderoso chefão II (The Godfather Part II) – Francis Ford Coppola, drama, 1974

33 – Matar ou morrer (High noon) – Fred Zinnemann, faroeste, 1952

34 – O sol é pra todos (To kill a mockingbird) – Robert Mullingan, drama, 1962

35 – Aconteceu naquela noite (It happened one night) – Frank Capra, comédia, 1934

36 – Perdidos na noite (Midnight Cowboy) – John Schlesinger, drama, 1969

37 – Os melhores anos de nossas vidas (The best years of our lives) – William Wyler, romance, 1946

38 – Pacto de Sangue (Double idemnity) – Billy Wilder, noir, 1944

39 – Doutor Jivago (Doctor Zhivago) – David Lean, romance, 1965

40 – Intriga internacional (North by northwest) – Alfred Hitchcock, suspense, 1959

41 – Amor, sublime amor (West side story) – Robert Wise e Jerome Robbins, musical, 1961

42 – Janela indiscreta (Rear window) – Alfred Hitchcock, suspense, 1954

43 – King Kong – Merian C. Cooper, aventura, 1933

44 – O nascimento de uma nação (The birth of a nation) – D. W> Griffith, drama/ cinema mudo, 1915

45 – Uma rua chamada pecado (A streetcar named desire) – Elia Kazan, drama, 1951

46 – Laranja mecânica (A clockwork orange) – Stanley Kubrick, ficção científica, 1971

47 – Taxi driver – Martin Scorsese, drama, 1976

48 – Tubarão (Jaws) – Seteven Spielberg, terror, 1975

49 – Branca de Neve e os sete anões (Snow White and the seven dwarfs) – David Hand, animação, 1937

50 – Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid) – George Roy Hill, aventura, 1969

51 – Núpcias de escândalo (The Philadelphia Story) – George Cukor, comédia romântica, 1940

52 – A um passo da eternidade (From here to eternity) – Fred Zinnermann, drama, 1953

53 – Amadeus – Milos Forman, drama, 1984

54 – Sem novidade no front (All quiet on the western front) – Lewis Milestone, guerra, 1930

55 – A noviça rebelde (The sound of music) – Robert Wise, musical, 1965

56 – M*A*S*H – Robert Altman, comédia satírica, 1970

57 – O terceiro homem (The third man) – Carol Redd, noir, 1949

58 – Fantasia – Vários, animação, 1940

59 – Juventude transviada (Rebel without a case) – Nicholas Ray, drama, 1955

60 – Os caçadores da arca perdida (Raider of the lost ark) – Steven Spielberg, aventura, 1981

61 – Um corpo que cai (Vertigo) – Alfred Hitchcock, suspense, 1958

62 – Tootsie – Sydney Pollack, comédia, 1982

63 – No tempo das diligências (Stagecoach) – John Ford, faroeste, 1939

64 – Contatos imediatos de terceiro grau (Close encounters of the third kind) – Steven Spielberg, ficção científica, 1977

65 – O silêncio dos inocentes (The silence of the lambs) – Jonathan Demme, suspense, 1991

66 – Rede de intrigas (Network) – Sidney Lumet, comédia satírica, 1976

67 – O enviado da Manchúria (The Manchurian Candidate) – John Frankenheimer, drama, 1962

68 – Sinfonia em Paris (An American in Paris) – Vincente Minnelli, musical, 1951

69 – Os brutos também amam (Shane) – George Stevens, faroeste, 1953

70 – Operação França (The French Connection) – William Friedkin, policial, 1971

71 – Forrest Gump – O contador de histórias (Forrest Gump) – Robert Zemeckis, drama, 1994

72 – Ben-Hur – William Wyler, épico, 1959

73 – O morro dos ventos uivantes (Wuthering Heights) – William Wyler, drama, 1939

74 – Em busca de ouro (The gold rush) – Charles Chaplin, comédia, 1925

75 – Dança com lobos (Dances with wolves) – Kevin Costner, drama, 1990

76 – Luzes da cidade (City lights) – Charles Chaplin, comédia, 1931

77 – Loucuras de verão (American graffiti) – George Lucas, comédia, 1973

78 – Rocky – Um lutador (Rocky) – John G. Avildsen, drama, 1976

79 – O franco-atirador (The deer hunter) – Michael Cimino, guerra, 1978

80 – Meu ódio será tua herança (The wild bunch) – Sam Peckinpah, faroeste, 1969

81 – Tempos modernos (Modern times) – Charles Chaplin, comédia, 1939

82 – Assim caminha a humanidade (Giant) – George Stevens, drama, 1956

83 – Platoon – Oliver Stone, guerra, 1986

84 – Fargo – Uma comédia de erros (Fargo) – Joel Coen, neo-noir, 1996

85 – O diabo a quatro (Duck soup) – Leo McCarey, comédia, 1933

86 – O grande motim (Mutiny on the bounty) – Frank Lloyd, aventura, 1935

87 – Frankestein – James Whale, terror, 1931

88 – Easy rider – Sem destino (Easy rider) – Dennis Hopper, drama, 1969

89 – Patton – Rebelde ou herói? (Patton) – Franklin J. Schaffner, drama/guerra, 1970

90 – O cantor de jazz (The jazz singer) – Alan Croslande, musical, 1927

91 – Minha bela dama (My fair lady) – George Cukor, musical, 1964

92 – Um lugar ao sol (A place in the Sun) – George Stevens, drama, 1951

93 – Se meu apartamento falasse (The apartment) – Billy Wilder, comédia, 1960

94 – Os bons companheiros (Goodfellas) – Martin Scorsese, crime/drama, 1990

95 – Pulp Fiction – Tempo de violência (Pulp fiction) – Quentin Tarantino, comédia/humor negro, 1994

96 – Rastros de ódio (The searchers) – John Ford, faroeste, 1956

97 – Levada da breca (Bringing up the baby) – Howard Hawks, comédia, 1938

98 – Os imperdoáveis (Unforgiven) – Clint Eastwood, faroeste, 1992

99 – Adivinhe que vem para jantar (Guess who’s coming to dinner) – Stanley Kramer, comédia/drama, 1967

100 – A canção da vitória (Yankee Doodle Dandy) – Miachel Curtiz, musical, 1942

Até mais, galera.

Na nova lista forma removidos alguns filmes e incluídos outro. Dos produzidos após 1997, foram incluídos:

O Senhor dos Anéis: A sociedade do anel (The Lord of the Rings:The fellowship of the ring) – Peter Jackson, épico, 2001

O resgate do soldado Ryan (Saving private Ryan) – Steven Spielberg, guerra, 1998

Titanic – James Cameron, romance/épico, 1997

O sexto sentido (The sixth sense) – M. Night Shyamalan, drama, 1999

É isso aí. Até mais, galera.

24 de novembro de 2008

Um mundo colorido e transcendental - aos amigos (Isadora Camargo)


(Peço licença aos leitores, pois hoje a postagem não tem nenhum apelo noticiável ou algo do tipo. Hoje, tomei a liberdade de dar espaço aos devaneios da mente e a saudade dos AMIGOS...)

Às vezes mudanças parecem assustadoras, quebram com a nossa "corriqueira rotina monótona"...talvez fosse melhor deixar tudo como está, porém nada é tão fácil e estagnante quanto uma vida sem mudanças. É inevitável que o dia que você irá ter de se separar dos seus valiosos amigos irá chegar. Esse dia é trêmulo (não há explicação exata para "um dia trêmulo", algum dia se sente essa instabilidade), nebuloso, triste...a vontade de chorar é constante...Aí então, você descobre como é bom ter amigos, compartilhar com eles os motivos que lhe fazem sorrir; os motivos que lhe fazem tornar-se, em certos momentos, "bombas relógio"... e lá estarão consigo as incríveis pessoas que irão sorrir ou amenizar uma possível explosão! Isso é uma das melhores sensações da vida!!! Talvez uma dádiva. Enfim... Falar dos meus amigos é mergulhar no meu mundo utópico, e, como sempre digo, não importa as distâncias geográficas, haverá em nossos corações laços eternos de amizade, que se renovam e se tornam cada vez mais genuínos. E haverá, também, a certeza de que por onde passamos deixamos a marca da nossa união..e a lembrança...ah, essa é ótima companheira, só não substitui os reencontros nostálgicos que as oportunidades nos proporcionam.

"O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica."

(Vinícius de Moraes)

uma proposta de reflexão...

22 de novembro de 2008

Rock: coisa do demo! (Zé Renan)


Quantas vezes você já ouviu isso? Pois é... Existem muitas histórias sobre o envolvimento dos roqueiros com certas “forças ocultas”. Algumas são beeem malucas e nem cabem ser citadas aqui, de tão absurdas. Outras eu resolvi deixar de lado por serem mais recentes. É só pesquisar sobre o Marilyn Manson, por exemplo, que você acha fácil fácil as histórias do cara. Já outras são, no mínimo, muito divertidas.

Tudo começou de fato com o blues, ainda nos anos 30. O cantor Robert Johnson, que influenciou grande parte da musica (desde B.B. King até Eric Clapton), falava pra quem quisesse ouvir que tinha feito um pacto com o demônio para ter talento e ser famoso. Mas a primeira banda de rock que realmente abordou o tema foram os Rolling Stones, com Simpathy for the Devil (Simpatia Pelo Demônio). Na verdade, os versos fazem uma analogia a todos os males do mundo, como as guerras, o ódio, e até a morte de Cristo, colocando a culpa disso tudo em Lúcifer. É praticamente uma música gospel um pouco mais, digamos, sincera. O Black Sabbath foi a primeira a usar um visual satânico. A começar pelo nome da banda, que faz alusão a um encontro entre feiticeiras, e as roupas pretas. Algumas músicas também falam do “andar de baixo”. O Led Zeppelin é acusado de ter gravado mensagens satânicas de trás pra frente nos discos.

E a música Hotel California, da banda Eagles? Bonita, né? Pois é... e tem gente que diz que é satânica! Vai entender... É porque o tal do Hotel California é supostamente a sede da Igreja de Satan, que fica no estado da California e anteriormente era um hotel. Fora as clássicas mensagens ao inverso! Jim Morrison, do The Doors, se casou com uma bruxa num ritual pagão, dentro de um pentagrama e tudo! Fora a história de ele ter o espírito de um shaman no corpo, depois de ter presenciado um acidente de carro quando criança.



Os fãs do Iron Maiden talvez são os mais injustiçados nesse quesito. Só porque gravaram a famosa “The Number Of The Beast”. Também tem o fato de o mascote Eddie (um simpático morto-vivo) já ter morrido das mais diversas maneiras nas capas dos discos. O Kiss é outra que tem história. O nome da banda é atribuído por muitos como a sigla Knights In Service of Satan (Cavaleiros a Serviço de Satan). Todos na banda tem uma personalidade. Tem um gato, um homem do espaço, um ser andórgeno, e tem também o baixista Gene Simmons, que é tipo um vampiro-demoníaco-que-vomita-sangue-e-gospe-fogo. Também existem histórias sobre sacrifícios de pintinhos no palco, mas isso é totalmente falso. Tem também o AC/DC, cujo guitarrista Angus Young usa divertidos chifrinhos e as musicas tem o inferno como tema (Highway to Hell e Hell’s Bells).

Essas bandas, além de outras, obrigam muitos religiosos a fazerem o sinal da cruz (mas arrancam gargalhadas de satanistas de verdade xD). Existem muitas outras bandas relacionadas ao demônio, e tantas outras histórias que não caberiam aqui. Mas por que as bandas são associadas ao demônio desse jeito? Simples: marketing! As pessoas se sentem atraídas pelo que desconhecem, e as bandas exploram isso. Então, certas empresas, digo, igrejas, se aproveitam do medo que as pessoas têm pra arrebanhar mais fiéis e engordar a conta bancária. Tipo “o fim está próximo”, entende? Uma grande bobagem! Você mata porque quer. É você quem puxa o gatilho, não a música.

Portanto, cuidado com o que você ouve! Não, não to falando das músicas. To falando dos homens mesmo... Tem gente que só quer confundir. Tudo por causa do dinheiro, por causa do poder. Isso sim é demoníaco! Afinal, não existe maldade, mas sim atitudes más. Eu particularmente não acredito em um ser vermelho, com rabo e chifres carregando um tridente. Tenho medo mesmo é daquilo que conheço, daquilo que já vi. Tenho medo de você.


PS. 1: A história de Robert Johnson é retratada no filme A Encruzilhada (Crossroads), com Ralph Machio (o muleque do Karate Kid xD). O filme é ótimo, vale muito a pena!

PS. 2: se possível, leia esse texto.
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=arte&artigo=rock&lang=bra
É muito bizarro! Eu sei que é gigante, mas procure os nomes das bandas que você gosta ou conhece, e veja como esse texto distorce tudo. É por isso que fico fascinado com a criatividade humana... =P

Palavras mais buscadas no Google no Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e EUA


O que é mais buscado na internet? Mais do que uma simples curiosidade, saber os que as pessoas costumam procurar na internet pode ajudar muito um dono de site ou blog a ganhar mais audiência. Com isso, hoje eu coloco os termos mais procurados pelo Google (site mais utilizado para buscas no Brasil) no Brasil, Portugal, Angola e EUA desde 2004 até hoje e as buscas realizadas nos últimos 12 meses.

Entre os termos mais procurados estão nome de sites de relacionamento. No Brasil o Orkut é o termo mais procurado no Google, em Portugal o Hi5 é o favorito e nos Estados Unidos My Space é a segunda palavra mais procurada, perdendo apenas para Lyrics. Nas colônias portuguesas na África o nome do próprio país é o termo mais procurado. Em Angola a palavra mais procurada é...Angola e em Moçambique o caso é ainda pior. A mais procurada é Moçambique, a segunda é Mocambique e a terceira é Mozambique. Acredito que por aqueles lados o Orkut e similares não façam tanto sucesso.

Nomes de sites, provedores e buscadores fazem bastante sucesso nas buscas. Em Portugal apenas uma palavra entre as dez mais procuradas (jogos) não é o nome de um site. Palavras como jogos, vídeos, músicas e download também são bem requisitados. O que é surpreendente nas listas é a ausência da palavra sexo (e de todas as formas possíveis de se denominar e fazer,RS) e de nomes de pessoas. Por incrível que pareça as pessoas preferem procurar o Orkut (não o turco) do que o Obama. Como diria a Isa, sem mais. YOSHI!


Mais buscados 2004-2008 (entre parênteses a posição dos últimos 12 meses)x= Fora da lista de 2004-2008

Brasil
1. orkut (1)
2. jogos (2)
3. fotos (3)
4. videos (4)
5. uol (6)
6. musicas (7)
7. letras
8. yahoo
9. msn (10)
10. concurso
x. Youtube (5)
x. Musicas (8)
x. Globo (9)

Portugal
1. hi5 (1)
2. jogos (3)
3. youtube (2)
4. gmail (4)
5. sapo (5)
6. hotmail (6)
7. videos
8. msn (10)
9. google (7)
10. emprego
x. Baixaki (8)
x. Record (9)

EUA
1. lyrics (1)
2. myspace (2)
3. yahoo (3)
4. games (6)
5. weather (7)
6. video
7. music
8. map (9)
9. google (8)
10. youtube (4)
x. My (5)
x. Craiglist(10)

Angola
1. angola (1)
2. download (2)
3. africa (5)
4. videos (6)
5. portugal
6. luanda (7)
7. jogos (4)
8. hi5 (3)
9. fotos
10. amor (10)
x. Google (8)
x. Brasil (9)

Moçambique
1. moçambique (2)
2. mocambique (1)
3. mozambique (3)
4. nokia (7)
5. jogos (5)
6. google (6)
7. yahoo (4)
8. videos
9. musica
10. games (10)
x. Hi5 (8)
x. Gmail (9)

20 de novembro de 2008

A comunicação de hoje e o romantismo(Fer Suguiama)

É com o coração pesado que pego na pena para escrever estas... Digo, é com imenso prazer que digito agora neste teclado para escrever este post! Bom, que a tecnologia e a internet revolucionaram a vida de muitos, é fato, mas não será esse o tema de hoje. Aqueles bons e velhos meios de comunicação, de que poucos se lembram... Será que antigamente o mundo era mais romântico?

Não é mais tão comum abrirmos a caixa de correio e recebermos aqueeela carta profunda e íntima de quem tanto temos saudade, certo? Errado. Como que você não viu aquela bela carta que te mandaram hoje na hora do almoço? Ela tinha até nome, como era mesmo? Ah, sim: "Fwd: Manual do solteiro bem-resolvido". E como não? Um tipo de carta sem envelope, sem selo, sem nada. Ou, com tudo. Sim, porque é realmente tocante pensar que o remetente (no singular) lembrou-se e encaminhou aquele belo e-mail a você. A você e a outros mil (no plural, muito plural). O mais confortante? A forma com que a 'carta' foi finalizada: "Caso não envie o manual a mais 35 amigos solteiros, morrerá amanhã, solteiro e mal-sucedido."

Não importa o estado civil de quem mandou ou recebeu a carta. No entanto, uma coisa é válida: ao menos que estivessem, contrariando as leis da Física, dividindo o mesmo banco no momento enviado, esta carta aproximou as pessoas. Que lindo, não? Não importa onde essa pessoa esteja, aqui ou acolá, desde que não caia um raio, lá estarão todos juntos. Ah, esqueça a frase anterior, já existe a rede wireless.

Criticar a modernidade? Capaz! Graças a ela, você pode (a qualquer hora do dia) fazer com que o amor da sua vida saiba que está pensando nele. Como? Oras, com um toquinho no celular - a cobrar, é claro. Isso é tão meigo! Caso você considere a alternativa acima muito fria, tente enviar uma mensagem. Um "x3" pode dizer muita coisa...

Enfim, o mundo de hoje também está romântico, é só você olhar para o lado. Oh, perdão a você que está sozinho em frente a uma tela de computador... Mas não se preocupe, vá logo matar a saudade. Mas, hein? Andar milhas e milhas para ver o rosto da pessoa amada? Pare com isso! É só ligar a webcam. E que diferença vai fazer um olho no olho?

19 de novembro de 2008

Dias. Noites. Noites. Dias.

Eduardo Galeano – como vocês já sabem – é o meu autor preferido. Este jornalista uruguaio possui sacadas fantásticas e geniais. Os comentários para lá de maldosos, ácidos e realistas e a escrita te levam a pensar sobre a realidade em que vivemos (e também sobre a nossa história). Ele é tão bom (ou melhor) do que o “nobelista” literário Gabriel García Marquéz.

E não, eu não digo isso por causa do “As veias abertas da América Latina”- seu livro mais famoso e celebrado. Afirmo que o cara é O cara por causa de todos os outros escritos dele que já tive acesso. “O livro dos Abraços”, “Futebol ao sol e à sombra”, “Mulheres”, “De pernas pro ar”. “O teatro do bem e do mal” (livro que me conquistou) e “Dias e noites de Amor e de Guerra” (que eu falarei nos próximos parágrafos). Vale a pena... e “só” por isso, uma das minhas metas é completar a coleção (calma, faltam seis! Alguém quer me dar?)


Mas vamos ao que interessa – afinal, estou neste blog para isso. Falar sobre os livros que valem a pena e que marcaram a minha vida. “Dias e noites de Amor e de Guerra” foi publicado no Brasil, pela primeira vez em 2007. Porém, as histórias contadas no livro não são atuais. Elas remetem a outros tempos, onde a liberdade de ir e vir era restrita. Um tempo onde todas as mudanças podiam acontecer da noite para o dia e você sequer teria como se despedir dos entes mais queridos.


“Ditadura”, passou pela sua mente. Tenho quase certeza. E se passou, foi isso mesmo. Mas não só Ditadura no Uruguai. Com maestria, ele passeia pelos países latino-americanos e com delicadeza expõe as feridas que ainda insistem em ficar escondidas sobre os fatos, as situações e as pessoas. Na contra-capa do livro, temos o seguinte trecho: “são histórias vividas em épocas de violência e tolerância. Relatos que resgatam a memória do terror étnico e político pelo mundo, com ênfase nos 'anos de chumbo' da América Latina”. Preciso dizer mais alguma coisa?


E o livro é de uma sensibilidade incrível. Acompanhamos cada passo, cada sonho vivido (ou despedaçado) de Galeano e dos inúmeros amigos e conhecidos dele. Vivemos e respiramos aqueles ares como se fôssemos nós que estivéssemos lá, perdidos e enclausurados (mesmo assim cheios de esperança para um mundo melhor).


Esperança que, para o autor, foi achada no seu encontro com a futura esposa, Helena. Ele a trata de uma forma tão apaixonada (e apaixonante) que me fez lembrar dos tempos em que já tive um colo para acordar, um corpo para me confundir... Ele se faz tão doce perante a mulher de sua vida...“A melodia do amor se encontrou conosco. A melodia preguiçosa por causa das preguiças do amor se esticou e deslizou pelo ar, de quarto em quarto, e se encontrou conosco, vôo lânguido da flecha no ar (...). O meu corpo tinha crescido para te encontrar, depois de tanto caminhar e cair e se perder por aí (...).”

Mas não é só por causa do tal romance que me identifico com Galeano nos dias e nas noites dessas histórias. Como disse no início dessa (espécie de) resenha, ele tem as mesmas percepções de mundo que eu (claro que com muito mais vivência...). Ele tem o dom da escrita e do envolvimento. E se eu for um quinto do que ele é... com certeza, ficarei muito feliz. Nada melhor do que poder retratar (e pensar sobre) o que vivemos durante o nosso dia-a-dia. Espero que compartilhem comigo essa idéia.
Links:

18 de novembro de 2008

Mais de um século de histórias em quadrinhos! (Nathan Zanferrari)

Mais de um século! Você acredita que já se passaram mais de onze décadas? Há quem diga que é impossível determinar a data exata do surgimento das histórias em quadrinhos, mas algumas “autoridades” da área resolveram que ele realmente surgiu em 1895, junto com o orelhudo Menino Amarelo (Yellow Kid), que influenciou até o jornalismo norte-americano, que passou a chamar os sensacionalistas de “imprensa amarela” devido à covardia exibida pelo personagem que aparecia diariamente nas páginas dos jornais (o mesmo não ocorreu no Brasil, onde os sensacionalistas eram chamados de “imprensa marrom” em uma comparação a coisas... de natureza menos nobre.) Pois então, para comemorar esses 114 anos a se completar em 2009, lá vai uma lista com os 100 personagens que fizeram história nas histórias dos quadrinhos! Dêem uma checada e eu garanto que vão achar nomes bem conhecidos do público em geral.
Nome do personagem no Brasil (Nome original do personagem) – Criador(es), ano de criação

001 – Menino Amarelo (Yellow Kid) – Richard F. Outcault, 1895
002 – Os Sobrinhos do Capitão (The Katzenjammer Kids) – Rudolph Dirks, 1897
003 – Chiquinho (Buster Brown) – Richard F. Outcault, 1902
004 – Little Nemo – Winsor McCay, 1905
005 – Mutt & Jeff – Harry Fischer, 1907
006 – Krazy Kat – George Herriman, 1913
007 – Buck Rogers – Dick Calkins, 1929
008 – Popeye – E. C. Segar, 1929
009 – Tarzan – Edgar R. Burroughs/Hal Foster, 1929
010 – Tintin – Hergé, 1929
011 – Blondie – Chic Young, 1930
012 – Dick Tracy – Chester Gould, 1931
013 – Reco-Reco, Bolão e Azeitona – Luís Sá, 1931
014 – Pinduca (Henry) – Carl Anderson, 1932
015 – Ferdinando (Li'l Abner) – Al Capp, 1934
016 – Flash Gordon – alex Raymond, 1934
017 – Mandrake – Lee Falk/Phil Davis, 1934
018 – Terry e os Piratas (Terry and the Pirates) – Milton Caniff, 1934
019 – Luluzinha (Little Lulu) – Marge, 1935
020 – Fantasma (Phanton) – Lee Falk/Ray Moore, 1936
021 – Príncipe Valente (Prince Valiant) – Hal Foster, 1937
022 – Spirou – Robert Velter,1938
023 – Super-Homem (Superman) – Jerry Siegel/Joe Shuster, 1938
024 – Batman – Bob Kane/Bill Finger, 1939
025 – Capitão Marvel (Captain Marvel) – C. C. Beck, 1939
026 – Namor – Bill Everett, 1939
027 – Tocha Humana (Human Torch) – Carl Burgos, 1939
028 – Gavião Negro (Hawkman) – Gardner Fox/Denis Neville, 1940
029 – Lanterna Verde (Green Lantern) – Martin Nodell/Bill Finger, 1940
030 – Robin – Bob Kane, 1940
031 – Sociedade da Justiça da América (Justice Society of America) – Sheldon Mayer/Gardner Fox, 1940
032 – Spirit – Will Eisner, 1940
033 – Aquaman – Mort Weisinger/P. Morris, 1941
034 – Archie – Bob Montana, 1941
035 – Arqueiro Verde (Green Arrow) – Mort Weisinger/George Papp, 1941
036 – Capitão América (Captain America) – Joe Simon/Jack Kirby, 1941
037 – Homem-Borracha (Plastic Man) – Jack Cole, 1941
038 – Mulher-Maravilha (Wonder Woman) – William Moulton Marston, 1941
039 – Pogo – Walt Kelly, 1943
040 – Lucky Luke – Maurice de Bevère, 1947
041 – Steve Canyon – Milton Caniff, 1947
042 – Pato Donald (Donald Duck) – Carl Burgos, 1947
043 – Tex – Giovanni Bonelli/Aureliano Galleppini, 1948
044 – Turma do Charlie Brown (Peanuts) – Charles Schulz, 1950
045 – Recruta Zero (Beetle Bailey) – Mort Walker, 1950
046 – Astroboy (Tetsuwan-Atom) – Osamu Tezuka, 1951
047 – Flash da Era de Prata (Silver Age's Flash) – Gardner Fox/Carmine Infantino, 1956
048 – Legião de Super-Heróis (Legion of Super-Heroes) – Otto Binder/Al Pastino, 1958
049 – Mortadelo e Salaminho (Mortadelo y Filemon) – Francisco Ibañez, 1958
050 – Adam Strange – Gradner Fox/Carmine Infantino, 1959
051 – Asterix – René Goscinny/Albert Uderzo, 1959
052 – Bidu e Franjinha – Mauricio de Sousa, 1959
053 – Pererê – Ziraldo, 1959
054 – Sgt. Rock – Robert Kanigher, 1959
055 – Quarteto Fantástico (Fantastic Four) – Stan Lee/Jack Kirby, 1961
056 – Barbarella – Jean Claude Forest, 1962
057 – Homem-Aranha (Spider-Man) – Stan Lee/Jack Kirby, 1962
058 – O Incrível Hulk (The Incredible Hulk) – Stan Lee/Jack Kirby, 1962
059 – O Poderoso Thor (The Mighty Thor) – Stan Lee/Jack Kirby, 1962
060 – Homem de Ferro (Iron Man) – Stan Lee, 1963
061 – Mônica – Mauricio de Sousa, 1963
062 – Nick Fury – Stan Lee/Jack Kirby, 1963
063 – Vingadores (Avengers) – Stan Lee/Jack Kirby, 1963
064 – X-Men – Stan Lee/Jack Kirby, 1963
065 – Demolidor (Daredevil) – Stan Lee/Bill Everest, 1964
066 – Mafalda – Quino, 1964
067 – Turma Titã (Teen Titans) – George Kashan, 1964
068 – Fritz, the Cat – Robert Crumb, 1965
069 – Valentina – Guido Crepax, 1965
070 – Pantera Negra (Black Panther) – Stan Lee/Jack Kirby, 1966
071 – Surfista Prateado (Silver Surfer) – Stan Lee/Jack Kirby, 1966
072 – Vampirela – James Warren, 1969
073 – Corto Maltese – Hugo Pratt, 1970
074 – Lobo Solitário (Kozure Okami) – Kazuo Koike/Goseki Kojima, 1970
075 – Monstro do Pântano (Swamp Thing) – Len Wein/Berni Wrightson, 1972
076 – Justiceiro (Punisher) – Gerry Gonway, 1974
077 – Wolverine – Len Wein, 1974
078 – Fradim – Henfil, 1976
079 – Cerebus – Dave Sim, 1977
080 – Juiz Dredd (Judge Dredd) – Pat Mills/John Wagner, 1977
081 – Elektra – Frank Miller, 1980
082 – Love & Rockets – Jaime E. Gilbert Hernandez, 1981
083 – Torpedo 1936 – Sanchez Abull/Alex Toth, 1981
084 – Grendel – Matt Wagner, 1982
085 – Lobo – Roger Slifer/Keith Giffen, 1982
086 – American Flagg! – Howard Chaykin, 1983
087 – Rê Bordosa – Angeli, 1984
088 – Tartarugas Ninjas (Teenage Mutant Ninja Turtles) – Kevin Eastman/Peter Laird, 1984
089 – Calvin e Haroldo (Calvin and Hobbes) – Bill Watterson, 1985
090 – Groo – Sergio Aragonés, 1985
091 – John Constantine, Hellblazer – Alan Moore, 1985
092 – Nexus – Mike Baron/Steve Rude, 1985
093 – Concreto (Concrete) – Paul Chadwick, 1986
094 – Níquel Náusea – Fernando Gonsales, 1986
095 – Piratas do Tietê – Laerte, 1986
096 – Sandman – Neil Gaiman, 1989
097 – Bone – Jeff Smith, 1991
098 – Spawn, o Soldado do Inferno (Spawn, the Soldier of Hell) – Todd McFarlane, 1992
099 – WildC.A.T.S. - Jim Lee, 1992
100 – Gen¹³ – Jim Lee/Brandon Choi/J. Scott Campbell, 1994

Baseado em matéria publicada em: Wizard Nº 05, Dezembro/1996

Até a próxima terça!

17 de novembro de 2008

Dupla de Subjetividade (Isadora Camargo)



Um momento para dois textos subjetivos realizados nesse meu percurso de período acadêmico...

  • Por que aterrorizar-se com o terror

A primeira indagação, latente, que surge na mente dos medrosos de “plantão” é o porquê da aflição que sentem diante de algumas situações corriqueiras, como quando as próprias imaginações os ludibriam. A palavra terror, também, não ajuda. É uma palavra ríspida, ecoa em nossos cérebros os “OS” finais, perturbando-o sem titubear.


A simples falta de luz acrescentada de medo transforma-se na perfeita escuridão que atormenta a alma. A toalha pendurada na porta, então, aparenta o vulto que não para de afligir a visão mistificada que dá asas aos pensamentos mais bizarros; o barulho do vento batendo na janela representa as vozes dos “espíritos malignos” que estão prontos para atacar, enfim...Que poder é esse conferido ao inconsciente de transformar objetos concretos em tormentos surreais e a suposta tranqüilidade em aventuras do subjetivo.

Filmes, contos e até sites de terror existem para alimentar os barulhos estranhos, os telefonemas inesperados que não passam de pura coincidência ou fértil imaginação. O fato mais engraçado desses acontecimentos é que o equívoco só é desfeito após momentos de medo e de tensão. O simples toma uma dimensão fora do comum, incontrolável e o que era medo transforma-se em trauma, pavor e assim sucessivamente.

A solução é tentar enganar o medo, tentando não alimentar os espaços desocupados da mente com as inúmeras “coisas feias” que existem pelo mundo. Se fosse assim, ninguém sobreviveria ao caos do terror.



  • A igualdade em conflito com a existência
Por que tanta preocupação com a diferença? Por que gerar tanta polêmica alguma diferença? Não sei.

O ser humano, em sua incompletude, insiste em ter ‘pré conceitos’ com o que pode parecer-lhe fora do comum. Mas como, se ser diferente é a representação da normalidade da vida na Terra. Exagero?! Talvez, mas prezo pelo relato da indefinição do contentamento do homem com o que está a seu redor.

“Pra quê ser azul, se todo mundo gosta do verde?”. Porém qual é o limite desse ‘todo mundo’. Não é possível generalizar. Por mais uniforme e homogênea que sejam situações quaisquer, elas possuem divergências entre si. Qual seria a graça se essas divergências não fossem identificadas?

A mídia já utilizou de slogans em propagandas “Ser diferente é normal”. A diferença deve ser estimulada.
Não dá para viver em ambientes que aludam a indústria cultural, produção em série...tudo muito igual...

O estímulo, a vontade de melhora está diretamente ligada às discrepâncias que pairam sobre nós. Ser diferente é algo que se destaca. Ser diferente é mostrar as características mais relevantes, marcantes e que não sejam nenhum pouco semelhantes!

16 de novembro de 2008

Aumente o tráfego do seu blog com o DiHITT

Hoje vou falar de um site direcionado para quem tem um blog e quer aumentar o número de visitantes: O DiHITT ( http://dihitt.com.br/ ). Esse site é ao mesmo tempo uma comunidade de blogueiros e um local para indexação de notícias. Nele você pode enviar notícias para os outros usuários votarem e transformarem as notícias em populares ou não. Quando as notícias se tornam populares elas vão para a página inicial do DiHITT, o que aumenta muito o tráfego de seu blog. Existe um Ranking de usuários e de blogs (que ainda está em testes) baseado no número de noticias populares, comentários e outros fatores que são guardados em segredo por Pablo Melo, o idealizador do site.

O DiHITT é responsável por grande parte do tráfego do H&R, junto com o Orkut e o Google (pelo menos até semana passada). O site ainda tem muito o que melhorar, mas é inegável que já se tornou uma referencia na blogosfera brasileira. Para os que conhecem, continuem usufruindo e para os que não conhecem é uma boa pedida para aumentar o tráfego e ainda por cima fazer amigos blogueiros. Aproveitem, visitem o perfil do H&R no DiHITT e se gostar votem nas notícias e entrem na comunidade: http://dihitt.com.br/2591. YOSHI!

15 de novembro de 2008

Análise do documentário “Ônibus 174”

12 de Junho de 2000, Sandro do Nascimento de 23 anos, seqüestra um ônibus da linha 174 no Jardim botânico, bairro do Rio de Janeiro. Ele mantém 11 pessoas reféns durante duas horas e meia. No final do seqüestro, policiais atiram em Geisa Firmo Gonçalves e logo depois asfixiam Sandro no camburão. Todo o seqüestro foi transmitido em rede nacional por televisões e rádios e o caso teve repercussão no mundo todo.

Ônibus 174” explica esse acontecimento com uma ótica diferente do que foi mostrado na época. O documentário mostra depoimentos de policiais, reféns, presos, conhecidos de Sandro e outros personagens que ajudaram a explicar porque tudo aconteceu e porque o caso teve o desfecho trágico. Até o lançamento do documentário a história da vida de Sandro era um mistério. No filme foi revelado que ele perdeu a mãe aos 6 anos (assassinada em sua presença) e foi morar na rua. Sandro foi um dos sobreviventes da chacina da Candelária de 1993.


A vida do “protagonista” sempre foi muito dura. Sandro não tinha outra escolha além da vida do crime. Sempre descrito como um garoto tímido, ele teve que aprender a sobreviver na rua, a roubar e usar drogas (Cola de sapateiro, Maconha, Cocaína). Após a chacina da Candelária ele passou a fazer capoeira, mas a essa altura o vício já o dominava e para sustentá-lo, Sandro roubava no sinal. Ele foi levado várias vezes para a prisão, mas nunca havia cometido um assassinato. As fichas de antecedentes descreviam Sandro como um rapaz quieto e de bom comportamento nas instituições para menores.

“O menino de rua sempre passa invisível diante os olhos da sociedade, seja por considerá-lo insignificante ou por não se querer ajudar”, era o que a socióloga Yvonne Bezerra de Melo dizia. A participação da imprensa no dia do seqüestro pode ter mudado o desfecho da situação. A polícia não se preocupou em isolar a área da imprensa, que se aproximava cada vez mais do ônibus. Sandro era percebido pela primeira vez por alguém. Uma senhora que hospedou Sandro em sua casa disse que um dos principais sonhos dele era aparecer na TV: “Nem que eu não possa me assistir, mas a senhora vai me assistir”, dizia Sandro para essa senhora. Sandro, tal como Lindenberg e a família Nardoni, acabou se sentido um super astro e agiu de forma diferente de como agiria. Ele estava nervoso com tanta atenção e ao mesmo tempo sentia segurança com a presença das câmeras de TV.

A mídia também mudou as ações da polícia. Segundo o chefe de negociações Coronel Penteado, existia a possibilidade de um Snipper dar um tiro em Sandro à distância e acabar com o seqüestro, mas 500 gramas de massa encefálica se despedaçando no vidro do ônibus não seria uma cena agradável de mostrar ao vivo. Ordens da alta cúpula do estado do Rio de Janeiro para não atirar em Sandro surgiram.

A visão das reféns também é mostrada no filme. A relação de Sandro com os reféns estava virando um jogo de confiança que a vitória resultaria em liberdade. Sandro liberou o único homem que estava lá por ele ser estudante universitário. Damiana conquistou a liberdade após ter um derrame. As estudantes Janaína Neves e Luanna Belmon conquistaram a confiança de Sandro conversando com ele, o que pode ter garantindo a sobrevivência delas. “Sandro não era bandido de verdade, senão ele teria me matado”, diz Janaína. “Eu falei para ele enquanto colocava uma correntinha de Nossa Senhora nele, que ele era a maior vítima de tudo”, fala Luanna. Geisa não conquistou a confiança de Sandro, pois havia mentido para ele que tinha um irmão presidiário, talvez por esse motivo ela tenha sido escolhida para ser “escudo humano”.

Policiais, bandidos e pessoas que conviviam com Sandro na rua deram depoimentos. A conclusão de tudo é que a polícia mostrou sua fragilidade e que Sandro não era um “bandido profissional”. “Bandido tem que matar se não derem o dinheiro, tem que tacar fogo. Eu já teria matado um logo de cara para impor respeito”, disse um “profissional da área”. Para os policiais ficou a sensação que faltou um bom equipamento de comunicação, treinamento e que o governo do estado e a imprensa influenciaram no desfecho. Para os ex-colegas de Sandro, o rapaz teve o desfecho da maioria, mas isso não muda a situação.

Em suma, Ônibus 174 mostra o lado humano de uma pessoa que a mídia pintou como um monstro, a fragilidade de policiais esforçados e despreparados, uma imprensa sensacionalista e deixa a sensação que vivemos em constante insegurança. O filme é chocante, pois nas cenas o desespero das pessoas é latente e cena da morte de Geísa é muito forte. Quando Sandro sai do ônibus a população tentou linchá-lo. As pessoas o queriam morto e a polícia atendeu o desejo do povo no camburão. “A polícia executa o serviço sujo que a sociedade não admite, mas quer ver: O de eliminar “Sandros” para que as pessoas vivam em segurança”. Filme para repensar muitos conceitos.


PS: O filme no qual eu me refiro é o documentário "Ônibus 174" e não o "Última parada 174", lançado esse ano nos cinemas. Diponibilizo para vocês o Download do Ônibus 174. Esse texto foi feito para um trabalho de Sociologia da Comunicação para a Universidade Estadual de Ponta Grossa. YOSHI!


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