Em novembro do ano passado o comerciante Celso de Paula Rocha assumiu a presidência da Associação de Moradores do Jardim Barreto. Ele já sabia qual seria o primeiro desafio da administração: acabar com uma espera de 18 anos e tentar a liberação da escritura do terreno doado pela prefeitura para ser a nova sede da associação da vila. A documentação é necessária para se conseguir a verba necessária para a construção da sede.
O desafio parecia fácil, já que falta apenas a assinatura do documento por parte do Departamento de Patrimônio, o último dos 33 setores por qual passou o processo nestes 18 anos. Porém, depois de seis meses tentando dar andamento no pedido e não conseguindo a assinatura final, Celso viu que lidar com a burocracia não é uma tarefa fácil: “Vou a cada vinte dias na prefeitura ver como está a situação. Eles só falam que está tudo ok, só falta assinar. Só que já faz quase um ano que não assinam”, conta Celso.
A falta da liberação da documentação do terreno impede que a Prefeitura libere a verba para a construção da sede. Com isso, a Associação de Moradores não têm como fazer eventos para arrecadar dinheiro na comunidade e têm que improvisar locais alternativos para as reuniões. “Normalmente nos reunimos no meu bar para fazer as reuniões”, afirma Celso.
Para a moradora Cláudia Maria Rocha, a construção da sede iria ser um grande passo para os 350 moradores do Jardim: “Poderíamos fazer eventos e ter um lugar para se reunir. Daria para fazer um clube de mães, por exemplo”, conta Cláudia. O terreno tem três lotes e o espaço já foi limpo para a construção da sede. Só falta conseguir vencer a burocracia. “Vamos ver se a gente desenrola esta história”, fala o quinto presidente da Associação de moradores a tentar uma sede para o Barreto.
Reportagem publicada no Portal Comunitário em 2010
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