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23 de maio de 2009

Circo com Animais - Andréa Bandeira

Quando um espetáculo circense com animais chegar na sua cidade, é interessante você querido leitor ter consciência do que acontece por trás do picadeiro. Esse texto ilustra um pouco destes fatos:
Desde criança aprendemos que assim como parque de diversões deve ter roda-gigante e futebol tem que ter bola, circo tem que ter animais. Só que aí é que está... Este é um conceito ultrapassado numa sociedade preocupada com meio-ambiente, ecologia e direito dos animais. Apesar de sempre nos remetermos a animais quando pensamos em circo, deveríamos mudar um pouco nosso modo de pensar. Afinal, motivos não faltam para essa mudança, como vocês podem ver:
- Os animais usados nos circos geralmente são silvestres e lugar de animal silvestre é na selva;
- Alguns têm suas garras arrancadas, dentes quebrados e línguas cortadas. Dessa forma não machucam ninguém;
- As formas de agressão para adestramento são diversas. Os animais podem ser espancados com barras de ferro ou pedaços de pau, chicoteados, espetados com objetos pontiagudos, sujeitos a choques elétricos ou queimados com ferro em brasa. Tudo depende dos “métodos” de adestramento;
- Essas “atrações” estão condenadas a viver enjauladas, com privação de água e comida. Estes pobres animais estão sujeitos a serem torturados até o fim da vida. A maioria desses animais adquire comportamentos neuróticos por viverem dessa forma;
- Filhotes vistos como excedente, animais velhos e doentes, muitas vezes são vendidos para zoológicos e laboratórios ou então são abandonados em praças públicas, parques, galpões e até mesmo em centros urbanos;


Além disso, os maiores e melhores circos do mundo NÃO utilizam animais em seus espetáculos! Ao proibir o uso de animais, mais oportunidades de empregos para artistas humanos de talento inquestionável serão criadas, a diversão continua garantida e a sociedade será mais justa. Afinal, o exemplo dado às crianças será de esforço e superação humana, e não mais de exploração e dominação pela força. Substituir animais por arte é uma tendência mundial. Cada animal utilizado em circo significa um empregado a menos, um artista desempregado, um malabarista no farol das cidades.


O que digo aqui a respeito de circo é a REGRA, porém toda regra tem sua exceção. Mas quem há de discordar que o espaço de um circo é muito menor que uma selva inteira? É só parar e analisar a situação que a conclusão é fácil e rápida. Não digo que os circos devam ser extintos. Digo pura e simplesmente que os animais dos circos merecem liberdade. A mesma liberdade que é tanto falada nos textos iluministas, questionada durante a escravidão e defendida pelos homossexuais.


Não é “loucura” individual o que digo. É coletiva. O mundo caminha para isso. Só no Brasil, por exemplo, os estados da Paraíba, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul já proibiram o uso de animais em circo dentro de seus territórios. Algumas cidades brasileiras também já o fizeram, tais como Blumenau (SC), Florianópolis (SC), Guarulhos (SP), Santa Maria (RS) e São Paulo (SP). E acredite, tem mais! Passo de Torres também merece uma grande evolução como essa, será que não?

Um comentário:

Diler disse...

No interior do Estado de São Paulo ainda é muito comum ver a utilização de animais para alegrar o público palhaço e alienado que incentivam e patrocinam essa porcaria. É lamentável. Aliás, a maior parte das vezes, com anuência da prefeitura que cede um espaço público para que as tendas sejam armadas e façam a (des)graça da população local, inclusive enchendo a paciência com o megafone veicular: "O circo, chegou!".

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