Nós, seres humanos da contemporaneidade, vivemos cotidianamente com tantas preocupações, como por exemplo, que carro vamos comprar com o nosso suado e merecido 13º salário, com que roupa devemos ir à recepção de inauguração do mais novo site da internet. Com tantos problemas acabamos nos esquecendo de fazer reflexões básicas sobre a vida. Afinal, para quê tanta tecnologia?
Se pensarmos por que há tanta necessidade de tecnologia podemos chegar a respostas simples. Os que não desejam refletir muito respondem “por que sim” e vão assistir televisão. Talvez alguns digam que serve para melhorar nossa qualidade de vida e aumentar a longevidade humana. Hoje vivemos muito mais do que no início do século XX e temos muito mais facilidade para desempenhar diversas funções.
Aí que está a grande questão: será que toda tecnologia melhora nossa qualidade de vida e nos deixa com mais longevidade? O que podemos dizer da necessidade de acompanhar este trem, que está sem maquinista e sem rumo. Para algumas pessoas, não acompanhar os avanços tecnológicos podem levar inclusive à depressão, que é uma doença “dos tempos modernos”, ou seja, fruto da tecnologia.
O exemplo do filme Wall-E pode ser exagerado, mas serve para o homem refletir sobre os rumos que a humanidade toma ao optar pelo avanço tecnológico em detrimento de outros valores, sejam éticos, religiosos ou familiares. Fica a pergunta no ar: será que fazemos a escolha certa ao comprar uma máquina de lavar roupas, ou este é o primeiro passo rumo ao sedentarismo?
A resposta de porque somos cada vez mais dependentes dos avanços da modernidade é tautológica, tal como no dilema daquela bolacha dos anos 80. Não sabemos se um dia haverá um rompimento com os avanços tecnológicos, mas é bem provável que não. E dessa forma continuaremos caminhando rumo a sei lá onde, para fazer sei lá o que. Sempre guiados pela tecnologia. Deve ser para isso que ela serve.
Texto escrito para a disciplina de REOE na Universidade Estadual de Ponta Grossa em 2009
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