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11 de dezembro de 2008

Música feita para você - Quando o 'generalizar' se torna objetivo

Para criar uma música, letristas inspiram-se em bancos de praça, em mesas de bar, em repreensões militares, em desilusões amorosas ou, quem sabe, em você. Exatamente! Sempre existe 'aquela' música, que parece falar por si só, que (por mais que os outros insistam em dizer o contrário) foi feita para você. Que contém seus maiores segredos, daqueles que você jamais contaria a alguém. Que em um belo dia foi gravada e está aí, para quem quiser ouvir. Infelizmente, processos não adiantariam em nada, visto que o compositor mal sabia de sua história. Eis que fica a dúvida: como alguém pôde escrever algo tão 'a ver' com o que se passa na vida de cada um?

Há quem diga que a vida possua trilha sonora. Talvez seja por isso que existem músicas animadas, outras mais calmas, profundas, outras sem-noção (grande Latino!) e por aí vai. Marcelo Gross uma vez escreveu sobre o charme, o groove, o papo e o perfume de uma garota que conheceu. Então, a banda gaúcha Cachorro Grande gravou a canção Sinceramente, e esta se tornou hino de inúmeros apaixonados pelo mundo afora. Letra bonita, não? No entanto, a grande maioria dos que dizem 'possuir essa música' sequer conhecem Marcelo Gross. E aí, para quem realmente foi feita a música?

Não queremos aqui, de modo algum, desmistificar a magia de se encontrar um texto musicalizado que tenha tudo a ver com você, caro leitor. No entanto, é preciso analisar as letras com cuidado. Um 'parabéns a você, nesta data querida' se encaixa muito bem quando queremos desejar felicidades ao aniversariante do dia. Que coincidência, não?

Por exemplo: caso alguém apontar para algum objeto desconhecido e perguntar o que é... responda rapidamente: "átomo". Generalizar pode ser a maneira mais simples de se acertar em cheio, tudo vai depender do apostador e do que se é apostado. É isso que acontece em algumas letras de música. É isso que acontece na maioria das previsões de signos. É isso que acontece na maioria das vezes. E alguém nota isso?

Finalizemos este post com algumas previsões astrais: você, de Libra, terá um dia com algumas preocupações com o signo vizinho, mas não se altere existe alguém que vai gostar muito do seu sorriso hoje! E para você que (seja de que signo for) acredita que a sua música foi realmente escrita para você, tenha um ótimo final de semana! Esqueça tudo o que foi dito acima e aproveite! Afinal, ser fonte de inspiração é uma arte para poucos.

5 comentários:

Zé Renan disse...

Renato Russo tinha esse dom: as letras dele parecem ser escritas pra pessoa que escuta. Parece tão perfeito! Mas, se você analisar bem, elas generalizam muita coisa sim. Mas é aí que tá: saber generalizar as coisas certas pra tocar cada pessoa que escuta é um talento para poucos... A questão não é generalizar, mas o que generalizar. É saber ver os pontos em comum dos seres humanos e transformar em música. Essa é a verdadeira arte, e não a "arte afirmativa". É a arte como reflexo da sociedade, como dizia Adorno.

Adorei o post! Me inspirou! =D
Muito bem escrito realmente! Como você bem disse, as músicas não são feitas pra gente - infelizmente. =P

Anônimo disse...

Adoreii!!Verdade mesmo.. as vezes a gente ve uma música q parece que foi escrita pra nós, mesmo sabendo q quem escreveu não sabe nem da nossa existencia, rss.. Mas o importante mesmo é acreditar nisso e a letra nos fazer bem! muito legal o blog, parabéns!

^^taci disse...

È verdade existem certas musicas que realmente, a letra e a composição, relata a historia de nossa vida! Sem dizer q determinadas musicas fazem agente lembrar, recordar de momentos especiais, pessoas, aventuras q tivemos.

Anônimo disse...

Sou músico e tento compor algumas músicas. Mesmo as românticas, que eu faço para uma pessoa especial as pessoas que não sabem pra quem foi ficam falando um monte de nomes pra tentar adivinhar pra quem foi. e o engraçado é que dá certo pra um monte de gente, é verdade, mesmo quando a gente faz para apenas uma pessoa, sempre vai ter um outro jeito de se ver..

S disse...

E não é só na música. Isso acontece em todo tipo de manifestação, artística ou não. Certamente, na maioria das vezes, não tem nada a ver com juntar pontos em comum entre os seres humanos para fazer uma generalização atrativa. Até porque as manifestações artísticas, no caso, são experiências um tanto autistas, como disse o escritor Cristovão Tezza no debate em celebração dos 50 anos da (Folha) Ilustrada. Mas é natural que os seres humanos tenham algo em comum um com os outros, o que faz com que nos identifiquemos com algumas músicas, livros, filmes, ideologias, etc. O artista quer, antes de tudo, se expressar.
Bom texto.

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