Em um país com grande desigualdade social como o Brasil, os índices de criminalidade são muito maiores do que nos países que não tem tantas diferenças sociais. Por causa da criminalidade, os brasileiros são obrigados a adotarem diversas práticas para se prevenirem contra a violência, que assola principalmente os grandes centros do país.
Para se prevenir contra a violência são criadas diversas cartilhas e manuais informativos, que tentam ajudar os cidadãos a conviver com este mal. Esses manuais afirmam que a prevenção é uma das maiores armas para evitar assaltos e outros crimes. O problema desses manuais, normalmente feito por policiais, é que tratam os ladrões como “vilões genéricos”, que agem de forma muito semelhante.
Entre as formas de se defender mais eficazes estão evitar lugares desconhecidos, principalmente à noite. Este tipo de defesa transforma os cidadãos em reféns da violência, pois quando não sofrem diretamente com ela, tem que conviver com o problema, limitando espaço e horizontes. Em países como o Japão, existem ruas sem nenhuma iluminação que podem ser “atravessadas” sem nenhum problema.
Será que o problema será solucionado na ação de prevenção? Classificar locais como perigosos ou seguros ajuda estigmatizar e isolar pessoas e pode ajudar inclusive a formar novos bandidos. Um menino que cresce em um local “maldito” tem grandes possibilidades de se tornar um “maldito” também e aí temos mais um problema para a sociedade.
Prevenção é importante, mas acima de tudo a questão da violência será solucionada com conscientização, educação e principalmente oportunidades a aqueles que entram para o crime porque não têm outra saída. Quem sabe quando chegar esse dia poderemos jogar fora todos os manuais preventivos contra o problema da criminalidade, mal que atrapalha o crescimento da nossa nação.
Texto escrito para a disciplina de REOE na Universidade Estadual de Ponta Grossa em 2009
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