Movimentos sociais e entidades da sociedade civil realizaram a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação pelo sexto sexto ano consecutivo. Neste ano as atividades foram focadas na luta pela realização na Conferência Nacional de Comunicação e na revisão do processo de concessão de rádio e TV.
Depois da queda do muro de Berlim e o previsível fim da bipolarização do mundo, os meios de comunicação, aparentemente, foram democratizados. O acesso a eles está bem mais fácil e qualquer pessoa pode usar seu celular ou câmera digital e mandar um vídeo para o jornal ou a foto para uma revista, por exemplo. As pessoas se sentem mais inseridas na produção na notícia e no cotidiano do país.
Acontece que essa democratização é limitada de acordo com os interesses das agências de comunicação.
Depois da queda do muro de Berlim e o previsível fim da bipolarização do mundo, os meios de comunicação, aparentemente, foram democratizados. O acesso a eles está bem mais fácil e qualquer pessoa pode usar seu celular ou câmera digital e mandar um vídeo para o jornal ou a foto para uma revista, por exemplo. As pessoas se sentem mais inseridas na produção na notícia e no cotidiano do país.
Acontece que essa democratização é limitada de acordo com os interesses das agências de comunicação.
O espaço de um canal é nosso. O espectro magnético, ar, por onde as ondas de rádio e TV passam é espaço concedido às empresas da mídia. A discussão sobre a concessão desses espaços tece o ambiente midiático e é recente quanto à aprovação pela democracia dos meios de comunicação .
Para mudar o cenário de mecanismos de controle do mercado de comunicação no país, a população deve participar da definição de como e por quem esse espaço deve ser ocupado. Os grupos e movimentos sociais são apoiadores da questão da democratização.
A sociedade precisa ser igualitária, já que o acesso, teoricamente, é público. Uma solução para o acesso democrático dos meios são os meios alternativos de comunicação, a chamada mídia independente que é o tipo de mídia que não está sob o controle de grandes grupos de comunicação, e que não está vinculada a compromissos com anunciantes, grupos políticos ou instituições governamentais. Ela vai em contra-mão a Mídia Corporativa (ou "Grande Mídia").
A rádio comunitária é um meio alternativo de comunicação constituído através de entidades que tem a concessão legal para transformar em baixa freqüência, sendo seis anos de luta das rádios comunitárias pela outorga de rádio e TV, ou seja, a democratização da comunicação.
A questão da democratização acompanha esse tipo de mídia. As emissoras da rede comercial não estão cientes da realidade social, operando na sociedade, porém não abrem espaço para ela. Nesse cenário, o público torna-se alvo da comunicação. Enquanto as rádios comunitárias sobrevivem com o apoio cultural (fonte de renda condizente com as necessidades do veículo, ou menos, mas sempre algo que não caracterize lucro), Mas esse apoio, além de insuficiente, muitas vezes é falho. Existem problemáticas quanto à concessão de rádios na mesma freqüência. Em uma sociedade moderna cheia de aparatos tecnológicos, as rádios comunitárias são colocadas na indigência.
As concessões de rádio têm que ser renovadas a cada dez anos e as de TV a cada 15. Duzentos e vinte e cinco processos foram encaminhados para o Senado e apenas 38 renovados. A regulamentação é falha ao fiscalizar tais concessões.
Muitas são as reivindicações sobre a democratização da mídia, recentemente, para essa questão ser pautada nas Assembléias Legislativas. É uma discussão técnica e política para identificar o que é preciso ser sanado para que haja maior pluralidade, regionalização e independência.
A proposta é que os três sistemas midiáticos: estatal, comercial e comunitário; estejam em equilíbrio ao reformar o sistema de comunicação do país para interesse e participação do povo. O cenário dos meios alternativos de comunicação precisa de força conjunta da sociedade para que esta atividade inicial torne-se realidade, fazendo valer as defesas colocadas em voga.
A luta pela democratização está aí: permeando nossos dias. O objetivo é que a sociedade participe ativamente levantando essa bandeira. Não é utopia, não! É uma forma de tentar deixar melhor locus midiático/público no qual todos nós estamos envolvidos ou inseridos (a leitura, aqui, fica a vontade).
Para mudar o cenário de mecanismos de controle do mercado de comunicação no país, a população deve participar da definição de como e por quem esse espaço deve ser ocupado. Os grupos e movimentos sociais são apoiadores da questão da democratização.
A sociedade precisa ser igualitária, já que o acesso, teoricamente, é público. Uma solução para o acesso democrático dos meios são os meios alternativos de comunicação, a chamada mídia independente que é o tipo de mídia que não está sob o controle de grandes grupos de comunicação, e que não está vinculada a compromissos com anunciantes, grupos políticos ou instituições governamentais. Ela vai em contra-mão a Mídia Corporativa (ou "Grande Mídia").
A rádio comunitária é um meio alternativo de comunicação constituído através de entidades que tem a concessão legal para transformar em baixa freqüência, sendo seis anos de luta das rádios comunitárias pela outorga de rádio e TV, ou seja, a democratização da comunicação.
A questão da democratização acompanha esse tipo de mídia. As emissoras da rede comercial não estão cientes da realidade social, operando na sociedade, porém não abrem espaço para ela. Nesse cenário, o público torna-se alvo da comunicação. Enquanto as rádios comunitárias sobrevivem com o apoio cultural (fonte de renda condizente com as necessidades do veículo, ou menos, mas sempre algo que não caracterize lucro), Mas esse apoio, além de insuficiente, muitas vezes é falho. Existem problemáticas quanto à concessão de rádios na mesma freqüência. Em uma sociedade moderna cheia de aparatos tecnológicos, as rádios comunitárias são colocadas na indigência.
As concessões de rádio têm que ser renovadas a cada dez anos e as de TV a cada 15. Duzentos e vinte e cinco processos foram encaminhados para o Senado e apenas 38 renovados. A regulamentação é falha ao fiscalizar tais concessões.
Muitas são as reivindicações sobre a democratização da mídia, recentemente, para essa questão ser pautada nas Assembléias Legislativas. É uma discussão técnica e política para identificar o que é preciso ser sanado para que haja maior pluralidade, regionalização e independência.
A proposta é que os três sistemas midiáticos: estatal, comercial e comunitário; estejam em equilíbrio ao reformar o sistema de comunicação do país para interesse e participação do povo. O cenário dos meios alternativos de comunicação precisa de força conjunta da sociedade para que esta atividade inicial torne-se realidade, fazendo valer as defesas colocadas em voga.
A luta pela democratização está aí: permeando nossos dias. O objetivo é que a sociedade participe ativamente levantando essa bandeira. Não é utopia, não! É uma forma de tentar deixar melhor locus midiático/público no qual todos nós estamos envolvidos ou inseridos (a leitura, aqui, fica a vontade).
5 comentários:
Um dos fatores para a democratização está na vontade da sociedade buscar seu espaço. Há leis que defendem isso, como a que diz que empresas que gerenciam tv's fechadas (a cabo) devem disponibilizar um canal para conteúdo comunitário, sem fins luicrativos, organizado pelo sociedade. Mas em muitos lugares as pessoas não exigem isso.
Falta comunicação, informação e interesse para alcançar a democratização.
Fins lucrativos, não luicrativos como escrevi.
Isa, meu orgulho. Fiquei muito surpresa com esse seu texto sobre a DEMOCOM aqui no H&R. A DEMOCOM é uma das bandeiras da Enecos e de algum tempo para cá, a Conferência Nacional tem sido um dos focos. Mas vale lembrar que não é esse somente um dos focos né? Temos um monte de coisa a ser resolvida a começar pelas conceções, nos novos veíuclos de comunicação - que nos ajudam a pensar e agir de maneira diferente.
Temos ainda as rádios comunitárias, os jornais de bairro e essas coisinhas todas... mas existe muito ainda para ser feito!
;D
Beijocas
"(...) qualquer pessoa pode usar seu celular ou câmera digital e mandar um vídeo para o jornal ou a foto para uma revista, por exemplo (...)". Certeza?
Qualquer pessoa que possui estes equipamentos, certo? É tão bonita a palavra democratização, emana uma aura transformadora. Quando ouço isso me sinto um revolucionário com super poderes para trasnformar o sistema injusto e desigual!!! Mas quando me falaram que tudo isso é piada fiquei deprimido. Ouvi dizer que esta tal de democratização é só falatório, que a palavra democratização é interpretada erroneamente hoje em dia. Essa coisa de transformação, revolução, igualdade social, não tem nada a ver com democratização. Para me convencerem disso, me disseram assim: "vivemos em um sistema democrático não? E você vê alguma igualdade social?". Ou seja, a democratização dos meios de comunicação, no máximo, incluirá outros grupos exclusivos na mídia, como fazem as rádios comunitários que atendem a interesses de um pequeno grupo. Também disseram que isso nos dá apenas uma ilusão de igualdade, uma forma de manter a consciência limpa. Aliás, essa democracia da mídia, como toda outra democracia, favorecerá somente aquele grupo, do qual a Isadora fala na citação que usei no início do post. Aquele grupo chamado "qualquer pessoa", o resto não conta, ele (o resto) não está inclusos no "qualquer pessoa", já foram excluídos e marginalizados nos discursos estafantes dos pró-democratização da mídia. São resto. Foi isso que me disseram.
Desgraçados, acabaram com meu espírito revolucionário quando falaram toda essa merda.
Primeiramente, fiquei muito feliz com os comentários sobre o post (que confesso não foi revisado pelo aftor tempo)!
Gostaria de ressaltar, assim como observou meu ícone, Annelize (hhehehe) que, realmente, são muitos os focos dessa questão; há várias problemáticas que envolvem a DEMOCOM e várias alternativas. Gostaria de concordar com o amigo Emmanuel sobre a falta de comunicação, ação da sociedade..enfim, é complexo, não querendo ser conformista nessa opinião.
Stiven, agora tenho que ser franca...NÃO perca, por favor, seu espirito revolucionário! Eu compartilho dessa sensação, por mais utópica que ela possa ser, porém é bom querer transformar utopias em "possíveis ações". Concordo o relativismo do "qualquer pessoa", está aí um aspecto a se (re)pensar. Mas devemos continuar acreditando, não que devemos ser vistos como "Che Guevara(s)" (exagero, talvez..rs), mas também não podemos ser acomodados e auxiliar nesse processo, não só como jornalistas, mas principalemnte como cidadãos!
São bandeiras que tangem a profissão e que ainda tem de ser discutidas e melhor esclarecidas, pra também não ficar só em sonho e só em radicalismo, não é essa uma solução...
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