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6 de fevereiro de 2009

A alegria vendida

Não vou cantar as misérias da vida

Nem as tristezas passadas

Falo da dor de agora

Da dor do mundo

Não quero mais coca cola

Nem tão pouco TV

Quero respirar lá fora

E me apaixonar

Pensar em ser feliz é bobeira

Dizem pra eu ganhar dinheiro

Não colhendo belos frutos

Mas sim despachando num terreiro

Não vou falar de religiões

O mal maior e supremo do Ser

Não quero dizer das canções

Loucas, cegas que fiz pra você.

Não penso mais em sexo

Dele só quero sentir

Sim eu amo e muito

Não preciso

Agüento a janela aberta e as buzinas

Olho pro lado e só vejo tristeza, angustia...Que sina

Vejo o amor na natureza

O olhar triste de um animal

As lágrimas das crianças humilhadas

Por um mundo tão banal

Disponho e reponho

Doei-me para o mundo

Quando se escolhe algo profundo

Não adianta saber voltar?

3 comentários:

S disse...

Um texto que, através de características que estiveram presentes em grande parte da obra literária moderna, expõe a insatisfação dos sujeitos diante de uma época fugaz e, em consequência, sem perspectivas.

"...Agüento a janela aberta e as buzinas

Olho pro lado e só vejo tristeza, angustia...Que sina

Vejo o amor na natureza

O olhar triste de um animal

As lágrimas das crianças humilhadas

Por um mundo tão banal..."

esse trecho carrega algumas das tais características. Primeiro a melancolia, depois o bucolismo (animais, natureza) e, por fim, a nostalgia (criança).

Geórgia Genestra disse...

Talvez não seja necessário tamanho trabalho, em tentar descrever algo que em sua essência é indescritível!

Obrigada pelo comentário. E sim, vivemos uma época fugaz e sem persepectivas.

S disse...

Por nada. Quando a essência é indescritível, patinar na superfície é o que pode ser feito. E não é uma atividade trabalhosa.

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