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2 de maio de 2009

Crítica de Ponta – Um blog de experiências


O blog Crítica de Ponta é um projeto experimental dos alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no qual eu (Edgard Matsuki) também faço parte. Todas as semanas são feitas críticas culturais sobre eventos que acontecem em Ponta Grossa e região. Produções nacionais e internacionais também estão inclusas, desde que passem pelos Campos Gerais.

O
Crítica de Ponta tem as seguintes editorias: Cinema, Rádio, Televisão, Jornal, Turismo, Teatro, Literatura e Música. Toda semana também há um espaço para o Ombudsman, que aponta os erros do próprio blog. Como o projeto tem a participação de 40 alunos, pode-se encontrar textos de diversos estilos, o que faz do blog plural, mas ao mesmo tempo mais sensível aos erros.

De qualquer forma, o
Crítica de Ponta tem o objetivo de se tornar referência cultural da região de Ponta Grossa. Leiam e visitem o Crítica de Ponta, “o maior (e único) blog de crítica cultural dos Campos Gerais”. Mostro a seguir dois textos que escrevi para o blog: O primeiro é uma análise da peça Sexo, etc. e tal e o outro é uma critica do filme Quem tem medo de Virginia Wolf?. YOSHI!


Humor e Sexo: Uma peça com velhas novidades

Peças sobre sexo são comuns. Mas, apesar do tema ser corriqueiro, Sexo Etc. e Tal trata da sexualidade de uma maneira diferente. Mas não quer dizer que a peça fuja de alguns clichês.
“Desliguem os celulares. É proibido filmar e fotografar”. A frase comum em teatros não se aplica a essa peça. Diferente de outros espetáculos, você é livre para fazer o que quiser, com apenas uma obrigação: “Vocês estão em um espetáculo de humor. Vocês têm que rir!”, ordena André Rangel, ator e diretor da peça.
No primeiro ato, uma espécie de “stand-up” entre os quatro atores dá o tom da peça. “Todos falam palavrão. Não fiquem horrorizados com isso”, diz Rangel. E eles não poupam mesmo. Nenhuma palavra ou ato é censurado. É um bom e franco papo sobre sexo.
Na segunda parte, os atores dividem-se em duplas e se revezam em diversas situações que envolvem o tema central da peça. É aí que o “merchandising” começa a ser usado. Os atores se revezam em pequenas cenas e sempre dão um jeito de falar o nome de um dos patrocinadores, às vezes em excesso.
Houve um tempo em que homens vestidos de mulher era um ato transgressor e inovador. A peça da Broadway Gaiola das Loucas ficou famosa por isso. Hoje, não passa de mais um lugar-comum. É esse o problema do terceiro ato.
Sexo, Etc. e Tal é um espetáculo que mescla bons e maus momentos. Nos dois primeiros atos os atores mostram que têm mais do que belos corpos, ou seja, talento. A peça tem um bom texto, mas deveria ter menos “merchandising”, clichês e o “etc. e tal”.


Do palco à tela... alternativa

O projeto Tela Alternativa iniciou a quarta fase do seu projeto no dia 28 de abril. Nesta etapa, o projeto apresenta filmes que foram adaptados de peças de teatro: Becket (1964), no dia 5 de maio e Quem Tem Medo de Virginia Wolf? (1967), vencedor de cinco prêmios Oscar e exibido no dia 28/04.
Muitos filmes adaptados de peças de teatro têm mudanças radicais em seus roteiros, principalmente na questão do número de ambientes. Essa mudança a descaracteriza alguns roteiros. Quem Tem Medo de Virginia Wolf? prima ao conservar a originalidade teatral. A maior parte da trama se desenrola em um único local: A casa do casal George e Martha, interpretada brilhantemente por Elizabeth Taylor.
Apenas quatro personagens participam ativamente do filme. A história mostra o primeiro encontro de dois casais num sábado à noite, no qual bebem muito e mentem a níveis patológicos. Um clima ébrio e falacioso que dá atmosfera ao filme. São tantas histórias e versões delas que até o espectador não sabem quando os personagens estão falando a verdade ou apenas “jogando”, como fazem no filme.
No encontro há debates sobre interesses conjugais e profissionais e “vidas de fachada”. A verdadeira faceta humana aparece e as máscaras caem. Tudo em ritmo de “quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau”, parafraseada no filme. Para quem gosta de ação na tela, o filme é entediante, pois tem muitos diálogos pesados. Quem Tem Medo de Virginia Wolf? é indicado para quem não tem medo de pensar, refletir, raciocinar.

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