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28 de novembro de 2009

Burocracia com nova lei atrasa seleção de estágios na UEPG

A nova lei do estágio, que vigora desde Setembro do ano passado, mudou diversas regras na seleção e manutenção de candidatos nos estágios administrativos. O aumento do valor de R$ 190 para R$ 405 reais motivou os estudantes a procurarem as bolsas, mas a nova lei limitou o maior número de vagas administrativas para poucos cursos. Além disso, o aumento da burocracia provoca atraso na seleção dos candidatos e atrapalha o funcionamento de setores administrativos na Universidade.

A estudante de Letras (Francês) Mayara Rodrigues diz que o novo valor a motivou a tentar uma vaga na biblioteca da Universidade Estadual de Ponta Grossa. “Nunca tinha feito estágio, com certeza esse valor me motiva a buscar a vaga”, fala Mayara. Para Flávia Almeida, estudante de Letras (Inglês) o aumento ajuda nos gastos na própria universidade. “Antes gastava tudo em Xerox e livros. Agora sobra um pouco para as despesas da casa”, afirma Flávia.

Devido a nova lei, as atividades de estágio devem estar relacionadas com as atividades dos cursos. “Administração, Comércio Exterior, Informática e Engenharia da Computação foram os cursos mais beneficiados com a nova legislação, pois os outros cursos não se encaixam muito em funções administrativas e de informática”, afirma Fabiana Mansani, chefe da divisão de ensino da Pró-reitoria de Graduação (Prograd) da UEPG. Também por causa das novas regras, todo estagiário deve ter um professor orientador para supervisionar as atividades do bolsista.

O coordenador do curso de Engenharia da Computação Dieroni Foltran Júnior afirma que a nova legislação e o grande número de pedidos de vagas sobrecarregaram o curso. “Antes só precisávamos autorizar os acadêmicos do curso que passavam na seleção. Com a nova lei, está complicado achar tantos professores que aceitam ser orientador de estágio. Estamos levando cerca de 10 dias para liberar uma vaga”. Por falta de estagiários, laboratórios de informática, como o de Serviço Social no Campus Central, ainda estão fechados para uso dos estudantes.

Uma vaga envolve diversos setores administrativos até ser protocolada. Envolve a Prograd, o Prorh (Pró-reitoria de recursos humanos), o órgão que pediu a vaga, o Proad (Pró-reitoria de administração), o curso dos candidatos e o CPD (Centro de Processamento de Dados). Para Mansani, a centralização das funções diminuiria a burocracia. “Se nós centralizássemos o processo na Prograd ou no Prorh e se as vagas fossem unificadas em um só edital, como em concursos, já melhoraria bastante”, diz a chefe da divisão de ensino da Prograd.


Reportagem feita para o jornal Foca Livre em 2009

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