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22 de outubro de 2010

O que você ganha por ser fiel a um partido?


Existem políticos que têm a imagem diretamente ligada a um partido político. Normalmente são fundadores ou cofundadores e que a vários anos representam uma bandeira. Por outro lado, há políticos que a cada eleição (ou mandato) trocam de sigla partidária, ou seja, são mais autônomos e usam o partido apenas para terem a oportunidade de serem eleitos.

Existem vantagens e desvantagens de se estar nas duas situações. Um candidato independente não precisa ficar preso a uma doutrina maior (que normalmente engessa muito de suas ideias), mas por outro lado parece não criar uma identidade que cative o público.  Isto pode resultar em perda de simpatia e consequentemente de votos. Em piores níveis esta falta de identidade pode resultar inclusive no fim da carreira política de alguém.

Já um candidato ligado por toda carreira a um partido tem a garantia de conseguir uma “cara ideológica”, ou seja, consegue manter uma identidade e uma bandeira que o mantém próximo de um público alvo. Por outro lado, um político ligado a um partido é muitas vezes engessado pela ideologia. Isto pode acabar o prejudicando na hora da tomada de algumas decisões. Além disso, candidatos assim afastam muitas pessoas que não tem simpatia pela ideologia do partido.

O número de trocas de partido político diminuiu após a aprovação da lei da fidelidade partidária, que foi criada em 2007. Esta lei prevê que os mandatos pertencem aos partidos e não aos políticos e que quem troca de partido corre o risco de perder o cargo para o qual foi eleito. Para aqueles que estão cumprindo um mandato a melhor opção é se manter fiel a um partido. A não ser que a situação esteja tão insustentável para se preferir perder o cargo ao manter em uma sigla.

Para quem está eleito a melhor opção é se manter em uma sigla, mas o que é melhor para quem está concorrendo ou pensando em concorrer em uma eleição: se manter fiel a uma sigla ou trocar de partido quando ele não condiz com suas ideias? A resposta é se manter no partido, salvo a hipótese que ele pode te prejudicar nas urnas. Manter uma identidade ajuda na hora das eleições.

Por isso, pense muitas vezes antes cogitar trocar de um partido. Isso pode resultar em descrédito do eleitorado e ainda pode causar problemas com a justiça eleitoral. Não se esqueça manter uma posição política é algo muito importante.  Afinal só assim que você vai mostrar para o eleitorado que está firme em seus objetivos e ideologias. É desta forma que se conquista a simpatia da população. 

Artigo escrito para o site Fiscaliza Brasil em 2010

Santinhos e cartazes: uma forma de fortalecer a imagem de um candidato


Quem quer se eleger tem que investir muito em publicidade. E uma das formas mais tradicionais de fazer o eleitor memorizar o número de um candidato é através da publicidade impressa. Apesar das novidades da publicidade na web, a distribuição de santinhos e cartazes é primordial para quem quer ser lembrado nas urnas. Mas como fazer este tipo de publicidade sem ser invasivo e ao mesmo tempo conseguir êxito?

Antes de tudo, temos que lembrar que dificilmente alguém decide votar em um candidato apenas olhando os santinhos e placas de publicidade. O uso deste tipo de recurso serve apenas para reforçar a campanha. Ou seja, serve para o eleitor “lembrar” que aquele candidato com boas ideias está concorrendo nas eleições. Com isso, devemos seguir algumas regras para a produção deste tipo de publicidade.

A primeira destas regras é em relação ao que devemos destacar em um cartaz ou santinho. O número de candidato é algo que deve estar em primeiro plano, pois o eleitor pode inclusive usar este papel para lembrar do seu número se ele simpatizar com você. Faça santinhos coloridos, pois chamam mais a atenção. Outra coisa que deve estar bem a vista (e muitos candidatos se esquecem) é algo que seja a sua marca. Uma boa sugestão é colocar algum bom projeto que você já fez pela sociedade (no caso de uma reeleição) ou então a sua primeira meta depois de eleito.

Tudo isso deve ser resumido em uma frase, principalmente no caso dos cartazes. Afinal, dificilmente alguém vai parar na rua para ficar lendo um cartaz muito longo. No caso dos santinhos, alguns compromissos podem ser firmados no verso do impresso. A parte de trás do papel não é muito usada pelos políticos e é um ótimo espaço para você poder expor as suas ideias. Só cuidado com as fontes muito pequenas, pois tem algumas pessoas que não conseguiriam ler direito suas mensagens. Não se esqueça de divulgar endereços de internet e e-mail nos santinhos para você tentar manter uma comunicação com os eleitores.

Não coloque mensagens no panfleto como “vote em mim”. Além de ser clichê, já está subentendido que você quer um voto do eleitor. Prefira mensagens que  seja uma marca diante dos eleitores. Algo de impacto. Na fotografia você tem que transparecer naturalidade e seriedade. Use a roupa que mais se aproxime do seu público alvo.

Todas estas dicas são muito importantes para quem investe em publicidade impressa. Porém, existe uma regra que deve ser a primeira a ser seguida em se tratando de santinhos e cartazes: o cuidado com a poluição visual. Um dos maiores problemas na época das eleições é a sujeira causada pelos papéis de candidatos. Fique de olho se seu rosto não está jogado pelas ruas. Afinal, exposição negativa é algo que você não deseja na sua campanha eleitoral. 

Artigo escrito para o site Fiscaliza Brasil em 2010

Candidatos sem chances de vitória: vale a pena votar neles?


 Eles não têm administrações políticas no currículo, tem pouca verba para publicidade eleitoral, são de partidos sem tradição e não tem espaço no horário político da televisão. Será que um candidato merece o seu voto, mesmo que ele não tenha a mínima chance de se eleger? A resposta é sim, desde que eles tenham boas propostas. Porém, você deve conhecer muito bem seu candidato antes de votar e esta tarefa pode ser dificultada quando se trata de alguém que não aparece tanto na mídia.

Este tipo de problema atinge principalmente alguns candidatos aos cargos de Senador, Governador e Presidente, já que nestes casos apenas os primeiros colocados das disputas conseguem se eleger. Nos casos de candidatos ao cargo de Deputado as chances de ganhar aumentam um pouco, mas os poucos votos que a legenda do partido recebe podem tornar a tarefa difícil. Mas então porque votar em um candidato que você sabe que não conseguirá se eleger.

A resposta é simples: ao contrário do que se pensa, não estamos desperdiçando o nosso voto quando escolhemos alguém que não vai ganhar a eleição. Um voto serve para mostrar a sua posição perante alguma questão e não apenas para se fundir com a maioria e eleger alguém. Ou seja, você não está apostando em quem vai ganhar (como se fosse uma corrida de cavalos) e sim escolhendo quem é o melhor.

Ok, você simpatizou com as ideias de um candidato nanico, mas não sabe se ele é apto para o cargo que você quer, já que (na maioria dos casos de quem não têm possibilidade de ganhar) nunca foi eleito para nenhum cargo eletivo. A saída pode ser tentar olhar para a atuação do candidato fora da política. Pode-se ver se ele já liderou algum movimento social ou então como foi a atuação dele na liderança de alguma empresa. Seja como for tente achar algum indício do passado do candidato que você simpatiza. Caso não encontre, repense seu voto.

Os candidatos nanicos normalmente têm menos espaço no horário eleitoral e também menos verba para difundir suas campanhas. Por isso, devemos prestar atenção nas propostas e no passado dos candidatos e não no investimento em propaganda eleitoral que ele faz. Certa parte do público tem tendência a se encantar com a beleza plástica de propagandas e menos com que o candidato está falando. Procure prestar mais atenção no conteúdo dos horários eleitorais mais do que na forma deles.

Um voto em um pequeno deve ser feito com tanto cuidado quanto em um grande candidato, mas se você já pesquisou, aprovou e confia nele não há porque não votar. Afinal, podem existir pessoas como você e se isso for verdade pode ser que as chances daquele candidato nanico não serem tão pequenas assim. Sem contar que para candidatos menores (que têm certeza que não vão vencer) cumprir a meta de conseguir certa quantidade de votos já seria uma vitória.

Artigo escrito para o site Fiscaliza Brasil em 2010

Segmentar as propostas pode ser o caminho para se eleger


Nas eleições a população escolhe seus representantes nos cargos do executivo e legislativo. Essa afirmação pode ser óbvia, mas ajuda na estratégia para um candidato conseguir se eleger. Uma vez que a população busca políticos que o representem da melhor maneira, uma das melhores formas de conseguir alguns votos preciosos dentro do pleito é se tornar a voz de um grupo específico.

Este tipo de estratégia funciona mais para quem deseja um cargo de Deputado Estadual, Deputado Federal e Vereador, pois estes cargos não necessitam da maioria absoluta de votos para conseguir a eleição. Segmentar as propostas ajuda um candidato na conquista de um público específico. Mais do que isso, ajuda a criar um laço com o eleitor. Afinal, estes grupos buscam alguém em quem confiar e tratar como um líder.

Claro que não dá para escolher um grupo a esmo e se auto proclamar representante deles. Há de se ter um ponto de intersecção com as pessoas que você pensa em representar. Só dessa forma um candidato conseguirá ganhar confiança. Este ponto de intersecção pode ser um fator geográfico (candidatos que representam uma região específica), de classe (candidatos que busquem os direitos de certa profissão) ou grupos (no caso a defesa de minorias como gays, sem terra ou grupos étnicos).

Uma vez que um político já tenha os seus objetivos traçados, ele tem que fazer um trabalho direto com a comunidade que irá representar. Quando se trata de um candidato que queira representar uma região específica, deve dar atenção especial para este local. Ele deve conversar com a população diretamente e fazer todos os projetos voltados para a região. Existem regiões que tranquilamente elegem um Deputado Estadual ou Federal. Você só precisa conquistar este espaço.

Quando se tratam de grupos específicos, a tarefa se torna um pouco mais complicada. Ao contrário de pessoas que moram em uma região, este público está mais espalhado. Existem dois facilitadores para se aproximar de um grupo em especial. O primeiro é tentar as organizações e sindicatos que representem estes grupos. Aliás, se você pensa em representar alguém já deve ser membro destes grupos que reivindicam direitos de uma classe.

A segunda arma é a web. Através dela você pode se aproximar de seu público e conseguir muitas sugestões que podem ser aplicadas depois que você for eleito, além de manter uma interação com o eleitorado. Obviamente não faça promessas falsas. O máximo que conseguirá disso é uma eleição e toda a raiva de um grupo que confiou em você como representante.

Não se esqueça: represente apenas um grupo pelo qual você faz parte. Não adianta dizer que defende o direito dos animais se você não faz parte de algum grupo de defesa dos animais. A mesma coisa se aplica com profissões e regiões: não adianta um médico querer defender os professores ou alguém que mora em São Paulo dizer que vai lutar pelos direitos da população de Campinas.

Por fim, saiba que você não é o único que deve estar tentando conquistar um público específico. Por isso, foque bem qual grupo você vai representar. Dizer que luta pelos direitos dos professores não vai ajudá-lo se você não mostrar algo que o diferencie dos outros candidatos que usam a defesa da educação em seus discursos. Pense bem e trace um objetivo que o aproxime o máximo possível do público alvo. Isto será bom durante as eleições e o ajudará na construção de um bom trabalho quando você for eleito. 

Artigo escrito para o site Fiscaliza Brasil em 2010

Compra de votos: um afronte a ética e democracia


Com as eleições chegando, os eleitores brasileiros (normalmente os mais humildes) correm o risco de sofrer com um problema que acontece desde antigos tempos do coronelismo: a compra de votos. Apesar da legislação eleitoral ter regras pesadas contra a prática, ainda é possível encontrar pessoas dispostas a comercializar a sua preferência por um candidato.

Mas Quanto vale um voto comprado? Apesar de ter um imenso valor moral, os votos de algumas pessoas podem ser comprados por valores irrisórios. Um voto pode valer um botijão de gás, um pouco de tijolos ou mesmo algum valor em dinheiro: 10, 20 ou 50 reais. Infelizmente, o que parece pouco (uma barganha) para quem paga, faz muita diferença para pessoas que não tem o básico para sobreviver.

O que os “comerciantes” de votos não percebem (ou não querem perceber) é que existe um valor simbólico muito forte agregado a compra e venda dos votos. O primeiro e óbvio é o valor moral-ético. Como cobrar honestidade de um político se o próprio eleitor tenta vender algo que não deve (ou deveria) ser comercializado. E como cobrar algo depois do político ser eleito se você já recebeu um “pagamento” pelo seu voto.

O segundo item que é atacado toda vez que há venda de votos é a questão democrática. Por muitos anos os brasileiros lutaram pelo direito (e dever) de votar. Vender o voto é desrespeitar esta luta e fazer que todas as pessoas que deram a vida por esta luta simplesmente não tenham valor. Além de tudo, a compra de votos acaba manipulando as eleições. Com esta prática nem sempre o melhor candidato ganha,  já que pode acabar virando uma disputa de quem compra mais votos.

Pelo lado dos políticos, comprar votos tem sido cada vez mais um péssimo negócio. Com a lei Ficha Limpa, a simples suspeita de corrupção já serve para tornar os candidatos inelegíveis. Além disso, com as eleições automatizadas fica cada vez mais difícil saber se o eleitor realmente votou no candidato que comprou os votos. Além da questão ética e fiscalização de ONGs contra esta prática. Com isso, comprar votos acaba sendo dar um tiro no pé, não só para os eleitores como também para os candidatos.  

Por isso, diga não a comercialização de votos. Quando elegemos políticos competentes, com certeza acabamos ganhando muito mais do que alguns “presentes” que aparecem de dois em dois anos para nos testar. O seu voto vale muito mais que isso.

Em tempo: Se você sabe de algum tipo de prática de compra e venda de votos, pode denunciar diretamente ao Ministério Público Federal através do site http://www.presp.mpf.gov.br/denuncia/. Também pode denunciar no Tribunal Superior Eleitoral no site xxx ou Tribunal Regional Eleitoral do seu estado. 

Artigo escrito para o site Fiscaliza Brsil em 2010

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