O que um estudante colegial, um casal e uma dona de loja podem ter em comum? Talvez eles nem se conheçam, mas diariamente travam uma luta contra um inimigo em comum: o cigarro. “Todo fumante quer parar de fumar, mas o primeiro cigarro depois um tempo sem fumar é tudo”. O autor desta frase é o estudante Tiago Lopez Justus, que tem 20 anos e é fumante há 5 anos, mas tenta vencer o vício do tabagismo constantemente.
A decisão de parar de fumar pode começar aos 20 anos, como no caso de Tiago, aos 30, como a farmacêutica Célia do Nascimento, aos 40, como o metalúrgico Waldenor do Nascimento ou aos 50, como a empresária Sandra Mayer. Por mais que exista diferença de idade entre estes “personagens”, as histórias da relação deles com o cigarro se cruzam e tornam-se muito parecidas, tanto na época de “romance com o vício” ou na fase de “rompimento com o cigarro”.
O ato de fumar começa para a maioria das pessoas como uma tentativa de integração social. Depois se transforma em uma necessidade que faz as pessoas colocarem relacionamentos, empregos e a própria saúde em cheque. Por fim, chega o momento da difícil decisão: largar o fumo. A partir desse momento começa a luta diária contra a dependência química e contra o desejo psicológico de realizar o ritual diário de fumar, que já era feito automática e inconscientemente pelos fumantes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) explica que o cigarro é a segunda maior causa de mortes no mundo e classifica o vício do tabagismo como “difícil de ser tratado”, assim como a dependência da Heroína e da Cocaína. O principal elemento responsável pela dependência do fumo é a Nicotina, substância que estimula o Sistema Nervoso Central e acalma o cérebro do fumante sete segundos após uma tragada. O resultado disto é que o cigarro mata 50% dos fumantes, segundo dados da OMS.
O desejo de melhor qualidade de vida é o motivo que guia a vontade de parar de fumar. “Vivi minha juventude em uma época que fumar era charme, ajudava até nas conquistas. Hoje os tempos são outros. Fumava para me sentir melhor, mas meu médico dizia cada vez mais que eu estava pior. Isso me levou a querer parar de fumar”, afirma Waldenor. Ele fumava quatro maços por dia, conseguiu largar o cigarro há seis meses após participar de um curso para deixar o tabagismo, organizado pela igreja Adventista.
O pastor Gerson Marques explica como funciona o curso que ajudou Waldenor. “As pessoas chegam envergonhadas. Tentamos mostrar que não lutamos contra o fumante e sim contra o cigarro. Trabalhamos em duas frentes: chocamos com imagens de pessoas que tiveram doenças originárias do tabagismo e mostramos os benefícios de parar de fumar”, diz Marques. Segundo o pastor, 70% dos participantes largam o vício após o curso, mas apenas 30% se mantêm longe do cigarro permanentemente.
A esposa de Waldenor, Célia Nascimento foi ao curso para parar de fumar, mas mesmo assim não largou o vício. “Na semana que tentei parar de fumar não comia direito, não dormia direito e não ia ao banheiro direito. Engordei dois quilos e brigava com todo mundo. O mais estranho é que não sentia vontade de fumar, apenas ficava estressada”. Célia conseguiu ficar longe do cigarro por seis dias e voltou a fumar em uma festa.
As festas são os locais onde normalmente as pessoas começam a fumar, mas é principalmente onde elas reatam a relação com o cigarro. O clima é convidativo a um “pito”. A mesa de um barzinho onde os amigos fumam, misturada a tontura causada por alguma eventual bebida alcoolica e o clima de descontração são as senhas para acender um cigarro. “Quando voltei a fumar depois de 12 dias parado, fumei 20 cigarros”, conta Tiago ao falar de sua última recaída.
Vencer o hábito é um dos pontos mais difíceis do desafio para os dependentes do cigarro. Tiago conta que fumar servia para ele saber onde estava e a que hora estava. “Sempre fumava quando pegava o ônibus de manhã, antes do almoço, após o almoço e quando ia à escola à noite. Nem percebia e já estava com o cigarro”, diz Tiago. Célia também tem o hábito de fumar em sua agenda. “Se não fumo, parece que falta algo para fazer no dia”, conta Célia.
Para as pessoas que não deixam o cigarro, o risco de câncer e de doenças cardíacas aumenta sensivelmente, segundo a OMS. Sandra Mayer já convive com os males do cigarro. Fumante há 30 anos, ela sofre com pressão alta, diabetes e já foi recomendada a largar o vício, mas quando percebe que tem “apenas” três ou quatro cigarros na bolsa, ela compra uma carteira nova para garantir que terá seu companheiro ao lado para os momentos de maior nervosismo.
Tiago, Waldenor, Célia e Sandra são exemplos de milhares de pessoas que travam uma luta diária e imperceptível aos olhares mais despreocupados. É a luta da consciência contra o desejo de satisfação. Nesta batalha, eles conquistam vitórias e têm recaídas, fumam e param de fumar. E o pior desta situação é que eles não podem contar com o auxílio de quem os apoia no momento de maior angústia. O antigo amigo agora é oponente que seduz e tenta reatar a relação. Até que a morte os separe.
A decisão de parar de fumar pode começar aos 20 anos, como no caso de Tiago, aos 30, como a farmacêutica Célia do Nascimento, aos 40, como o metalúrgico Waldenor do Nascimento ou aos 50, como a empresária Sandra Mayer. Por mais que exista diferença de idade entre estes “personagens”, as histórias da relação deles com o cigarro se cruzam e tornam-se muito parecidas, tanto na época de “romance com o vício” ou na fase de “rompimento com o cigarro”.
O ato de fumar começa para a maioria das pessoas como uma tentativa de integração social. Depois se transforma em uma necessidade que faz as pessoas colocarem relacionamentos, empregos e a própria saúde em cheque. Por fim, chega o momento da difícil decisão: largar o fumo. A partir desse momento começa a luta diária contra a dependência química e contra o desejo psicológico de realizar o ritual diário de fumar, que já era feito automática e inconscientemente pelos fumantes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) explica que o cigarro é a segunda maior causa de mortes no mundo e classifica o vício do tabagismo como “difícil de ser tratado”, assim como a dependência da Heroína e da Cocaína. O principal elemento responsável pela dependência do fumo é a Nicotina, substância que estimula o Sistema Nervoso Central e acalma o cérebro do fumante sete segundos após uma tragada. O resultado disto é que o cigarro mata 50% dos fumantes, segundo dados da OMS.
O desejo de melhor qualidade de vida é o motivo que guia a vontade de parar de fumar. “Vivi minha juventude em uma época que fumar era charme, ajudava até nas conquistas. Hoje os tempos são outros. Fumava para me sentir melhor, mas meu médico dizia cada vez mais que eu estava pior. Isso me levou a querer parar de fumar”, afirma Waldenor. Ele fumava quatro maços por dia, conseguiu largar o cigarro há seis meses após participar de um curso para deixar o tabagismo, organizado pela igreja Adventista.
O pastor Gerson Marques explica como funciona o curso que ajudou Waldenor. “As pessoas chegam envergonhadas. Tentamos mostrar que não lutamos contra o fumante e sim contra o cigarro. Trabalhamos em duas frentes: chocamos com imagens de pessoas que tiveram doenças originárias do tabagismo e mostramos os benefícios de parar de fumar”, diz Marques. Segundo o pastor, 70% dos participantes largam o vício após o curso, mas apenas 30% se mantêm longe do cigarro permanentemente.
A esposa de Waldenor, Célia Nascimento foi ao curso para parar de fumar, mas mesmo assim não largou o vício. “Na semana que tentei parar de fumar não comia direito, não dormia direito e não ia ao banheiro direito. Engordei dois quilos e brigava com todo mundo. O mais estranho é que não sentia vontade de fumar, apenas ficava estressada”. Célia conseguiu ficar longe do cigarro por seis dias e voltou a fumar em uma festa.
As festas são os locais onde normalmente as pessoas começam a fumar, mas é principalmente onde elas reatam a relação com o cigarro. O clima é convidativo a um “pito”. A mesa de um barzinho onde os amigos fumam, misturada a tontura causada por alguma eventual bebida alcoolica e o clima de descontração são as senhas para acender um cigarro. “Quando voltei a fumar depois de 12 dias parado, fumei 20 cigarros”, conta Tiago ao falar de sua última recaída.
Vencer o hábito é um dos pontos mais difíceis do desafio para os dependentes do cigarro. Tiago conta que fumar servia para ele saber onde estava e a que hora estava. “Sempre fumava quando pegava o ônibus de manhã, antes do almoço, após o almoço e quando ia à escola à noite. Nem percebia e já estava com o cigarro”, diz Tiago. Célia também tem o hábito de fumar em sua agenda. “Se não fumo, parece que falta algo para fazer no dia”, conta Célia.
Para as pessoas que não deixam o cigarro, o risco de câncer e de doenças cardíacas aumenta sensivelmente, segundo a OMS. Sandra Mayer já convive com os males do cigarro. Fumante há 30 anos, ela sofre com pressão alta, diabetes e já foi recomendada a largar o vício, mas quando percebe que tem “apenas” três ou quatro cigarros na bolsa, ela compra uma carteira nova para garantir que terá seu companheiro ao lado para os momentos de maior nervosismo.
Tiago, Waldenor, Célia e Sandra são exemplos de milhares de pessoas que travam uma luta diária e imperceptível aos olhares mais despreocupados. É a luta da consciência contra o desejo de satisfação. Nesta batalha, eles conquistam vitórias e têm recaídas, fumam e param de fumar. E o pior desta situação é que eles não podem contar com o auxílio de quem os apoia no momento de maior angústia. O antigo amigo agora é oponente que seduz e tenta reatar a relação. Até que a morte os separe.
Reportagem escrita para a disciplina de Redação Jornalística II na Universidade Estadual de Ponta Grossa em 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário