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22 de outubro de 2010

Compra de votos: um afronte a ética e democracia


Com as eleições chegando, os eleitores brasileiros (normalmente os mais humildes) correm o risco de sofrer com um problema que acontece desde antigos tempos do coronelismo: a compra de votos. Apesar da legislação eleitoral ter regras pesadas contra a prática, ainda é possível encontrar pessoas dispostas a comercializar a sua preferência por um candidato.

Mas Quanto vale um voto comprado? Apesar de ter um imenso valor moral, os votos de algumas pessoas podem ser comprados por valores irrisórios. Um voto pode valer um botijão de gás, um pouco de tijolos ou mesmo algum valor em dinheiro: 10, 20 ou 50 reais. Infelizmente, o que parece pouco (uma barganha) para quem paga, faz muita diferença para pessoas que não tem o básico para sobreviver.

O que os “comerciantes” de votos não percebem (ou não querem perceber) é que existe um valor simbólico muito forte agregado a compra e venda dos votos. O primeiro e óbvio é o valor moral-ético. Como cobrar honestidade de um político se o próprio eleitor tenta vender algo que não deve (ou deveria) ser comercializado. E como cobrar algo depois do político ser eleito se você já recebeu um “pagamento” pelo seu voto.

O segundo item que é atacado toda vez que há venda de votos é a questão democrática. Por muitos anos os brasileiros lutaram pelo direito (e dever) de votar. Vender o voto é desrespeitar esta luta e fazer que todas as pessoas que deram a vida por esta luta simplesmente não tenham valor. Além de tudo, a compra de votos acaba manipulando as eleições. Com esta prática nem sempre o melhor candidato ganha,  já que pode acabar virando uma disputa de quem compra mais votos.

Pelo lado dos políticos, comprar votos tem sido cada vez mais um péssimo negócio. Com a lei Ficha Limpa, a simples suspeita de corrupção já serve para tornar os candidatos inelegíveis. Além disso, com as eleições automatizadas fica cada vez mais difícil saber se o eleitor realmente votou no candidato que comprou os votos. Além da questão ética e fiscalização de ONGs contra esta prática. Com isso, comprar votos acaba sendo dar um tiro no pé, não só para os eleitores como também para os candidatos.  

Por isso, diga não a comercialização de votos. Quando elegemos políticos competentes, com certeza acabamos ganhando muito mais do que alguns “presentes” que aparecem de dois em dois anos para nos testar. O seu voto vale muito mais que isso.

Em tempo: Se você sabe de algum tipo de prática de compra e venda de votos, pode denunciar diretamente ao Ministério Público Federal através do site http://www.presp.mpf.gov.br/denuncia/. Também pode denunciar no Tribunal Superior Eleitoral no site xxx ou Tribunal Regional Eleitoral do seu estado. 

Artigo escrito para o site Fiscaliza Brsil em 2010

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