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28 de novembro de 2009

Autor das denúncias contra Wosgrau depõe hoje na CPI da Ronda

Autor das denúncias que geraram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga às irregularidades contra o Pedro Wosgrau Filho (PSDB), o jornalista Pedro Sebastião Neto deve depor na sessão desta quarta-feira (15/04). O jornalista será a nona pessoa a ser ouvida desde a instauração da CPI, no dia 3 de março. O prazo legal de 60 dias da CPI da Ronda vence no próximo dia 30 de abril, mas segundo os membros da comissão, esse prazo deverá ser renovado.

Sebastião Neto responderá sobre o dossiê de sua autoria, publicado pela reportagem do Jornal da Manhã em 30 de novembro do ano passado, sobre as gravações feitas com câmeras ocultas com Clauber Bernardo e Celso Trevisan Filho e terá a oportunidade de falar sobre o dossiê Coincidência, também entregue por ele ao Ministério Público, com denúncias contra o governo Wosgrau. Para Fogaça, o depoimento de Sebastião Neto será esclarecedor, mas ele terá de apresentar provas sobre as denúncias. “Mentir em CPI é crime e se ele mentir na próxima sessão terá complicações com a justiça”, diz o relator da CPI da Ronda.

Na sessão do último dia 8/04, a comissão ouviu todos os candidatos envolvidos em uma licitação de plotagem (colocação de adesivos) em veículos da Prefeitura, promovida pela Autarquia de Trânsito de Ponta Grossa. A denúncia de adulteração nos documentos, inclusive com falsificação de assinaturas, foi a pauta dos depoimentos. A convocação dos participantes dessa licitação aconteceu após a divulgação de um vídeo onde Clauber Bernardo, dono da empresa Paraná Som, afirma não ter participado dessa licitação e que suas assinaturas foram falsificadas. Bernardo disse também que nunca havia trabalhado com plotagem de carros.

Bernardo reafirmou perante os membros da CPI que as assinaturas não eram de sua autoria. O relator da CPI, vereador Edílson Fogaça (PTN), mostrou uma conta no nome da Paraná Som, também não reconhecida por Clauber. “Tive conhecimento dessa conta hoje. Nunca tive conta no Banco do Brasil. Algo tem de errado e a CPI tem que apurar”, afirmou o proprietário da Paraná Som. Em seguida, foram ouvidos João Laskos, representante da empresa João Laskos, e o dono da empresa New Vision, Celso Trevisan Filho.

Vencedor da licitação da plotagem dos automóveis da autarquia, Celso Trevisan Filho disse ter participado da campanha política de Pedro Wosgrau em 2008, mas que todos os seus serviços foram pagos. O presidente da CPI da Ronda, Dr. Pascoal Adura (PMDB) mostrou documentos do Tribunal de Contas que apontam o dono da New Vision como doador da campanha de Pedro Wosgrau. Trevisan Filho negou qualquer colaboração ao prefeito. Além disso, todos os depoentes ouvidos na sessão de quarta-feira (08/04) disseram que foram procurados por Sebastião Neto, entre eles Trevisan Filho. “Ele foi um pouco prepotente comigo, querendo que eu admitisse algo”, disse Trevisan aos membros da CPI.


CPI da Ronda já ouviu oito pessoas em um mês 

Desde o início da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Ronda, que investiga as denúncias de irregularidades do prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB), em sua gestão de 2005-2008, foram ouvidas oito pessoas. O ex-controlador geral do município, Paulo Tsalikis, foi o primeiro a depor na CPI da Ronda. Segundo o vereador e relator da CPI, Edilson Fogaça (PTN), Tsalikis apontou irregularidades nas administrações Wosgrau e dos ex-prefeitos Jocelito Canto e Péricles Holleben Mello. “Apontou um rombo de 4 milhões nas administrações anteriores a do Wosgrau e falou do caso do empenhou do FGTS, que pode derrubar o prefeito por improbidade administrativa”, disse Fogaça.

Além de Tsalikis, a CPI ouviu o ex-contador da Autarquia de Trânsito, Oslei Galvão da Silva, o presidente da Autarquia de Trânsito, Edimir José de Paula, o ex-secretário de Saúde, Alberto Olavo de Carvalho, e o ex-presidente da Madre Paulina, Antônio Roberto Mansur, além dos depoentes da última quarta-feira: o proprietário da empresa Paraná Som, Clauber Bernardo, o proprietário da empresa New Vision, Celso Trevisan Filho, e João Laskos, representante da empresa de mesmo nome.

Até o momento, a CPI conseguiu verificar as denúncias de irregularidades na Madre Paulina e na Autarquia de Trânsito. Sobre outras denúncias do dossiê Ronda, como contratos da J. Malucelli e com a empresa de advogados Andreolli, nenhum depoente falou até agora.

No meio da sessão de quarta-feira (8/4), o vereador Dr. Pascoal Adura (PMDB) fez uma reivindicação à Comissão: “O vereador Fogaça poderia ter passado uma cópia dos documentos (da conta da Paraná Som no Banco do Brasil) para os outros membros da CPI”, disse Pascoal. A partir de agora, todos os membros deverão assinar algum requerimento para documentação para a CPI. Há uma divergência entre Pascoal e Fogaça em relação a investigar outros prefeitos. Pascoal acha que a CPI deve focar em Wosgrau e se tiver que investigar outros que se faça outra CPI, enquanto Fogaça diz que a CPI Ronda tem que chamar os ex-prefeitos Jocelito Canto e Péricles para depor.

Reportagem feita para o site Portal Comunitário em 2009

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