Informações e notícias sobre Rankings. Os melhores, piores, maiores e menores do Brasil e do mundo você encontra no nosso blog.

31 de janeiro de 2009

Por Dentro da Band – Os bastidores de uma reportagem: A prática jornalística (Parte 3/5)

Na terceira parte do nosso especial Por Dentro da Band, finalmente chegamos à parte prática do processo. Faço uma descrição cronológica (ou nem tanto) do cotidiano de um jornalista e dos processos que uma reportagem passa até chegar ao ar e ser assistida por milhares de pessoas. Acompanhei durante um dia a repórter Fernanda Farias na missão de fazer algumas reportagens para o Jornal de Verão, transmitido de Torres para todo Rio Grande do Sul.

10:05 – Chego ao estúdio de verão da Band. A manhã havia começado agitada para equipe de reportagem. Nessa hora eles já tinham feito uma matéria sobre um caminhão que tombou na BR-101, estavam partindo para uma segunda matéria e procurando um entrevistado para entrar no ar às 13 horas.

10:35 - Fernanda está a 20 minutos no telefone. Ela tenta contatar o entrevistado para o próximo jornal, mas nem tudo ocorre como o esperado. O entrevistado que ela precisava havia viajado. Isso me fez compreender a primeira das muitas coisas que aprenderia naquele dia: “Nada é como a gente espera, então sempre tenha uma pauta (matéria) reserva”.

10:40 – O segundo entrevistado que eles tinham na manga também havia viajado e não poderia vir. Eu reformulei o meu primeiro aprendizado: “Não tenha uma. Tenha várias pautas reservas. Os riscos são bem menores”. Farias finalmente deixou o telefone e saiu para a rua. Começaria então a parte “mais divertida do processo”.

10:45 - A matéria que eles cobririam naquele dia era referente a temperatura da água do mar em Torres, que estava 3 graus abaixo da temperatura do ano anterior e espantava os turistas do banho de mar. Fernanda e o cinegrafista Onildo vão para a beira da praia. A primeira parte gravada é a explicação de um especialista do porque a água estava tão fria. A conversa entre a repórter e o professor começa como um bate-papo informal. Com essa conversa a repórter se situa melhor sobre o assunto, a câmera é melhor enquadrada e o entrevistado fica um pouco menos nervoso. Começa a gravação. No total são feitas cerca de 15 perguntas, sendo que apenas uma ou duas falas serão aproveitadas. Na TV, filma-se muito e se aproveita pouco do que é gravado.

10:50 – Agora é hora de “atacar” os banhistas. Eles tinham que falar sobre a água do mar. Esse processo foi um dos mais engraçados, pois nem todos falam o que é esperado, alguns travam na frente das câmeras, outros querem falar demais, sem contar nos querem aparecer na TV a qualquer custo (mais detalhes vocês terão na última parte do nosso especial). Em 15 minutos, Fernanda ouve 10 das mais variadas definições de como está a água do mar e ainda conversa rapidamente com uma amiga (também jornalista), que ela encontra na praia. Onildo capta mais algumas imagens e nós voltamos para o estúdio.

11:20 – Fernanda começa a escrever os textos que serão apresentados entre as matérias (os drops) e os textos para o Off. Para quem não sabe, O Off aparece na parte da matéria que é mostrada uma paisagem ou alguma ação e é a voz do narrador (normalmente o próprio repórter) gravada em estúdio, que situa o telespectador no contexto da reportagem. Pode ser utilizada uma trilha sonora ao fundo. Nesse instante, eu deixo Fernanda escrevendo e vou até a Suíte Máster.

11:30 – Suíte Máster é o local onde as imagens captadas são geradas (enviadas) para a equipe de edição (no caso para Porto Alegre). Justamente é isso que Cristiano (ele achou melhor não dizer o sobrenome por motivos de segurança, RS) está fazendo. Ao mesmo tempo em que envia as imagens para serem editadas, também narra o que está acontecendo nelas, para certificar que a equipe de edição assiste a mesma cena que ele.

11:50 – Com todos os textos já escritos, Fernanda se prepara para gravar o Off no estúdio. O processo é muito rápido, ela tem que falar apenas cinco frases no microfone. A gravação acaba em menos de 1 minuto. Espanto-me com a voz dela na hora que grava. Perfeita. Mais tarde, eu perguntei o que ela fazia para manter a voz daquele jeito e ela me respondeu que achava a voz feia.

12:25 - Algo que eu notei (e comprovei na hora do Band Cidade) é que a medida que a hora de entrar ao ar chega, o nível de estresse aumenta em toda a equipe. É cobrado o envio de matérias, o telefone não para de tocar e gritos ecoam no estúdio de verão da Band. Cristiano checa e tenta consertar alguns problemas técnicos. Uns 100 metros de fio são desenrolados. O jornal de verão será apresentado à beira-mar mesmo e não do estúdio de verão.

12:40 – Enquanto Fernanda Farias faz a própria maquiagem para entrar no ar, Carlos Totti (veja Por dentro da Band – A Estrutura da Casa de Verão (Parte 1/5)) explica detalhes sobre a casa de verão da Band. Além do que está na primeira postagem do especial, Totti também fala do clima de descontração (que naquele momento não tinha muita) da casa de verão. Cobrir um evento como este é uma ocasião especial. Os repórteres chegam as 8 da manhã e ficam até as 8 da noite. Além da reportagem, fazem o trabalho de produção (que é de agendar matérias, entrevistas, etc.). Por outro lado Fernanda pode apresentar o jornal com uma camiseta (da emissora), shorts e havaianas, o que seria inadmissível em um estúdio.

13:00 – Já estamos na praia. O jornal de Verão está prestes a entrar no ar. Tanto Onildo como Fernanda estão com grande aparelhagem de comunicação com o estúdio. Começa o Jornal de verão. Até eu dou um “auxilio técnico” para eles na hora que o jornal está no ar. Apesar do nervosismo anterior à entrada ao ar, Fernanda demonstra tranquilidade ao falar as notícias do dia. “Tem que estar muito concentrada, às vezes dá vontade de rir de algumas coisas, mas não podemos”, diz a repórter. Confira o Jornal de Verão no link a seguir: http://www.bandrs.com.br/verao2009/index.php?main=coment&id=248 .

13:20 – Acaba o jornal. Eu peço para Fernanda resumir o que ela sente quando sai do ar. “Alívio” é a única palavra que ela me fala.

Semana que vem: na quarta parte de Por Dentro da Band, continuamos mostrando à vocês como é o dia-a-dia de um repórter de TV. A matéria sobre a água fria vai ser transmitida no Jornal da Band para o Brasil todo e precisa de mais alguns elementos. Faço uma conclusão do dia de reportagem. Não percam sábado que vem em Por Dentro da Band, aqui no H&R. YOSHI!

30 de janeiro de 2009

A Árvore Genealógica do Rock n' Roll


Vovô e Vovó Blues: Um casal de velhinhos, de pele escura, tendo os dois uma voz bem grave. Muito simpáticos e sorridentes, adoram dançar, ou "balançar o esqueleto", como preferem dizer. Já tiveram suas brigas com a Dona Música Clássica, e sempre foram amigos do senhor Jazz (especialmente a Sra. Blues), um outro velhinho, ex-acrobata de um circo local. Tiveram quatro filhos: Rockabilly, Rock Pop, Rock Progressivo e Hard Rock.

Rockabilly:O irmão mais velho. Outro que é apaixonado por dançar. Antigamente, andou muito com o segundo mais velho, o Rock Pop. Adora topetes, calças boca-de-sino, óculos escuros coloridos, brilhantina e coisas bregas em geral. Fez muito sucesso com a mulherada na juventude, mas agora é um velho gordo.

Rock Pop:Adora andar na moda, mas não tem uma opinião fixa. Já andou com todos os outros irmãos, menos com o progressivo. Sabe-se que ele ganha muito bem, e quem anda com ele também, e que ele é louco por dinheiro, se vende por qualquer coisa. Dizem que ele gosta de enganar as pessoas às vezes, dizendo que uma coisa é boa quando não é, mas não se sabe.

Rock Progressivo:Carinhosamente apelidado de Prog, ele é um caso a parte. Correm boatos de que ele é filho de um caso da Sra. Blues com o Sr. Jazz, o que ficou ainda mais sério quando ele começou a fazer acrobacias. Muito exibicionista, adora mostrar as loucuras que consegue fazer, apesar de que, de vez em quando, as pessoas se irritam por que ele fica muito tempo fazendo, ou faz coisas chatas, só por que é difícil. Mas é um cara muito legal, quando pára com o exibicionismo puro.

Hard Rock:Meio revoltado, meio dançante. Quanto a esse, não restam dúvidas que veio dos Blues. Ele também AMA penduricalhos, bandanas, lenços, maquiagem, cabelos bufantes e vive fazendo poses meio homossexuais, mas não é gay. Um pouco esquentadinho também. Conta-se que na adolescência usou e abusou das drogas e era meio ninfomaníaco. Casou-se e teve dois filhos: o pródigo Heavy Metal e o caçula Punk Rock.

Punk Rock:Muito revoltado, e muito relaxado também. Tentou ser igual ao pai, mas não conseguiu e se frustrou, vindo daí sua revolta. É muito fraquinho, raquítico. Não se importa com nada, mas vive falando de igualdade, vive defendendo ideais comunistas. Bebe mais que carro a gasolina com o tanque furado. A casa dele é uma bagunça, principalmente a COZINHA, que é muito tosca, tudo meia-boca. Teve dois filhos com a namorada, chamados de Hard Core e Grunge. Acha que um dia vai mudar a sociedade.

Hardcore:Menino meio maluco, vive correndo pela casa, não pára de correr. É um pouco mais organizado na cozinha do que o pai, mas também é fraquinho. É surfista e skatista também. Quando está meio EMOtivo, passa o tempo todo reclamando da namorada que corneia ele todo dia.

Grunge:Ele é meio tristonho, meio emotivo também.Vive reclamando da vida. Está na puberdade, por isso sua voz dá umas desafinadas às vezes. Ele costuma agir de maneira suicida. Menino estranho, esse.

Papai Heavy Metal: Ele é muito forte e bem pesado. Bebe ainda mais que o Punk. Gosta de falar de mitologia nórdica e ocultismo, mas é bem cabeça aberta, dá para falar com ele de tudo: política, amor, humor, da vida... Reza a lenda que ele tem pacto com o diabo, mas isso é mentira. Adora roupas de couro e spikes. Dizem que ele é o que o Punk sempre quis ser. Tem uma voz grave, mas quando grita fica um pouco agudo. Tem fama de malvado, mas não é... Só quando está de mau-humor. Quando está de bom humor pode ser o cara mais engraçado do mundo. Gosta de cabelos compridos e de exibir os músculos às vezes. Não gosta muito de ir à Igreja. Acho que é daí que vem sua fama de anticristo... ainda mais quando ele começa a tirar sarro da cara dos sacristões, e eles levam a sério! Gosta de andar de motocicleta, e é mecânico. Tem uma Harley Davidson. Teve vários filhos: Thrash, Melódico, Prog Metal, Death, Black, White, Doom, Gothic, que são muito unidos (com exceção do Black e do White, que nunca se entenderam) e vivem fazendo trabalhos em cooperação.

Thrash:Mais ágil que o pai, trabalha de ajudante de pedreiro, sendo mais forte. Um pouco violento de vez em quando, mas também é muito engraçado quando quer. Quando era pequeno engoliu uma escova de cabelo e desde então sua voz nunca mais foi a mesma.

Melódico:Costumava freqüentar a casa da Sra. Música Clássica quando era menor. É ator de teatro, fascinado por J.R.R. Tolkien e coisas medievais. É muito feliz, especialmente quando fala. Tanto que seu maior problema é que ele costuma se empolgar, e, por ter uma voz aguda, fica irritante escuta-lo. Adora coisas muito enfeitadas. Quer dar um presente pra ele? Compre um livro de fantasia com uma capa de veludo e com um marca-páginas bem grande, com gravuras da pintura barroca, bem detalhados.

Prog Metal:Costumava andar com o tio Prog, e aprendeu muitas manobras e acrobacias, e espera ser artista de circo também, mas não consegue fazer tudo por que é mais gordo, mais pesado, e tem o mesmo problema com exibicionismo.

Os irmãos Death e Black: Figuraças. Sabe os irmãos caverna? São iguaizinhos. São tão parecidos, que só dá pra distinguir quando o Black está de maquiagem, ou quando está mais enfeitado. Ninguém entende muito o que eles falam. Acredita-se que tenham uma linguagem própria. Mas sabe-se que quando o Black abre a boca é pra mandar Deus pr'aquele lugar, e dizer que o Diabo é o senhor dele. Trabalha com confecção de velas. O Death é meio estranho, trabalha de médico legista. Das vezes que se entendeu o que ele disse, ele só falava de como as pessoas morriam. Acho que o emprego dele o deixou meio neurótico. Gostam muito do Thrash. O Death costuma falar com o White às vezes, mas o Black nem chega perto. São muito violentos e estouradinhos. O Black é muito frio também, não tem pena de ninguém, e vive mutilando animais.

White Metal:Indo na contra-mão do pai, é extremamente religioso. Detesta o Black, mas consegue conversar com o Death, e eles até trabalham juntos de vez em quando. Na Igreja do White, é claro. Seu único problema é que, para tentar parecer mais cristão, esquece que nasceu em uma família de peso, fazendo jejuns muito grandes e ficando muito leve.

Doom e Gothic: Outros muito parecidos. Só dá pra perceber a diferença por que o Gothic é mais calminho e vive bem equipado com coisas eletrônicas, enquanto o Doom às vezes lembra o Death, em alguns traços. Vivem reclamando da vida, falando de como sofrem... De como a vida é um inferno... Parecem um pouco com o Grunge quando começam a falar, mas diga isso pra eles e veja o que sobra de você! O Gothic gosta de coisas eletrônicas e trabalha consertando equipamentos. Tem um timbre de voz ultra grave, mas só fala sussurrando. O Doom trabalha de coveiro.

Autor desconhecido

29 de janeiro de 2009

10 pratos da culinária internacional


Acredito que os membros do blog não tenham provado todos eles, mas, a quem provou, pode fazer um ranking com os favoritos. Entretanto, como alguns são ainda desconhecidos, segue aqui não um Ranking, mas apenas uma listagem de dez pratos da culinária internacional mais conhecidos pelos especialistas. Com o auxílio da listagem do laboratório Novartis. Divirtam-se!

Paella (Espanha)
Um prato originado na região espanhola de Valencia. Em XVI e XVII, quando saíam de madrugada ao trabalho, camponeses levavam azeite, arroz, sal e uma panela redonda, grande e rasa, com alças, a qual batizaram de paella. Durante o trajeto, eles capturavam coelhos ou patos selvagens, caracóis nativos e colhiam alguns legumes da estação. Ao meio-dia, os camponeses se reuniam em torno do fogo para o almoço, juntando todos esses ingredientes na panela. Assim, nasceu o prato espanhol mais tradicional.

Cassoulet (França)
Embora cada cidade do interior francês tenha sua especialidade na cozinha, ele é unanimidade nacional.

Lasagna (Itália)
Sua orgigem é da Roma Antiga, onde se aproveitavam todos (?) os alimentos para fazer esse prato delicioso.

Bacalhau do Zé do Pipo (Porgual)
Graaande Zé do Pipo! Português e dono de restauante no Porto, o criador.

Sushi (Japão)
Surgiu em Tóquio, na primeira metade do século XIX, vendido em pequenas barracas pelas ruas. (Um adendo ao ilustre leitor: eu, como descendente nipônica, tenho que defender aqui: não é apenas um mero bolinho de arroz grudado em tiras pretas de alga. Existe até sushi de morango com chocolate, já provou?)

Guefite Fish (Israel)
Companhia idel em todas as datas importantes da comunidade.

Kassler com chucrute (Alemanha)
A sugestão dos chefes de cozinha é um belo acompanhamento de batatas.

Costela de carneiro com hortelã (Arábia)
Okay, okay... Também conhecido na culinária gaúcha, tchê!

Pato de Pequim (obviamente, na China)
Princpipal prato da cozinha chinesa, muda de ingredientes conforme as estações do ano. Tá afim de um pato de Outono?

Strogonoff (com tantas consoantes assim, na Rússia)
Nascido sob o signo dos czares, atravessou fronteiras de todos os países e continua fazendo sucesso. (Ainda mais com esse nome tão peculiar, que deu origem à famosa charadinha do strogonoff. Se não a conhece, por favor, não queira conhecer).

Um bom apetite a todos!

26 de janeiro de 2009

Saudade (uma perspectiva argentina)

Às vezes passamos despercebidos sobre as “coisas” ao nosso redor, as desculpas mais comuns são a falta de tempo, a pressa, mas algo em outro idioma me tocou a uns dias atrás e eu faço questão de compartilhar com os leitores do H&R. Eu creio que não de trabalhosa tradução:

"SAUDADE"
(Alberto Blancas)
Todas las lenguas, ricas o pobres, tienen uma expresión que determina, si no el carácter, al menos uma manifestación peculiar de lar aza o pueblo que la usa. El português y el brasileño tienen la palabra “saudade” que abarca por si sola toda la escala graduada del sentimiento, porque permite expressar no solo la tristeza de uma despedida, la alegria de um recuerdo, la delicadeza de uma emoción, amistad, la fuerza de um vínculo, la sombra de uma pena, la sensación de um afecto o uma forma de pensamiento imperecedero.
“Saudade” es todo esto; “saudade” no puede ser traducido em ningún idioma con uma sola palabra. “Saudade” es vida, es recuerdo, es pena, es alegria, es esperanza, es nostalgia, es vínculo, es amistad, es cariño, es afecto, es todo, porque se puede aplicar a todas las situaciones em que el alma quiere expressar su fuerza, poniendo a su servicio el corazón.
“Saudade”, palabra mágica que los brasileños usan com las modificaciones que sus espíritus delicados y su cultura distinguida saben expressar.
“Saudade”, alma de um idioma y alma de um pueblo que sabe sentir y que em sus latidos sabe unir sus sentimientos a aquellos que lê son queridos.
Espero que gostem e aproveitem o sabor da saudade!

25 de janeiro de 2009

O ciclo

Depois de muito tempo, volto a escrever para o blog. Não, não esqueci de vocês. Apenas fui viajar e fiquei restrita ao acesso à internet. Portanto, começo o ano pedindo desculpas! Sei que isso aqui não é um diário, mas acho que posso escrever um pouco do que vivi nessas duas últimas semanas. E aí, estão afim de viajar comigo?
Então, voltei ontem de Salvador. Ô terrinha abençoada - em todos os sentidos. O motivo inicial foi o famoso Congresso Brasileiro dos Estudantes de Comunicação - COBRECOS - promovido pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social - ENECOS. Aliás, como o Movimento Estudantil me fez conhecer e rever lugares... De Fortaleza, no Ceará, até Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul. São muitas histórias e muitos momentos. A sensação que fica chega a ser indescritível.
Os dias de Congresso passaram na correria mesmo. Ajuda na estrutura aqui, fecha um buraco na programação acolá, tira fotos dos espaços, dança nas culturais... Quase nem deu para respirar - eu disse quase. Lógico que consegui fazer novas amizades, conhecer pessoas interessantíssimas, estar com os velhos amigos. Participei até da Lavagem do Bonfim - mesmo que pela metade. Valeu a pena sentir aquela energia boa, de gente que acredita, de gente que tem toda a fé e que leva realmente a sério uma tradição - mesmo com o prefeito mudando a data da festa (antes era na terceira quinta-feira do mês de janeiro a Lavagem, agora passou pra segunda porque deu na telha do "todo poderoso").
Aí, na semana que passei lá, quase morgando por causa de uma formatura de uma amiga, conheci a vida noturna da capital baiana - mais agitada do que nunca por causa do Coneb e da Bienal promovido pela União Nacional dos Estudantes - UNE. Não sei como foram as manhãs e as tardes onde ocorreram as palestras, mas as culturais estavam ótimas. Onde mais terei chance de ver Cordel do Fogo Encantado e Marcelo D2 de graça?
E o movimento de pessoas nas ruas? E as baianas vendendo acarajé? Caruru? E o povo vendendo latão de Skol por dois reais e três por cinco? E as pessoas correndo para entrar num busão ou simplesmente dormindo no trajeto de Pernambués até o Farol da Barra? É interessantíssimo observar o movimento dessa terra...
Os amigos então? Maravilhosos, em todos os momentos. Não importa se é para discutir política ou se é para ver o pôr-do-sol no Farol ao som de um mantra... Se eu pudesse carregar todos em potinhos junto, faria. Não são todos que devem ser guardados em potinhos, só aqueles que acrescentam vida a gente. E esses meus amigos merecem muito.
E quando menos percebi, voltei para esta terra fria e distante. Voltei porque a vida continua e se renova a cada dia, assim como os desafios. Como diz uma música que aprendi: "A luta é como um círculo, pode começar em qualquer ponto, mas não termina nunca..."

24 de janeiro de 2009

Por dentro da Band – Entrevista: Fábio Canatta, coordenador de jornalismo da Band-RS (Parte 2/5)

Casa de Verão da Band em Torres, 19:30 da noite. Os créditos do telejornal da emissora acabam de subir, sinalizando o final do Band Cidade. Um alívio toma conta do local, que está lotado, pois mais ou menos trinta pessoas, entre equipe de produção, jornalistas, locutores da rádio e convidados ocupam a pequena casa a beira-mar. O repórter Luiz Gustavo Bordin (que faz expedições para a Antártida, conta piadas em russo e é uma grande figura) me apresenta ao homem que coordena toda essa equipe.

Fábio Canatta tem 29 anos e em sete anos chegou ao cargo coordenador de jornalismo da TV Bandeirantes do Rio Grande do Sul. Muito solicito, Fábio me cumprimenta, mas já fala: “Não tenho muito tempo. Em meia hora você consegue as tuas informações?”. Combino com ele a minha saída com a equipe de reportagem, que aconteceria três dias depois e lhe faço algumas perguntas. Nessa mini-entrevista, Canatta fala sobre diploma, crise, trajetória e dá conselhos para quem quer seguir a carreira jornalística:

1) H&R - Olá Canatta. Fale um pouco sobre a sua trajetória no jornalismo e como você chegou até o cargo que ocupa hoje.
Fábio Canatta - Eu me formei em 2002 na Faculdade dos Meios de Comunicação (FAMECOS) da PUC de Porto Alegre. Mas antes disso, em 2001 eu comecei a estagiar na sucursal de Porto Alegre do Jornal Folha do Sul, que é de Caxias do sul - RS. Eu fazia parte da equipe de reportagem. Também trabalhei com a assessoria de imprensa da então prefeita de Alvorada (cidade da região metropolitana de Porto Alegre) e hoje Deputada Estadual Stela Farias. Ainda como estagiário, eu entrei para a Band-RS. Em 2002, depois que eu me formei, entrei como produtor da rádio e da TV. Dentro da TV, passei por todas as funções. Fui produtor, passei rapidamente pela reportagem, editor, chefe de reportagem, chefe de redação e hoje sou coordenador de jornalismo da TV.

2) Como é o cotidiano de um jornalista?
Bem, tem uma diferença do que eu faço e do que a reportagem faz. Eu tomo conta do controle editorial da TV. Sou responsável pelas pautas que a bandeirantes faz, pelos telejornais que a bandeirantes produz, pelas escalas da equipe, pelo planejamento de coberturas externas, como a casa de verão da Band, pelos programas que são feitos fora da band, relação com departamento comercial, coberturas especiais, algo mais administrativo. Na redação da Band-RS, trabalha-se para três programas: Toque de bola, programa de esportes que acontece as 12:30, o Lado a Lado, que hoje está fora do ar por causa do Jornal de Verão, que é feito de torres, as 13:00 e o nosso telejornal, o Band cidade, as 18:45.

3) Você acredita que a crise econômica afetou as empresas jornalísticas? De que forma?
Acho que afetou sim. A empresa jornalística é uma empresa como qualquer outra, no qual o produto é o jornalismo. Ela vende, compra, contrata e demite, como qualquer outra empresa. Talvez tenhamos sofrido um impacto menor nesse primeiro momento, devido não ter uma relação direta com o mercado externo, mas nos afetou sim. Afinal a crise afeta todas as empresas do Brasil, inclusive as empresas de comunicação.

4) Qual é a sua opinião sobre a questão da obrigatoriedade do diploma para exercício do jornalismo?
Eu não tenho uma opinião formada sobre a obrigatoriedade do diploma. Tem alguns pontos que eu sou favorável e outros eu sou contrário. Acho que é válida como proteção para a classe dos jornalistas, mas eu duvido que mesmo que seja derrubada a obrigatoriedade, as empresas deixem de exigir o diploma para contratar jornalistas.
H&R - Porque essa questão não entra na agenda dos grandes meios de comunicações?
Tu quer dizer por que esse não está em discussão na TV? Porque a gente acha que isso interessa a gente e não interessa as pessoas!

5) Qual é conselho que você dá para um estudante de jornalismo se preparar para o mercado de trabalho.
Primeiramente, não cansar nunca. Jornalismo é muito trabalho, muito esforço. Antes de dominar qualquer técnica, antes de conhecer TV, rádio e jornal, tem que está bem informado. Informação é mais importante do que qualquer coisa. Tem que ler muito jornal, ler muita revista, ler muito livro. Ler é mais importante do que qualquer coisa para um estudante de jornalismo.

Na próxima semana: Na terceira parte de Por Dentro da Band, mostro para vocês como é o cotidiano de um repórter. Eu acompanho a repórter Fernanda Farias em um dia de reportagem, pauta, problemas e necessidade de soluções rápidas. Todos os bastidores de uma reportagem vocês conferem semana que vem aqui no Histórias e Rankings.YOSHI!

22 de janeiro de 2009

A compra do amor

Em algum lugar perto do Sol, procurando aquecer-se. Um homem sem importância, procurando pela razão do coração. Alguém lhe avisou que isso tudo pode queimar o pensamento? Simples, para o resto do mundo, mas queria fazer a diferença. Um entre milhares procurava pela importância do amor.

Ela, do outro lado da rua, observava-o. Foi a um bazar que de tudo vendia, com alguns milhares, para comprar amor. Seu dinheiro não era o suficiente. Então, ele decidiu juntar mais dinheiro, ele queria comprá-la. Passava suas manhãs perto do Sol e as noites mirando à Lua. Já estiveram por lá, e ele apenas observava-lhe. Então, ele pensou em roubar um pedacinho dela. Seu brilho era valioso. Um desconhecido procurava pelo valor do amor.

Na noite seguinte, faltava um pedaço do círculo branco e brilhante no céu. Ele conseguira roubar uma parte do brilho da Lua. Uma moça diferente das outras o observava. Parou em frente à porta da lojinha, feito um fantasma, ele não sabia a diferença do certo e do errado. Tentou vender seu produto. Ele procurava pelo significado do amor.

Ali perto, um pequeno ser humano, ainda menino, andava pelas sombras. Era dia, era quente. A mais linda mulher da cidade observava-o. O estranho homem não entrou no bazar. Ele sabia que seria um mal-entendido, mas resolveu doar o pedaço da lua àquele garoto. O garoto aceitou a oferta e entrou no bazar. Ele tinha o valor necessário para comprar o amor.

Ele trocou-o por uma arma, pois se sentia ameaçado. Assustado, o homem não entendeu o porquê daquilo. Ele não poderia ver nada do que procurava entender, ou não entendia nada do que via. Ele procurava pelo valor do amor.

O homem ficou acordado até tarde. Naquela noite, decidiu levar outro pedaço da Lua. Ele levou mais um pedaço. Tinha o brilho dos céus em suas mãos, e não queria que soubessem disso. Esse andarilho se esquecera do calor do Sol. Ele procurava pelo lugar do amor.

O homem retornou ao bazar. Pediu o máximo de amor que poderia levar. Naquela manhã, ele não levou nada. O brilho retornou à lua, e o amor atravessou a rua deserta. Aquele amor, que havia sido roubado, voltou à sua casa inicial. Voltou à sua forma humana. Era uma linda dama, tida como a mais sincera dos lugares, e também a mais sábia. O homem, apressadamente, foi perguntar a mulher sábia pelo amor. Tentou até mesmo comprá-lo com seu brilho de lua.


“Por que não o brilho do luar em troca de seu amor?”
“Não é o suficiente.”
“Por que o preço é tão importante assim?!”
“Não importa. O coração é o que mais importa.”



10.07.2007

21 de janeiro de 2009

Da Pedra Lascada à Pedra "Queimada"



No fundo da sua caverna o homem escondia-se de seus predadores . As rochas que o cercavam eram frias, o tempo que passava naquele buraco era árduo. Enfrentou fome e frio, pelo menos é o que dizem. Se não fosse pelas armas, pelos utensílios e ,principalmente, pelo fogo a aquecer o seu lar; não teria sobrado ninguém para contar a sua difícil, porém gloriosa(!!!), história. Tudo isso graças às pedras.

Cruzando algumas ruas, virando algumas esquinas, descendo certas ladeiras, chegamos em um beco escuro onde um grupo de não-mais-primatas compartilha o calor de uma pedra para se aquecer do frio de outras. Faz parte do grupo um rapaz chamado Neandertal. Mas antes de estar ali, Neandertal, depois de fugir do hospital ainda com os buracos de balas e lanhos de faca mal fechados, subiu a rua de casa, passou pelo irmão que chutava uma bola entre duas pedras - supostas traves de um suposto gol -, cruzou o portão, a porta, no sofá da pequena sala sua mãe dormia vendo TV. O jovem pegou alguns apetrechos, mais especificamente um par de sapatos antes, há muito tempo, usados para ir ao Culto, um pacote de 5 kg de arroz e saiu para a caça.

Cruzou algumas ruas, virou algumas esquinas, desceu certas ladeiras, entregou os apetrechos ao contador e entrou no grupo mais uma vez. Ali mesmo, cercado por pedras - nas paredes, na calçada, no asfalto, nos pulmões -, descobriram o fogo.
O cão é o melhor amigo do homem, as pedras são certamente sua eterna paixão.

19 de janeiro de 2009

Conversas sobre a crise




A crise econômica assola todos os cantos do mundo, mesmo não atingindo diretamente esses cantos. A questão é que a coisa está tão terrível que até às 3h da manhã (um horário peculiar) essa conversa surgir com um tom de ‘inconformação’ e espírito de mudança entre dois mais novos ‘amigos’.
Um deles começou relatando a situação dos estudos sobre tal situação mundial e quanto desemprego e tristeza isso tem refletido na vida dos tantos e tantos prejudicados...
O outro, atento as informações, refletia e tirava suas conclusões paulatinamente, concordando com o colega. “A coisa tá feia! É de dar desgosto na gente”.
O papo perdurou mais alguns, preciosos, minutos. O primeiro continuou falando que o pior de tudo é que as pessoas, em sua maioria, desconhecem a verdadeira culpa, se é que se pode dizer dessa forma. O capitalismo/neoliberalismo é bombardeado como principal causa da situação problemática (como se agora adiantasse a implantação de um regime socialista) e que a instabilidade e a falta de perspectiva para o futuro são as novas maneiras de vida de muitas populações, que um dia com o dólar em um dinamismo letal não tiveram mais esperanças (ou ainda as preservam com a vitória de Obama), enfim...
A culpa, já dizia o amigo ao outro, é também do governo norte-americano, que não estava preparado para enfrentar um rombo econômico gigantesco como esse e por não ter planejado uma forma alternativa para servir de alicerce contra esse desmoronamento da economia, e mais de vidas e de sonhos. Por exemplo, se ao invés de financiar 100% dos imóveis, em sua época áurea, à população estadunidense, financiasse 80%%... Essa era a teoria dele. E o outro, como que resignado, continuava concordando e sonhando com uma situação melhor.
Isso é real. Acontece no mundo todo, apesar do presidente Lula já ter declarado que a economia brasileira está sobre controle, porém nem todos os brasileiros estão. Ora, muitos cidadãos brasileiros sofrem com os estilhaços deixados pela crise, pois trabalham em multinacionais e, assim como essa conversa, são só mais um exemplo ao descaso e ao acaso...

Obs: tentativa de crônica ou de representação de um diálogo. Agradeço a colaboração de Alexandre (mesmo sem ele saber que colaborou).

17 de janeiro de 2009

Por dentro da Band – A Estrutura da Casa de Verão (Parte 1/5)

Olá visitantes do H&R. Começo a postagem comunicando vocês que ficaremos sem rankings por algumas semanas. O motivo é nobre. Inicia-se hoje uma série de reportagens no qual vocês poderão conhecer como funciona um canal de Televisão, suas etapas para o processo de produção e como pensam os profissionais que trabalham para transmitir informações para milhares de pessoas.

Através de alguns contatos, um pouco de sorte e receptividade, conseguimos vasculhar os bastidores da Rede Bandeirantes do Rio Grande do Sul, ou simplesmente Band-RS. Essa série será dividida em cinco partes. Hoje mostrarei para vocês como é estrutura da Casa de Praia da Band em Torres.

Como no Litoral do Rio Grande do Sul nenhuma das grandes redes comunicação do estado (RBS, Record, Band e Pampa) tem afiliados, no período de Verão é tradição no Rio Grande do Sul serem montados estúdios avançados para melhor transmitir as notícias do Litoral para Porto Alegre e para o resto do estado.
Há cinco anos a Band-RS tem a casa de verão na praia. O evento é o 2° maior em termos de faturamento (perde apenas para o Miss Rio Grande do Sul) e o maior em termos de tempo de utilização e tamanho estrutural. “O projeto começou em 2003, época da profissionalização na Band do estado. Começamos em Tramandaí, fomos para Xangri-lá e há 2 anos montamos a casa de verão em Torres”, afirma Carlos Totti, gerente de eventos do grupo e responsável pelo projeto em Torres.

Totti explica como acontece todo o planejamento e o processo de construção do estúdio. “A Band de São Paulo envia a afiliada de Porto Alegre o valor total que deve ser gasto no projeto. Depois disso, a gerência e a diretoria da rede aprovam o que deve ser gasto em cada item. Muitas pessoas participam do processo. Enquanto o departamento comercial mostra o projeto em busca de apoio, o departamento de eventos faz a parte prática. Meu objetivo é entregar o projeto no tempo certo e com o menor gasto possível”, diz o gerente de eventos da Band.

Na casa de verão são geradas reportagens para TV e rádio. O jornal de Verão (de segunda a sexta-feira às 13:00 horas) e alguns programas da rádio Bandeirantes e da rádio Ipanema são transmitido diretamente do link no litoral. Em alguns Sábados do verão, o Band Cidade (principal telejornal da Band-RS) também está na cidade de Torres, com toda equipe de produção, repórteres e âncoras.

Na casa há um estúdio de Rádio e outro de TV, uma mini-redação, onde são planejadas e executadas as matérias e uma suíte máster. Suíte máster para quem não conhece é o local onde as imagens e áudios são geradas (enviadas) para Porto Alegre para serem editadas. Em média são feitas três reportagens por dia no Litoral gaúcho.

PS: Carlos Totti, gerente de eventos da rede Bandeirantes tem um blog. O endereço é http://sem-ensaio.blogspot.com/. Confiram. Agradeço a toda equipe de produção e de jornalismo da Band-RS pela oportunidade, em especial à repórter Fernanda Farias.

Semana que vem: Na segunda parte de Por dentro da Band, converso com Fábio Canatta, coordenador de jornalismo da TV bandeirantes do Rio Grande do Sul. Em cinco respostas, Canatta ajuda nos mostrar como é a cara do jornalismo de uma das maiores empresas de comunicação do estado. Não percam. YOSHI!

16 de janeiro de 2009

A Tempestade

Já eram 10 da noite... Ou 11. Ou algo assim. Pra ele não importava. Tudo ainda continuava estranho e sem explicação, fosse a hora que fosse. Ele era o contraste entre uma folha branca e uma nuvem de verão. Ausente, imperceptível ou quem sabe impossibilitado de existir, não importa. Fosse o que fosse, era aquilo - e continuaria sendo aquilo.

A janela resistia bravamente às rajadas de chuva, mas não se podia dizer o mesmo das árvores lá fora. Algumas perdiam folhas, outras galhos... Um jovem ipê cedeu abraçando o poste ao seu lado. Foram ambos ao chão, assitidos de perto pelo carro vermelho estacionado metade na rua, metade na calçada. Na mesma hora, todo o bairro resolveu se esconder nas trevas. Mas aquilo não era seu problema. Definitivamente, aquilo não era o seu problema. Mas de quem era, então?

Provavelmente da companhia elétrica. Sim, claro, da companhia elétrica! Alguém deve estar mandando outro alguém ir lá arrumar o problema nessa mesma hora... Mas quem estaria vindo para colocar um poste no lugar no meio de uma tempestade? Ninguém em sã consciência iria pra rua com aquele tempo...

Ele foi.

A tempestade que caía do céu era pouco perante a tempestade que caía na sua cabeça. As ruas movimentadas de dia, agora estavam engarrafadas de ar e água, muitas vezes mais água que ar. Muitas vezes faltava ar.

Os óculos o cegaram rapidamente, logo após a primeira gota cair no vidro. Mas ele preferia assim, sem ver nada. Ele já estava acostumado a não ver pra onde estava indo. Ele apenas ía.

A jaqueta de frio encharcada pesava cada vez mais nos ombros, mas ele nem ligava. O jeans grudava nas pernas enquanto ele deslizava pela rua deserta de gente. Pelo meio do asfalto da avenida principal. Algo praticamente inimaginável. Sentiu um gosto diferente na boca. Era o que diziam ser "liberdade". E então ele gritou. Gritou pra quem quisesse ouvir, pra todo mundo ouvir, gritou pro mundo todo! E foi naquele instante, naquele momento mágico em que ele gritava de braços abertos no centro da cidade inundada que... ninguém o ouviu. E ele parou de gritar. Mas por que? Porque havia uma garota. Sim, havia uma garota! Que estava a milhas de distância, ele nem sabia quantas. Que ele não sabia onde estava, mas ela existia. Ele não sabia o que ela fazia naquele momento, mas ela existia. Ela não o esperava, talvez esperava outro. Talvez ele a esquecesse, talvez tomasse um fora só porque ele não era parecido com o que ela procurava - um cara parecido com o Elvis, porém fiel, diga-se de passagem.

Ele continuou. Cego, sujo e molhado, até se dar conta de que tinha tropeçado no próprio portão. Entrou. Tirou as roupas e riu como um fantasma ao ver um homem preso a uma escada, colocando os últimos cabos no novo poste. O jovem ipê não teve a mesma sorte. Subiu em um caminhão, pra nunca mais voltar.

Deitou no azulejo frio, mas não se secou. Ficou pensando o motivo pelo qual aquele homem tinha saído naquela chuva pra recolocar o poste. A luz voltara. Ele viu os postes se acenderem, um a um, através da janela, mas não fez questão nenhuma de ligar o interruptor. Concluiu que aquele devia ser o trabalho daquele homem, o de recolocar postes em tempestades. Mas e ele? Por que tinha saído? Simples. Porque na chuva ninguém vê que você está chorando.

15 de janeiro de 2009

“Falamos apenas como leões, mas nos sacrificamos como ovelhas”

Antes de conversarmos sobre o tema do título, uma ‘pequena’ introdução:

Counting Crows é uma banda americana de rock alternativo. Formada em 1991 em São Francisco, pelo vocalista Adam Duritz e o guitarrista David Bryson. Você, caro leitor, provavelmente já deve ter ouvido algo deles, a não ser que não tenha visto o primeiro filme da trilogia Shrek (ao som de Accidentally in Love). Ou que nunca tenha se flagrado cantarolando o refrão da música Mr Jones.
Que seja. A propósito, o nome da banda foi citado aqui pelos créditos da frase que dá o título deste post. A frase original é da música Round Here, do álbum Films About Ghosts. Importante mencionarmos também que o texto de hoje não tem pretensão alguma de discutir arranjos e riffs ou os instrumentos utilizados para tocar tal música. Afinal, já temos alguém (dá-lhe, José Renan!) aqui do blog para tal trabalho.

Enfim, vamos ao que interessa:

Alguém já tentou? Tentou fugir dos conceitos da sociedade para deixar de ser tratado como um cordeirinho? Se conseguiu, parabéns. Caso contrário, junte-se à maioria e continue a viver nesse mundo em que normais são aqueles que seguem regras. Fortes como leões. Será mesmo?

Obedecemos às regras porque concordamos (perdão pela generalização aqui) com elas ou porque tem medo das conseqüências? Onde quer que estejamos, existirão regras. Elas talvez possam organizar a sociedade. Logo, fazem-na pensar mais, certo? Quem sabe. Há quem diga que o papel de submisso acarreta em uma personalidade sem personalidade, diga-se de passagem.

Que tal fazer algo sem pensar nas conseqüências e nem no que a sociedade dirá sobre isso? “Isso é fácil!”, diriam muitos leões. Aí vai de cada um: gritar em um lugar de silêncio, explodir alguma coisa, deixar de fazer algo comum, amar de verdade... Se já pensou em fazer algo parecido ao menos uma vez na vida, você é considerado normal. Se já teve vontade, é corajoso. E se já fez, é um louco. E precisamos de mais gente assim. Apenas torço para que todos não optem pela loucura. Isso seria comum demais. Afinal, nas palavras de Adam Duritz,

Round here we're carving out our names
Round here we all look the same
Round here we talk just like lions
But we sacrifice like lambs”.

Aos curiosos que se interessaram por ouvir a música, aqui estão os links dos vídeos: Round Here (ao vivo) 2008 e Round Here (video original). Aos que leram até aqui, leões ou ovelhas, recomendo, de maneira extrema, o ao vivo de 2008.

13 de janeiro de 2009

Nem tão originais assim...


Pode parecer que a escritora Stephenie Meyer teve uma ideia originalíssima: um vampiro namorando uma garota comum! Porém, observando o site Universo HQ (universohq.com) recentemente me deparei com a notícia de que uma série de livros ia virar mangá (http://universohq.com/quadrinhos/2009/n13012009_09.cfm) e me deparei com a curiosa história de uma menina e um vampiro que se apaixonam. Interessante, não? O mangá é baseado numa série de cinco livros da escritora Ellen Schreiber.
Harry Potter também tem um "curioso equivalente similar". Entre 1990 e 1991 foi publicada a a minissérie de quadrinhos em quatro edições, Livros de Magia, escrita pelo brilhante Neil Gaiman e pintada por John Bolton. Curiosamente o personagem principal é um bruxo orfão que vive em baixo das escadas, tem uma coruja de estimação e cujo destino é se tornar o maior bruxo de todos os tempos. E algum tempo depois se matrícula numa escola de magia. Tudo isso 7 anos antes do lançamento de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Curioso não? Porém, Neil Gaimen afirma que somente no quadro geral a história eh parecida, já que ela "se difere nos detalhes", segundo próprio autor.
Diferenças a parte, o importante é que essas séries geram um lucro danado e algumas horinhas de diversão, seja lendo os livros, vendo os filmes ou jogando os games. Mas sempre tem quem diga que o original é melhor que a cópia famosa. Será?

12 de janeiro de 2009

Qual a programação para hoje?

- Comportamento/ Mídia (mais uma...) -

Atualmente o público cultua os chamados ‘reality shows’, que como o próprio nome revela é a vida apresentada para milhões de telespectadores curiosos. Essa novidade é o frenesi do momento gerando, portanto, ibope, lucro e várias edições esperadas com “euforismo”, como a profecia de Orwell em seu livro “Grande Irmão” se concretiza (leitores, perdoem-me a imprecisão).
Essa programação é mania nacional. As maioria das pessoas têm grande interesse em especular a vida dos outros (voyeurs), assistir brigas, cenas mais ‘callentes’ ou até o relacionamento mais sentimental, sexual ou conflituosos dos participantes, ou seja, o cotidiano, dito, o vivido por nós.
A grande popularidade desse tipo de programa deve-se, principalmente, como já registrado acima, ao prazer dos expectadores em espionar a vida alheia, por solidão, talvez, ou por pura curiosidade, como se fossem ‘espiões anônimos’! Percebemos o quão surpreendente é a mente humana que se deixa envolver pelos ‘Big Brothers do mundo’.
Os ‘reality shows’ sobrevivem devido à identificação do telespectador com os participantes, exibicionistas, que aproveitam para criar um sucesso baseado na imagem passada pela TV. Isso cria grande fissura, deixa as pessoas viciadas (chegam a ver só isso durante o dia todo, e as TVs a cabo lucram muito com pacotes dessa programação), em alguns casos, extremos, vivem em função do programa, agem como participante do mesmo.
Com tudo isso, é inevitável não questionar o comportamento da televisão. Seria apelativo (desculpe pela repetição consecutiva da reflexão, o tempo urge e é mais um texto atualizado... hehehe, afinal o BBB9 começa amanhã =D...=S). Muito mais que isso, é uma mesmice de besteiras sem nenhuma informação (o alvo de críticas), porém é liberdade de cada um escolher entre contribuir, observar tais programações ou então não.

10 de janeiro de 2009

A morte da Rádio Atlântida

“Coldplay (a música da novela) fecha mais 30 minutos de programação pop na Atlântida. Também teve Rihanna, NX Zero, Offspring (esse se salva!) e Klaus e Vanessa. Vamos para um intervalo na programação pop (...). Top Five na Atlântida: As músicas indispensáveis para você viver a vida na Atlântida.”

Depois de alguns anos sem escutar a Rádio que ajudou a moldar meu gosto musical e que tive até a honra de fazer uma comercial quando era mais jovem (mas essa história fica para outra hora), resolvi sintonizar o 104,7 da Atlântida Beira-Mar. Quando escutei o locutor falar o trecho descrito acima me senti muito triste, pois parecia que algo havia se perdido no tempo, mas não parou por aí, ele continuou após o intervalo...

“E aí galera, acabamos de escutar a versão Hip-Hop do sucesso do Exaltasamba, que é presença garantida no Planeta Atlântida do mês que vem (o Planeta é um festival que acontece todo ano em Florianópolis e na Praia de Atlântida-RS). Antes o sucesso de Rihanna (de novo) que tocou primeiro na rádio do planeta e ainda D’yer Mak’er (oba, ainda temos esperanças) em versão Hip-Hop (fim das esperanças). Estas foram as músicas indispensáveis para você viver a vida na Atlântida.”

Dez minutos sintonizado na rádio já me serviram de inspiração para escrever esse texto. Nunca imaginei que essa rádio ia chegar ao ponto de tocar Exaltasamba. Será que eu fui cândido? Lembro-me muito bem de um dia que uma ouvinte ligou e perguntou por que não tocava pagode na rádio e a resposta foi que se quisessem escutar pagode que colocasse em outra estação. Esse era o espírito. Eu não tenho nada contra pagode, sertanejo, hip-hop, funk, cantores pop e etc, mas eles já têm o espaço deles em outras rádios.

Graças a Atlântida eu conheci Pearl Jam, Ramones, Nirvana, U2, Semisonic, Kings Of Leon, The Vines e diversas outras bandas e graças a ela eu consegui passar minha adolescência livre de saber a letra das músicas do KLB, da Wanessa Camargo do P.O. Box e outras bandas que já sumiram. Essa é minha mágoa. Acabou-se um espaço direcionado a certo público. Claro que as rádios sofreram um baque com o advento da internet, mas eu acredito que ainda existam pessoas o suficiente que consumam o produto rock (ou pelo menos pop rock).

Um outro detalhe. A Atlântida sempre valorizou as bandas de rock do Rio Grande do Sul e foi uma das grandes responsáveis por elas atingirem certo sucesso. Hoje não se ouve mais bandas gaúchas na rádio, exceto Fresno. Será que os Emos são os novos salvadores do Rock? A última vez que escutei essa rádio frequentemente foi em 2003, já faz muito tempo. Será que a Atlântida apenas acompanhava as tendências da época e acompanha as tendências de hoje?

Esse é o texto mais saudosista que escrevo desde o começo do H&R. Concluo que são esses acontecimentos, como a mudança de programação de uma rádio que servem para mudar os gostos das pessoas. Talvez por isso que é cada vez mais difícil encontrar alguém que goste apenas de rock e é cada vez mais fácil encontrar aqueles que gostem só de sertanejo. De fato, a Atlântida não está morrendo, talvez esteja até crescendo comercialmente cada vez mais, mas com certeza está ajudando a matar o rock e suas variáveis. YOSHI!

9 de janeiro de 2009

Milli Vanilli: O Maior Fiasco da História da Música Mundial

Hoje eu vou falar sobre uma dupla não muito conhecida, mas que ganhou até um Grammy e tem uma história muito interessante. Ombreiras, terninhos combinando, cabelo rastafari e dancinhas marcantes. Um ícone da música dos anos 80, um sucesso mundial, mas que foi desmascarada impiedosamente. A dupla alemã Milli Vanilli.


A história começa em 1988 com um produtor maluco chamado Frank Farian. Esse cara queria ganhar dinheiro fácil e rápido, e então montou uma banda de reggae e dance music (?) encabeçada por Fab Morvan e Rob Pilatus, que eram ótimos dançarinos. A dupla fez sucesso rápido, sendo reconhecida mundialmente. Entre os anos de 1988 e 1990, eles lançaram 5 singles. São eles "Girl You Know It's True", que alcançou a 2ª posição nas paradas americanas, "All or Nothing", que ficou em 4°, e os 3 primeiros lugares "Baby Don't Forget My Number", "Girl I'm Gonna Miss You" e "Blame It On the Rain". Mas foi aí que a coisa começou a desandar.

Em 1989, num show em Bristol, Connectcut, o playback da música "Girl You Know It's True" travou e ficou repetindo o verso "girl you know It's... girl you know It's..." na frente de 80 mil pessoas. O problema é que o show era pra ser ao vivo! Detalhe: a MTV estava transmitindo a apresentação pra todo o EUA. Os críticos ficaram bem desconfiados na época, mas como não havia provas de nada, só ficavam na especulação. Logo abaixo segue o vídeo:



Apesar disso, em 21 de fevereiro de 1990, a dupla ganhou o Grammy de Melhor Artista Estreante pela música "Girl You Know It's True". Enquanto isso, os rumores de que havia algo errado só aumentava. O sucesso tinha subido à cabeça da dupla. Rob Pilatus chegou inclusive a se comparar com Bob Dylan, Mick Jagger, Paul McCartney e Elvis Presley.


Só que em 15 de novembro de 1990, o empresário Frank Farian abriu o jogo: as vozes gravadas não eram as de Rob Pilatus e Fab Morvan! Os verdadeiros intérpretes eram Charles Shaw, John Davis, e Brad Howell, que faziam o papel de backing vocals nessa banda de mentirinha. Farian tinha colocado Rob e Fab como os cantores verdadeiros porque eles possuíam uma boa imagem, eram "vendáveis". O empresário os desmascarou porque os dançarinos e pseudo-cantores estavam fazendo pressão para canterem no próximo álbum. (eles lançaram um disco com suas vozes verdadeiras um tempo depois. Foram massacrados pela mídia).


Daí pra frente foi ladeira abaixo: a dupla perdeu o contrato com a gravadora, o Grammy foi cancelado, e eles tiveram que reembolsar as aproximadamente 10 milhões de pessoas que tinham comprado o disco. Pilatus, depressivo e viciado em cocaína, cortou os pulsos e ameaçou se jogar da janela de um hotel em Los Angeles. Foi contido por policiais. Já em 1995 ele foi preso acusado de assalto, agressão (tentou atacar um homem com uma luminária), vandalismo e tentativa de roubo de um carro. Passou meses na prisão, até que o empresário Farian pagou para ele se internar em uma clínica de reabilitação.

Farian produziu em 1997 um novo disco de Milli Vanilli, dessa vez com Rob e Fab nos vocais. Em 1998, às vésperas do início da turnê do novo álbum, Rob Pilatus foi encontrado morto por overdose. Depois disso, Fab Morvan já tentou ser DJ, cantor, locutor, mas não teve muito sucesso. Hoje ele tenta lançar um disco solo por conta própria. Algumas faixas estão no MySpace. Logo sairá um filme que conta a história da dupla, produzido por Jeff Nathanson (Prenda-me Se For Capaz).

E esse é tido como o maior fiasco da música em toda a história. Que loucura!

8 de janeiro de 2009

Livre ditadura à criança


A cada dia que passa, os pais se vêem obrigados a enfrentar, cada vez mais, novos desafios, a fim de garantir o futuro de seus filhos. Para muitos, o desencargo de consciência é menor se toda a responsabilidade for jogada para escola. Ledo engano, visto que o caráter de cada um forma-se em casa. Eis que é então levantada uma eterna questão: como educar?

Cautela não significa radicalismo. Impedir a toda hora que a criança manifeste suas ações e opiniões é um passo certeiro para a formação de um jovem reprimido amanhã. Tal jovem, depois de amanhã, pode vir a ser aquele adulto que expulsa toda aquela repreensão em forma de violência.

Pensando assim, muitos pais optam pelo estilo “livre-arbítrio”. Este pode ser uma perigosa arma, se não usado adequadamente. Isso deve estar acompanhado por algo conhecido como bom-senso. Afinal, chegará – mais rápido do que se possa imaginar – o dia em que os pais terão de deixar seu filho nas mãos de uma sociedade competitiva e repleta de regras.

Como afirmam os pesquisadores, para algo ser saudável, é preciso equilíbrio, e o quesito educação não foge muito a tal ideologia. A escola tem sim um importante papel formador na vida de uma criança. Os limites continuam a ser bons aliados contra o capitalismo excessivo e a rebeldia quase que inevitável. Nem por isso o futuro da humanidade, ou melhor, dos filhos dela, está perdido. O segredo é balancear a cautela com a liberdade e assumir que a responsabilidade-mor cabe aos primeiros referenciais de toda nova vida: os próprios pais.

5 de janeiro de 2009

De quem é a falha?



Hoje a notícia é triste. É sobre morte. Vou fazer um suspense, fora do padrão do jornalismo impresso diário (o tal do ‘lead’ que me perdoe, mas ando fugindo dele ultimamente).
Tanta gente morre por falta de condições, no mínimo, razoáveis de saneamento, falta de atendimento na saúde pública; morrem nas tragédias ocorridas devido às mudanças climáticas, devido ao comportamento de outras pessoas que causam diversos acidentes. Tantas pessoas morrem na miséria, por causa da miséria; morrem, também, devido as tristes doenças, que as ‘levam’ sem piedade.
Animais morrem; flores morrem; sentimentos, também, morrem; a saúde morre! É tanta morte...
Porém a morte em questão, veiculada no programa Fantástico e no Jornal Hoje, da Rede Globo, nos dias 04 e 05 de janeiro, respectivamente, foi a do boi, aquele lá, da novela. O boi Bandido, que aos 15 anos de vida, faleceu por causa de um tumor. Ele, que contracenou com Murilo Benício, na gravação da novela América, e ficou ‘famosão’ por tal feito foi enterrado em Barretos, como todo bom boi, imagino.
A notícia triste não está diretamente ligada a morte (não é insensibilidade, nem falta de valores, os animais merecem todo nosso respeito), mas sim ao descaso que a mídia faz com as questões de critérios de noticiablidade. É tanto cuidado, é tanto jornalista trabalhando por notícias mais ‘pesadas’, digamos assim, contando com a sorte e com o gosto da edição, para que elas possam ir ao ar, porém a morte do boi é mais importante... tantos bois já morreram e os coitadinhos nem foram lembrados, então eu me pergunto para quê tanta ênfase ao ‘valor notícia’, a relevância e interesse que a notícia deve promover ao expectador, nesse caso?! Tudo pela fama?!
Difícil entender. Para mim, que estudei um pouco disso na faculdade, foi um pouco confuso, até rir eu ri. Não que devesse rir, mas foi incontrolável. Talvez seja por isso que os jornalistas sejam considerados arrogantes e donos da verdade, já que riem ou fazem descaso de algo, porém, ás vezes, isso não é verdade, é só pelo fato de contestar ‘maneiras’ de tratar de assuntos diferentes (já puxando a ‘sardinha’ pro lado dos jornalistas).
Esse texto não contesta valores, nem vai contra os animais ou a natureza, já que é natural nascer, crescer e morrer, mas vai além. O texto ‘pede’ para que as pessoas sejam criticas ao assimilar as notícias e participem do processo de informação, de veiculação de conhecimento. Como expectadora e, no caso, contribuinte do blog, não pude deixar de lado a minha observação e minha expressão em primeira pessoa.

3 de janeiro de 2009

Ranking mundial e brasileiro de times de futebol


Olá amigos do H&R. Trago hoje para vocês o ranking de clubes de futebol do Brasil, calculado pela revista Placar e um esboço de um ranking mundial de clubes, feito pelo Histórias e Rankings e baseado apenas em títulos mundiais e continentais.

Com o final dos campeonatos de futebol referentes à 2008, o ranking de clubes de futebol no Brasil sofreu leves modificações em relação ao que foi publicado em Agosto desse ano. O critério de cálculo desse ranking pode ser encontrado em http://placar.abril.com.br/ranking/. Particularmente, acho esse ranking uma das melhores referências para o assunto e por isso o utilizo. O título do Campeonato Brasileiro, conquistado pelo São Paulo e o da Copa Sul-Americana, que o Internacional ganhou modificaram poucas coisas no ranking nacional de times.

A novidade que trago para vocês é um Ranking de clubes do futebol Mundial. Esse Ranking levou em conta apenas os títulos do Mundial Interclubes (que vale três pontos), Taça Libertadores e Copa dos Campeões da Europa ( Que valem 2 pontos) e dos campeonatos continentais da África, Ásia, Oceania e América do Norte e Central. Como tinha dito antes, esse ranking é apenas um esboço e estou disposto a receber propostas de melhorá-lo, já que não encontrei nenhum ranking mundial de clubes aceitável.

Os dois rankings tem elementos peculiares que devem ser destacados e que provam que a matemática em alguns casos é burra no futebol. No Ranking da Placar entre os 30 primeiras há até o extinto Paulistano, que está logo a frente de Náutico e Goiás. Já no Ranking Mundial Arsenal e Barcelona estão ausentes e dão lugar para Al Ahly e Zamalek do Egito na lista dos 30 primeiros. Mas as primeiras posições dos rankings são ocupadas por São Paulo e Real Madrid. Confira abaixo a posição de seu time e um feliz 2009 para todos. YOSHI!


Ranking brasileiro de clubes

1º São Paulo SP 386 Pontos
2º Flamengo RJ 342
3º Santos SP 324
4º Palmeiras SP 315
5º Grêmio RS 297
6º Cruzeiro MG 290
7º Corinthians SP 282
8º Internacional RS 271
9º Vasco da Gama RJ 254
10º Fluminense RJ 231
11º Atlético Mineiro MG 188
12º Bahia BA 164
13º Sport PE 164
14º Botafogo RJ 158
15º Coritiba PR 117
16º Paysandu PA 96
17º Remo PA 91
18º Vitória BA 84
19º Ceará CE 82
20º Atlético Paranaense PR 81
21º Fortaleza CE 78
22º Santa Cruz PE 72
23º América Mineiro MG 67
24º Paulistano SP 66
25º Náutico PE 63
26º Goiás GO 57
27º ABC RN 50
28º América-RJ RJ 42
29º Nacional-AM AM 40
30º CSA AL 37


Ranking mundial de clubes

1º Real Madrid ESP 27
2º Milan ITA 26
3º Boca Juniors ARG 21
4º Indepediente ARG 20
5º Peñarol URU 17
6º São Paulo BRA 15
7º Nacional URU 15
8º Ajax HOL 14
9º Manchester United ING 10
10º Porto POR 10
11º Bayern Munique ALE 10
12º Juventus ITA 10
13º Internazionale ITA 10
14º Santos BRA 10
15º Liverpool ING 10
16º Olimpia PAR 9
17º Estudiantes ARG 9
18º River Plate ARG 7
19º Grêmio BRA 7
20º Al Ahly EGI 6
21º Internacional BRA 5
22º Borrusia Dortmund ALE 5
23º Velez SArsfield ARG 5
24º Estrela Vermelha SER 5
25º Flamengo BRA 5
26º Feyenord HOL 5
27º Racing Club ARG 5
28º América MEX 5
29º Cruz Azul MEX 5
30º Zamalek EGI 5

1 de janeiro de 2009

Ano Novo, mudanças: será mesmo?

Pode parecer assustador, mas sempre existe alguém que cumpre o que prometeu no Reveillon. A propósito: quantas viradas de ano as suas promessas já passaram com você? Não apenas aqueles clichês de fazer exercícios físicos, emagrecer, estudar mais, comprar um carro ou ganhar na loteria. Estamos falando de planos que vão além das próprias promessas. Planos estranhos, que surgem no final do ano, talvez por esse espírito de revolução e nostalgia que contagia muita gente lá pelo final de cada dezembro.

Por que esperar o ano acabar para escolher uma mudança radical? Não que isso seja ruim, pois o próprio fato de se determinar a fazer algo é louvável. É o poder dos calendários, pelo que parece. Esperar o primeiro de janeiro chegar, para revolucionar algo que poderia ter sido feito em qualquer outro dia do ano, que não precisaria de fogos de artifícios para estourar na consciência daqueles que não fizeram nada o ano inteiro e só agora pretendem mudar.

Bom, se os estouros fazem tanto efeito assim, talvez seja por isso que o sentimento de mudança chega de quatro em quatro anos. Nas eleições ou Copas do Mundo, se o seu favorito ganhar, claro... Mas isso já é outra história.

Os planos de um ano novo feliz foram feitos bem antes da contagem regressiva. Hoje, primeiro dia dos 365 que hão de vir, a maioria se sente em férias. Independentemente da cor da roupa íntima vestida na noite anterior, talvez a ressaca da champagne tenha feito alguns se esquecerem daquela pequena lista de afazeres para uma vida melhor, em um ano melhor. E então? Desta vez, cumpri-las-emos?

Estamos em 2009, um ano com o mesmo número de dias do que qualquer outro (ignorem os bissextos), propício a mudanças, declarações, investimentos e/ou pedidos de desculpas. Como todos os outros. E, quem sabe, quando o 31 de dezembro deste ano chegar, a comemoração seja por termos realizado projetos de promessas de Reveillon 2009 e – por que não? – de 2010. Afinal, o ano que vem vai demorar muito, ainda. Adiantemos os planos e suas concretizações. Um Feliz Ano Novo para todos nós!

Related Posts with Thumbnails