“Venham rápido que o jornal está acabando”. Se esta frase fosse dita no início do século XX, provavelmente as pessoas que a ouvissem correriam para pegar seu precioso exemplar de informação. Mas os tempos mudaram. Com o surgimento de outras mídias, o jornalismo impresso se sente cada vez mais ameaçado e sua morte é anunciada por muitos profissionais da área. Será realmente o fim?
Dados divulgados pela World Association of Newspapers (WAN) mostram que a leitura de impressos têm caído ano a ano nos países desenvolvidos. O cálculo é feito da seguinte forma: faz-se a divisão do índice de cópias pelo número de habitantes de determinado local. O resultado é o número de exemplares de jornais pelo número de pessoas.
A queda é perceptível nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos o índice caiu mais de 10% no período de 2001 a 2006. Em 2001, havia no país 274,1 jornais para cada mil habitantes, valor que foi caindo gradativamente. Em 2006, o número chegou a 241,2 exemplares/mil pessoas. Foram justamente estes dados que acionaram um alerta vermelho no jornalismo americano.
No Reino Unido e na Alemanha, as estatísticas são ainda mais cruéis. Na terra da rainha Elizabeth II, o índice caiu de 408,5 para 335,4 exemplares por mil habitantes, resultando em -20% de 2000 até 2006. Na Alemanha a queda é mais acentuada ainda. Em 2000, o país tinha 375,2 impressos/ mil pessoas. Este valor chegou em 2006 a 297,9. Queda de quase 25%. A cada quatro exemplares, um parou de circular de 2000 a 2006.
Com a perda de espaço para outras mídias, principalmente a internet, artigos decretando a morte dos impressos começaram a surgir. Um dos que gerou mais polêmica foi o da revista britânica The Economist, que em 2006 fez a reportagem intitulada “quem matou o jornal”. O veredito já estava dado no título. Os dias da tradicional mídia impressa estavam contados.
Segundo a revista, a internet era a principal responsável pela “morte dos jornais”. “De todas as ‘antigas’ mídias, o jornal é o que mais tem a perder com a internet. Há décadas a circulação de jornais impressos tem tido queda nos Estados Unidos, na Europa Ocidental, na América Latina, Austrália e Nova Zelândia. Porém, nos últimos anos, a web tem acelerado esta baixa”, dizia um dos trechos do artigo.
Todo este alarde fez as próprias empresas tomarem algumas atitudes. Hoje, praticamente todos os principais jornais do mundo contam com uma versão eletrônica, que tem conteúdo distinto do que é veiculado nos impressos. O lançamento de leitores eletrônicos, como o Kindle, é mais uma forma de comércio dos grandes conglomerados jornalísticos, como a New York Times Company.
Dados divulgados pela World Association of Newspapers (WAN) mostram que a leitura de impressos têm caído ano a ano nos países desenvolvidos. O cálculo é feito da seguinte forma: faz-se a divisão do índice de cópias pelo número de habitantes de determinado local. O resultado é o número de exemplares de jornais pelo número de pessoas.
A queda é perceptível nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos o índice caiu mais de 10% no período de 2001 a 2006. Em 2001, havia no país 274,1 jornais para cada mil habitantes, valor que foi caindo gradativamente. Em 2006, o número chegou a 241,2 exemplares/mil pessoas. Foram justamente estes dados que acionaram um alerta vermelho no jornalismo americano.
No Reino Unido e na Alemanha, as estatísticas são ainda mais cruéis. Na terra da rainha Elizabeth II, o índice caiu de 408,5 para 335,4 exemplares por mil habitantes, resultando em -20% de 2000 até 2006. Na Alemanha a queda é mais acentuada ainda. Em 2000, o país tinha 375,2 impressos/ mil pessoas. Este valor chegou em 2006 a 297,9. Queda de quase 25%. A cada quatro exemplares, um parou de circular de 2000 a 2006.
Com a perda de espaço para outras mídias, principalmente a internet, artigos decretando a morte dos impressos começaram a surgir. Um dos que gerou mais polêmica foi o da revista britânica The Economist, que em 2006 fez a reportagem intitulada “quem matou o jornal”. O veredito já estava dado no título. Os dias da tradicional mídia impressa estavam contados.
Segundo a revista, a internet era a principal responsável pela “morte dos jornais”. “De todas as ‘antigas’ mídias, o jornal é o que mais tem a perder com a internet. Há décadas a circulação de jornais impressos tem tido queda nos Estados Unidos, na Europa Ocidental, na América Latina, Austrália e Nova Zelândia. Porém, nos últimos anos, a web tem acelerado esta baixa”, dizia um dos trechos do artigo.
Todo este alarde fez as próprias empresas tomarem algumas atitudes. Hoje, praticamente todos os principais jornais do mundo contam com uma versão eletrônica, que tem conteúdo distinto do que é veiculado nos impressos. O lançamento de leitores eletrônicos, como o Kindle, é mais uma forma de comércio dos grandes conglomerados jornalísticos, como a New York Times Company.
Situação no Brasil
O número de jornais por habitante também caiu no Brasil. Os impressos, que já não tinha grande circulação em comparação com outros países, diminuíram cerca de 10% em relação ao número de pessoas de 2000 a 2006. O índice era de 60,6 exemplares por mil brasileiros em 2000 e caiu para 53,4/1000 seis anos depois.
Outros dados também apontam um perda do jornal em relação a internet. Segundo a Associação Nacional de Jornais, em 2001, a parcela que os impressos detinham de toda publicidade veiculada na mídia era de 21,73%. Este índice caiu para 15,91% em 2008.
Em contrapartida, a internet cresceu no período. Em 2001, ela sequer constava nas estatísticas. Já em 2008, ela contava com 3,54% do mercado publicitário da mídia. Este dado tende a crescer em um ritmo mais acelerado, já que o número de leitores de jornais pela internet aumenta a cada ano no Brasil. Segundo o Ibope, todo mês 12 milhões de pessoas leem notícias pela web.
Alguns jornalistas acreditam que o jornal ainda tem muito tempo de vida. Eloir Rodrigues, editor-chefe do Jornal da Manhã, afirmou em uma palestra para estudantes de jornalismo que o impresso estava longe do fim. “Tem pessoas que cumprem um ritual de ler segurando o jornal. É um hábito que não irá acabar tão cedo. Ler no computador é mais desconfortável”, explicou Rodrigues.
A crise dos impressos não é a primeira da história. A cada novo veículo de comunicação que surge, anuncia-se o fim dos jornais. O que tem acontecido é uma queda gradativa, mas nunca “a morte”. Isto também aconteceu com a chegada da internet. Resta saber se é ela que finalmente vai “assassinar” a mídia mais tradicional do jornalismo.
O número de jornais por habitante também caiu no Brasil. Os impressos, que já não tinha grande circulação em comparação com outros países, diminuíram cerca de 10% em relação ao número de pessoas de 2000 a 2006. O índice era de 60,6 exemplares por mil brasileiros em 2000 e caiu para 53,4/1000 seis anos depois.
Outros dados também apontam um perda do jornal em relação a internet. Segundo a Associação Nacional de Jornais, em 2001, a parcela que os impressos detinham de toda publicidade veiculada na mídia era de 21,73%. Este índice caiu para 15,91% em 2008.
Em contrapartida, a internet cresceu no período. Em 2001, ela sequer constava nas estatísticas. Já em 2008, ela contava com 3,54% do mercado publicitário da mídia. Este dado tende a crescer em um ritmo mais acelerado, já que o número de leitores de jornais pela internet aumenta a cada ano no Brasil. Segundo o Ibope, todo mês 12 milhões de pessoas leem notícias pela web.
Alguns jornalistas acreditam que o jornal ainda tem muito tempo de vida. Eloir Rodrigues, editor-chefe do Jornal da Manhã, afirmou em uma palestra para estudantes de jornalismo que o impresso estava longe do fim. “Tem pessoas que cumprem um ritual de ler segurando o jornal. É um hábito que não irá acabar tão cedo. Ler no computador é mais desconfortável”, explicou Rodrigues.
A crise dos impressos não é a primeira da história. A cada novo veículo de comunicação que surge, anuncia-se o fim dos jornais. O que tem acontecido é uma queda gradativa, mas nunca “a morte”. Isto também aconteceu com a chegada da internet. Resta saber se é ela que finalmente vai “assassinar” a mídia mais tradicional do jornalismo.
Reportagem escrita para a disciplina de Redação Jornalística II em 2009
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