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26 de novembro de 2008

S.O.S Santa Catarina (Annelize Tozetto)

Santa Catarina vive uma semana de caos, como há muito tempo não acontecia. A última vez que os barriga-verdes foram notícias por causa de uma tragédia foi em março de 2004, quando o furacão Catarina atingiu cidades do estado e também do nordeste do Rio Grande do Sul. Vocês lembram? O fato era inédito. Foi a primeira vez que se teve notícia de um furação nas Águas Pacíficas do Atlântico Sul.

Lembro que houve um bafafá enorme em torno da situação. Lógico que ela não causou tanto rebuliço como o o Furacão Katrina - aquele que, em 2005, deixou cidades do litoral (sul) dos Estados Unidos (especialmente New Orleans) alagadas e fez mais de um milhão de pessoas evacuarem do local. Mas lá, apesar de tudo, eles têm estrutura né? Mas aqui, nas terras tupinanquins, o nosso pouco preparo, acabou (e acaba) refletindo na hora de ajudar o povo catarinense.

Agora, a situação parece repetir - pelo menos quanto à falta de estrutura para emergências e também porque o contexto é muito mais complexo. Vejam os principais sites e jornais do país: todos de algum modo estão falando do caos das cidades litorâneas catarinenses e também da região do Vale do Itajaí. Todos, para além de ser um fato noticíavel e que rende inúmeras pautas, querem ajudar a população atingida por esse desastre (desastre por sinal que é piorado pela topografia do local, que não permite escoar toda aquela água). Só para se ter uma idéia, os dados da Defesa Civil, apontam que quase 90 pessoas já morreram e mais de 54 mil estão desabrigadas.

No meu e-mail, começam a chegar “coisas” relacionadas sobre o assunto. Recebi um e-mail da presidente do Centro Acadêmico João do Rio, Michele Massuchin convocando os alunos a colaborarem na campanha relâmpago promovida pelo CAJOR e pelo Rotary Club. Diz o e-mail:

Caros colegas,
Nós, do Centro Acadêmico João do Rio, em parceria com o Rotaract Club de Ponta Grossa Oeste, estamos promovendo uma campanha relâmpago para arrecadar, até este fim de semana, o maior número de doações possíveis para serem enviadas às vítimas das enchentes em Santa Catarina. No total, quase 90 pessoas já morreram e mais de 54 mil estão desabrigadas. As doações podem ser de roupas, calçados, roupas de cama e de banho e cobertores/cobertas, alimentos não-perecíveis e água. A campanha será curta em razão da urgência e extrema necessidade dos donativos. A intenção é que, caso seja possível, todos arrecadem o máximo de coisas possíveis em seus círculos de convivência (condomínio, república, família, etc). As doações podem ser feitas nessa quinta e sexta feira, com a Michele, no Cajor e na Agência, ou com o Christian (3º Ano). Tanto a Michele quanto o Christian estarão na sexta-feira pela manhã no Laboratório de Tele, para gravação do Telejornal. Em resumo, basta procurar por um dos dois alunos para poder colaborar. Todas as doações serão enviadas à Santa Catarina via Defesa Civil/Bombeiros, até, no máximo, quarta-feira da próxima semana.
Att
Michele Massuchin
Christian Miguel

A Federação Nacional dos Jornalistas também fez a sua parte: mandou uma “carta” com o título Solidariedade ao povo de SC. Nesse documento, a FENAJ faz a contextualização do desastre e afirma que “Neste momento, o mais importante é socorrer e apoiar as vítimas do desastre. Mas é preciso também apurar as reais responsabilidades e questionar as autoridades sobre o que poderiam, ou melhor, deveriam ter feito para evitar ou minimizar as conseqüências”, alerta o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. “Como cidadãos e, especialmente jornalistas, temos a obrigação de questionar” – diz ele – “e não aceitar que a culpa seja exclusivamente atribuída à natureza”.

Além disso, lembra que a Defesa Civil catarina abriu uma conta para doações. Banco do Brasil – Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7 /Besc – Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0. O / BRADESCO S/A - 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1 nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ – 04.426.883/0001-57). Elas serão usada para a compra de mantimentos. Outras informações podem ser tiradas no link: http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1.

A coisa está séria mesmo minha gente... por isso que o Brasil se volta agora para o sul (onde a vida maravilhosa é o que mais encanta a todos. Mal sabem que aqui, a desgraça, anda solta... infelizmente preferimos esconder). A mim, só me resta ajudar como posso e a torcer. Confesso que fiquei chocada quando vi uma casa, onde passei dois verões seguidos, debaixo d'água.

Não esqueçam de acompanhar o que se passa com nossos vizinhos (que não os hermanos). Vejam jornais como Folha de São Paulo, Globo, Gazeta do Povo. Mas não esqueçam dos locais: O Diário Catarinense e A notícia. Nada melhor do que eles para retrarem melhor a realidade.


Fontes das Fotografias:

Um comentário:

^^taci disse...

fiquei chocada quando vi 80% da cidade de Itajai, debaixo d'água, no qual morei 2 anos!!! São senas chocantes... penso nas pessoas que perderão tudo. acho q nelas ainda a esperança. E sim a falta de estrutura para emergências é um fato! e não podemos culpar a natureza por esses acontecidos, isso me faz lembrar um frase de "Leonardo Da Vinci" ... " Haverá um dia o qual o homem, conhecera o intimo de um animal, e neste dia todo crime contra a natureza será um crime contra a humanidade.

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